Por Marcus Vinícius Pinto
A mediunidade é a capacidade humana de transcender as limitações físicas e de adentrar no mundo espiritual. O médium é a criatura humana que dispõe de capacidade natural de realizar contato entre o mundo físico e o espiritual e servir de intermediário entre os dois planos da vida. A mediunidade, que é faculdade natural, própria de todo ser humano, em certos casos se manifesta de forma ostensiva, característica, permitindo o intercâmbio de sentimentos, emoções e conhecimentos entre os que aqui permanecem temporariamente (Espíritos encarnados) e os que se libertaram do corpo físico (Espíritos desencarnados). A partir da constatação da existência da mediunidade e dos Espíritos que se comunicam, Hippolite Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec, recebeu grande cota destes conhecimentos da parte dos Espíritos Superiores, sistematizou-os, formando um corpo de doutrina filosófica espiritualista ao qual denominou Espiritismo ou Doutrina Espírita. Isto porque, segundo Kardec, “Para coisas novas precisamos de palavras novas: assim o exige a clareza da linguagem, para evitarmos a confusão inerente ao sentido múltiplo dos mesmos termos” (L.E. introd. 1). Em seguida, ele coloca que diversos são os espiritualismos e que nem todos acreditam nos Espíritos e nas comunicações deles conosco. Além, é claro, de outras diferenças de pontos de vista e de interpretações de questões espirituais. Para diferenciar a Doutrina dos Espíritos de outros ramos espiritualistas é que ele criou a nova palavra Espiritismo.
Acontece que nem todos os médiuns tomam como base de suas atividades as seguras orientações de Kardec e muitos não admitem sequer pertencer a uma sociedade espiritista ou a alguma federativa. E, pior ainda, querem divulgar que suas recepções mediúnicas são superiores ao conteúdo da obra de Kardec ou trazem algum acréscimo necessário à sua atualização. Um destes é o médium Hercílio Maes que viveu em Curitiba – Paraná e foi médium do Espírito conhecido como Ramatís. Seus livros psicografados contêm perguntas e respostas sobre diversos assuntos de cunho espiritualista. Este Espírito se refere muito ao Espiritismo em suas obras. Porém, ao analisar as questões, introduz conceitos, idéias e informações de outros ramos espiritualistas. Ramatís, em antiga edição do livro “Mensagens do Astral”, se afirma não espírita, sem rótulo e sem compromisso particular com determinada escola espiritualista. Ao mesmo tempo, afirma que sua última encarnação foi na Indochina, tendo sido “mestre iniciático” de um templo no século X. Afinal, o que ele segue? O que ele defende? Em certos momentos se refere, com relação a sua salada indigesta, como sendo “Universalismo” ou “Espiritualismo Eclético”. O segundo termo, talvez, seja o mais preciso para essa mistura irrestrita de tantas escolas espiritualistas: rosa-cruz, teosofia, yoga, ocultismo, esoterismo e outros “ismos” mais. Deve possuir consultores desencarnados nesses diversos ramos para assessorá-lo. O fato é que seus fiéis se dizem seguidores de “Jesus, Kardec e Ramatis”. Será que o Espiritismo, em sua origem com o Espírito de Verdade, estava programado para receber essas enxertias sincréticas e ecléticas, ou seja, toda essa mistura? É evidente que não.
