Por Sérgio Aleixo
1. O Critério Espírita
Por ser a boa moral, sobretudo a cristã, de inegociável importância ao progresso da alma, nem por isso é o único aspecto a considerar nos ditados mediúnicos. Esta boa moral constitui, aliás, o que mais facilmente pode neles ser julgado e, claro, aceito; todos a aclamam, e só espíritos nada sutis a contrariam abertamente, razão pela qual nos ensinou Kardec: “[...] fora das questões morais, não se deve acolher o que vem dos espíritos senão com reservas e, em todos os casos, jamais aceitá-las sem exame”.[1] Temerário, pois, acolher tudo que um espírito diga simplesmente por ser pura a moral que aconselhe, até porque, segundo ainda o mestre:
Há espíritos obsessores sem maldade, que são até mesmo bons, mas dominados pelo orgulho do falso saber [...] São os mais perigosos porque não vacilam em sofismar e podem impor as mais ridículas utopias. [...] Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral. Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: bem vês que nada dizem de mau. Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas ideias, por mais absurdas que sejam.[2]
Todo cuidado, então, será pouco no que toca aos ditados dos espíritos; com mais forte motivo, quando não se limitam a comunicados concisos, vazados em poucas laudas, e sim, produzem obras de fôlego, de numerosos volumes, recebidos, ao demais, por um único médium, em linguagem pouco acessível e, ao Espiritismo, muito imprópria. Kardec nos avisou:
No mundo invisível, como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros. Tal espírito é apto a ditar uma boa comunicação isolada, a dar excelente conselho particular, mas incapaz de produzir um trabalho de conjunto completo, passível de suportar um exame [...].[3]
Este é o caso não só de André Luiz, mas de boa parte da “literatura” mediúnica que se acotovela nas estantes de muitas casas espíritas e livrarias leigas, oriunda de espíritos que podem dar excelentes conselhos particulares, mas são incapazes de produzir um trabalho de conjunto completo, passível de suportar um exame.
Clique aqui para continuar a leitura, baixando o artigo na íntegra, em formato PDF. Assim o disponibilizamos por este possuir 17 páginas.
1. O Critério Espírita
Por ser a boa moral, sobretudo a cristã, de inegociável importância ao progresso da alma, nem por isso é o único aspecto a considerar nos ditados mediúnicos. Esta boa moral constitui, aliás, o que mais facilmente pode neles ser julgado e, claro, aceito; todos a aclamam, e só espíritos nada sutis a contrariam abertamente, razão pela qual nos ensinou Kardec: “[...] fora das questões morais, não se deve acolher o que vem dos espíritos senão com reservas e, em todos os casos, jamais aceitá-las sem exame”.[1] Temerário, pois, acolher tudo que um espírito diga simplesmente por ser pura a moral que aconselhe, até porque, segundo ainda o mestre:
Há espíritos obsessores sem maldade, que são até mesmo bons, mas dominados pelo orgulho do falso saber [...] São os mais perigosos porque não vacilam em sofismar e podem impor as mais ridículas utopias. [...] Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral. Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: bem vês que nada dizem de mau. Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas ideias, por mais absurdas que sejam.[2]
Todo cuidado, então, será pouco no que toca aos ditados dos espíritos; com mais forte motivo, quando não se limitam a comunicados concisos, vazados em poucas laudas, e sim, produzem obras de fôlego, de numerosos volumes, recebidos, ao demais, por um único médium, em linguagem pouco acessível e, ao Espiritismo, muito imprópria. Kardec nos avisou:
No mundo invisível, como na Terra, não faltam escritores, mas os bons são raros. Tal espírito é apto a ditar uma boa comunicação isolada, a dar excelente conselho particular, mas incapaz de produzir um trabalho de conjunto completo, passível de suportar um exame [...].[3]
Este é o caso não só de André Luiz, mas de boa parte da “literatura” mediúnica que se acotovela nas estantes de muitas casas espíritas e livrarias leigas, oriunda de espíritos que podem dar excelentes conselhos particulares, mas são incapazes de produzir um trabalho de conjunto completo, passível de suportar um exame.
Clique aqui para continuar a leitura, baixando o artigo na íntegra, em formato PDF. Assim o disponibilizamos por este possuir 17 páginas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário