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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Crivo da Razão

Por Amílcar Del Chiaro Filho

Allan Kardec afirmou que todas as comunicações mediúnicas devem ser passadas pelo crivo da razão. Disse mais ainda, afirmou que não se deve divulgar tudo que os espíritos dizem ou escrevem, porque, no mundo dos espíritos, como no dos encarnados, existem muitos escritores, mas os bons são poucos.

O exercício da razão é indispensável, para que mensagens fraudulentas, mistificadoras não venham turvar o movimento espírita. Não importa qual seja o médium, ou qual seja o espírito, é importante analisar a mensagem. Se fizéssemos isto cm mais freqüência, certamente não haveria donos de centros espíritas, nem médiuns principais, que dominam o ambiente, apoiados por seus guias.

Contudo, do que adiantará usarmos o crivo se não conhecermos Doutrina Espírita? Para analisarmos as comunicações precisamos conhecer a Doutrina Kardequiana, e isto se consegue com estudo, muito estudo. Logicamente, a intenção não é a de formar intelectuais espíritas, mas conhecedores da Doutrina Espírita.

Quando o Espírito da Verdade, numa comunicação em Paris, afirmou: Espíritas – amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instrui-vos, este o segundo, exatamente nesta ordem, havia uma razão de ser. Amai-vos para unir-vos no sentimento que une os corações, e instrui-vos para que conheçam, e conhecendo se unam ainda mais no amor. O amor instrumentaliza o conhecimento, e afasta o orgulho, o exibicionismo.

A assertiva de Erastos, para que recusássemos 9 verdades, para não aceitar uma mentira, continua válida. Na dúvida, é melhor abster-nos, esperando o amadurecimento da idéia. Nenhum espírito verdadeiramente superior ficará aborrecido se examinarmos criteriosamente a mensagem dada por ele. Entretanto, os espíritos fraudadores, mistificadores e de pouca evolução, ficam contrariados e aborrecidos, se colocamos em dúvida a sua palavra.

Além da contrariedade do espírito comunicante, deparamos, não raro, com a contrariedade do médium, que fica aborrecido e intranqüilo com a observação e a crítica à sua produção. Estudemos profundamente o Espiritismo para melhor compreendê-lo e praticá-lo.

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