Enquanto a máxima "Fora da caridade não há salvação" assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma "Fora da Igreja não há salvação" se estriba, não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, porém numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto.
Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários.
Desprezando a grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos outros, até no campo do repouso.
A máxima "Fora da caridade não há salvação" consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência.
Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros.
Com o dogma "Fora da Igreja não há salvação", anatematizam-se e se perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.
"Fora da verdade não há salvação" equivaleria ao "Fora da Igreja não há salvação" e seria igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita existe que não pretenda ter o privilégio da verdade.
Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as idéias?
A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo.
Ela somente pode aspirar a uma verdade relativa e proporcionada ao seu adiantamento.
Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la.
O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: "Fora do Espiritismo não há salvação"; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: "Fora da verdade não há salvação", pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.
Fonte:
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XV
Fora da caridade não há salvação
Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários.
Desprezando a grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos outros, até no campo do repouso.
A máxima "Fora da caridade não há salvação" consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência.
Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros.
Com o dogma "Fora da Igreja não há salvação", anatematizam-se e se perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.
"Fora da verdade não há salvação" equivaleria ao "Fora da Igreja não há salvação" e seria igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita existe que não pretenda ter o privilégio da verdade.
Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as idéias?
A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo.
Ela somente pode aspirar a uma verdade relativa e proporcionada ao seu adiantamento.
Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la.
O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: "Fora do Espiritismo não há salvação"; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: "Fora da verdade não há salvação", pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.
Fonte:
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XV
Fora da caridade não há salvação
Nenhum comentário:
Postar um comentário