No livro “Ramatís: Sábio ou Pseudo Sábio”, editora EME, o confrade Artur Felipe, em feliz ensaio crítico, demonstra os erros e contradições nas comunicações de Ramatís: As previsões aterradoras de final de tempos para o último período do século XX em que dois terços da população seriam dizimados (Mensagens do Astral) não aconteceram. Rituais, mantras, etc. são meios de se alcançar o "Cristo Planetário".(p. 302). As sondas norte americanas mapearam todo o planeta Marte e nada encontraram de vida organizada conforme o livro “O planeta Marte e os discos voadores”. No livro “Sublime Peregrino” Jesus é médium de outra entidade: o “Cristo Planetário” (sic). Em notas de rodapé é recomendado aos leitores a leitura de livros de yoga, esoterismo e outros. Quem aguenta? Muitos não lêem as obras básicas de Kardec. Como vão ser espíritas conscientes ainda misturando outros conceitos heterogêneos? Dizia Deolindo Amorim: - “O Espiritismo é universalista, porque os fatos do Espírito são universais, os seus problemas tem o sentido da universalidade, mas também é oportuno acentuar que o ESPIRITISMO não é uma forma de sincretismo doutrinário ou religioso, sem unidade ou consistência. NÃO, ABSOLUTAMENTE. Já se falseou muito a idéia de universalismo. Ser universalista é ter visão global de conhecimento, É ESTIMAR A UNIVERSALIDADE DOS VALORES ESPIRITUAIS ACIMA E ALÉM DE TODAS AS CONFIGURAÇÕES GEOGRÁFICAS OU HISTÓRICAS. UNIVERSALISMO É CONVICÇÃO, É UMA POSIÇÃO CONSCIENTE EM FACE DA CULTURA HUMANA E ESPIRITUAL; NÃO É, PORTANTO, A JUNÇÃO PURA E SIMPLES DE CRENÇAS, DOUTRINAS E PRÁTICAS DIVERSAS. (Deolindo Amorim – “Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas”). Na verdade Ramatís e seus seguidores são Espiritualistas Ecléticos e não espíritas. Porém, nas fachadas de suas instituições ostentam o nome de Espiritismo e de Sociedade Espírita. O ideal seria que se denominassem ecléticos e seguidores do Espiritualismo Eclético. Todas estas considerações são para esclarecer, sem perder de vista o Espírito fraterno, solidário, tolerante e benévolo que deve caracterizar a todos os que buscam a luz e a verdade.
Fonte: Blog Ramatis - Sábio ou Pseudosábio?
A mediunidade é a capacidade humana de transcender as limitações físicas e de adentrar no mundo espiritual. O médium é a criatura humana que dispõe de capacidade natural de realizar contato entre o mundo físico e o espiritual e servir de intermediário entre os dois planos da vida. A mediunidade, que é faculdade natural, própria de todo ser humano, em certos casos se manifesta de forma ostensiva, característica, permitindo o intercâmbio de sentimentos, emoções e conhecimentos entre os que aqui permanecem temporariamente (Espíritos encarnados) e os que se libertaram do corpo físico (Espíritos desencarnados). A partir da constatação da existência da mediunidade e dos Espíritos que se comunicam, Hippolite Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec, recebeu grande cota destes conhecimentos da parte dos Espíritos Superiores, sistematizou-os, formando um corpo de doutrina filosófica espiritualista ao qual denominou Espiritismo ou Doutrina Espírita. Isto porque, segundo Kardec, “Para coisas novas precisamos de palavras novas: assim o exige a clareza da linguagem, para evitarmos a confusão inerente ao sentido múltiplo dos mesmos termos” (L.E. introd. 1). Em seguida, ele coloca que diversos são os espiritualismos e que nem todos acreditam nos Espíritos e nas comunicações deles conosco. Além, é claro, de outras diferenças de pontos de vista e de interpretações de questões espirituais. Para diferenciar a Doutrina dos Espíritos de outros ramos espiritualistas é que ele criou a nova palavra Espiritismo.
Acontece que nem todos os médiuns tomam como base de suas atividades as seguras orientações de Kardec e muitos não admitem sequer pertencer a uma sociedade espiritista ou a alguma federativa. E, pior ainda, querem divulgar que suas recepções mediúnicas são superiores ao conteúdo da obra de Kardec ou trazem algum acréscimo necessário à sua atualização. Um destes é o médium Hercílio Maes que viveu em Curitiba – Paraná e foi médium do Espírito conhecido como Ramatís. Seus livros psicografados contêm perguntas e respostas sobre diversos assuntos de cunho espiritualista. Este Espírito se refere muito ao Espiritismo em suas obras. Porém, ao analisar as questões, introduz conceitos, idéias e informações de outros ramos espiritualistas. Ramatís, em antiga edição do livro “Mensagens do Astral”, se afirma não espírita, sem rótulo e sem compromisso particular com determinada escola espiritualista. Ao mesmo tempo, afirma que sua última encarnação foi na Indochina, tendo sido “mestre iniciático” de um templo no século X. Afinal, o que ele segue? O que ele defende? Em certos momentos se refere, com relação a sua salada indigesta, como sendo “Universalismo” ou “Espiritualismo Eclético”. O segundo termo, talvez, seja o mais preciso para essa mistura irrestrita de tantas escolas espiritualistas: rosa-cruz, teosofia, yoga, ocultismo, esoterismo e outros “ismos” mais. Deve possuir consultores desencarnados nesses diversos ramos para assessorá-lo. O fato é que seus fiéis se dizem seguidores de “Jesus, Kardec e Ramatis”. Será que o Espiritismo, em sua origem com o Espírito de Verdade, estava programado para receber essas enxertias sincréticas e ecléticas, ou seja, toda essa mistura? É evidente que não.
No livro “Ramatís: Sábio ou Pseudo Sábio”, editora EME, o confrade Artur Felipe, em feliz ensaio crítico, demonstra os erros e contradições nas comunicações de Ramatís: As previsões aterradoras de final de tempos para o último período do século XX em que dois terços da população seriam dizimados (Mensagens do Astral) não aconteceram. Rituais, mantras, etc. são meios de se alcançar o "Cristo Planetário".(p. 302). As sondas norte americanas mapearam todo o planeta Marte e nada encontraram de vida organizada conforme o livro “O planeta Marte e os discos voadores”. No livro “Sublime Peregrino” Jesus é médium de outra entidade: o “Cristo Planetário” (sic). Em notas de rodapé é recomendado aos leitores a leitura de livros de yoga, esoterismo e outros. Quem aguenta? Muitos não lêem as obras básicas de Kardec. Como vão ser espíritas conscientes ainda misturando outros conceitos heterogêneos? Dizia Deolindo Amorim: - “O Espiritismo é universalista, porque os fatos do Espírito são universais, os seus problemas tem o sentido da universalidade, mas também é oportuno acentuar que o ESPIRITISMO não é uma forma de sincretismo doutrinário ou religioso, sem unidade ou consistência. NÃO, ABSOLUTAMENTE. Já se falseou muito a idéia de universalismo. Ser universalista é ter visão global de conhecimento, É ESTIMAR A UNIVERSALIDADE DOS VALORES ESPIRITUAIS ACIMA E ALÉM DE TODAS AS CONFIGURAÇÕES GEOGRÁFICAS OU HISTÓRICAS. UNIVERSALISMO É CONVICÇÃO, É UMA POSIÇÃO CONSCIENTE EM FACE DA CULTURA HUMANA E ESPIRITUAL; NÃO É, PORTANTO, A JUNÇÃO PURA E SIMPLES DE CRENÇAS, DOUTRINAS E PRÁTICAS DIVERSAS. (Deolindo Amorim – “Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas”). Na verdade Ramatís e seus seguidores são Espiritualistas Ecléticos e não espíritas. Porém, nas fachadas de suas instituições ostentam o nome de Espiritismo e de Sociedade Espírita. O ideal seria que se denominassem ecléticos e seguidores do Espiritualismo Eclético. Todas estas considerações são para esclarecer, sem perder de vista o Espírito fraterno, solidário, tolerante e benévolo que deve caracterizar a todos os que buscam a luz e a verdade.
Fonte: Blog Ramatis - Sábio ou Pseudosábio?
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