Por José Reis Chavez
As palavras amor e caridade são sinônimas. E a caridade é a prática do amor. A tradição prefere o termo caridade a amor na Bíblia, dado o significado sensual que o amor pode ter também. E ainda há o natural, entre parentes e amigos.
A encíclica "Caritas in Veritate" ("Caridade na Verdade") de Bento XVI é muito oportuna para o mundo atual. Tem verdades condizentes com a famosa frase "Fora da caridade não há salvação", do capítulo 15 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", à qual são Paulo, em espírito, refere-se em sua mensagem psicografada em Paris, em 1860, que se coaduna perfeitamente com a essência do ensino de Jesus e do próprio Paulo em suas cartas, quando esteve encarnado aqui, no nosso mundo físico.
Dessa mensagem psicografada extraímos: "Submetei todas as vossas ações ao controle da caridade e vossa consciência vos responderá. Não somente ela vos evitará fazer o mal, mas vos levará a fazer o bem, porque não basta uma virtude negativa, é preciso uma virtude ativa, Para fazer o bem, é preciso sempre a ação da vontade; para não fazer o mal bastam, frequentemente, a inércia e a negligência". Também: "...porque todos aqueles que praticam a caridade são os discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam".
Comparemos o ensino dessa mensagem espírita com o da Primeira Carta de Paulo aos cristãos de Corinto: "Mesmo que tenha o dom da profecia, o saber de todos os mistérios e de todo o conhecimento, mesmo que tenha a fé mais total, a que transporta montanhas, se me falta o amor (a caridade), nada sou. O amor tem paciência, o amor é serviçal, não é ciumento, não se pavoneia, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se regozija com a injustiça, mas encontra a sua alegria na verdade. Ele tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios, capítulo 13).
E são Paulo ainda destaca que as virtudes da fé e esperança desaparecerão, mas o amor permanecerá. Realmente, quando passamos a conhecer uma coisa, não precisamos mais ter fé nela. E quem encontra o esperado, não precisa mais de esperança. Porém o amor, com a evolução do espírito, vai se tornando cada vez mais perfeito em busca da perfeição do Pai, pelas eternidades afora, mas sem ela ser igual à de Deus, pois Ele e seus atributos são infinitos, enquanto os nossos e nós próprios somos finitos.
Mas um dia, em espíritos, poderemos ser realmente semelhantes a Deus. Aliás, na dimensão espiritual não há lugar para a matéria. "Carne e sangue não podem herdar o Reino dos Céus" (1 Coríntios 15,50). "A carne para nada aproveita" (João 6,63).
Creio que a "Caritas in Veritate" ("A Caridade na Verdade") poderia ser chamada também de "A Caridade com a Verdade". Nela, Bento XVI destaca a justiça, que é inferior à caridade, e acentua que ambas são inseparáveis, pois quem ama é justo, o que é uma grande verdade. Mas destacamos que a justiça é obrigatória, enquanto a caridade é voluntária, pois o indivíduo a pratica se quiser.
E a culpa das leis sociais injustas de um país é de sua sociedade e dirigentes. Mas nós devemos praticar a caridade na verdade das questões sociais na medida da carência do indivíduo, pois o ensino do Nazareno é para que demos de comer a quem tem fome! E, com todo o respeito a Bento XVI, lembramos que deve haver também caridade nas verdades doutrinárias religiosas e não só nas de questões sociais!
Fonte: otempo.com.br
As palavras amor e caridade são sinônimas. E a caridade é a prática do amor. A tradição prefere o termo caridade a amor na Bíblia, dado o significado sensual que o amor pode ter também. E ainda há o natural, entre parentes e amigos.
A encíclica "Caritas in Veritate" ("Caridade na Verdade") de Bento XVI é muito oportuna para o mundo atual. Tem verdades condizentes com a famosa frase "Fora da caridade não há salvação", do capítulo 15 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", à qual são Paulo, em espírito, refere-se em sua mensagem psicografada em Paris, em 1860, que se coaduna perfeitamente com a essência do ensino de Jesus e do próprio Paulo em suas cartas, quando esteve encarnado aqui, no nosso mundo físico.
Dessa mensagem psicografada extraímos: "Submetei todas as vossas ações ao controle da caridade e vossa consciência vos responderá. Não somente ela vos evitará fazer o mal, mas vos levará a fazer o bem, porque não basta uma virtude negativa, é preciso uma virtude ativa, Para fazer o bem, é preciso sempre a ação da vontade; para não fazer o mal bastam, frequentemente, a inércia e a negligência". Também: "...porque todos aqueles que praticam a caridade são os discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam".
Comparemos o ensino dessa mensagem espírita com o da Primeira Carta de Paulo aos cristãos de Corinto: "Mesmo que tenha o dom da profecia, o saber de todos os mistérios e de todo o conhecimento, mesmo que tenha a fé mais total, a que transporta montanhas, se me falta o amor (a caridade), nada sou. O amor tem paciência, o amor é serviçal, não é ciumento, não se pavoneia, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se regozija com a injustiça, mas encontra a sua alegria na verdade. Ele tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios, capítulo 13).
E são Paulo ainda destaca que as virtudes da fé e esperança desaparecerão, mas o amor permanecerá. Realmente, quando passamos a conhecer uma coisa, não precisamos mais ter fé nela. E quem encontra o esperado, não precisa mais de esperança. Porém o amor, com a evolução do espírito, vai se tornando cada vez mais perfeito em busca da perfeição do Pai, pelas eternidades afora, mas sem ela ser igual à de Deus, pois Ele e seus atributos são infinitos, enquanto os nossos e nós próprios somos finitos.
Mas um dia, em espíritos, poderemos ser realmente semelhantes a Deus. Aliás, na dimensão espiritual não há lugar para a matéria. "Carne e sangue não podem herdar o Reino dos Céus" (1 Coríntios 15,50). "A carne para nada aproveita" (João 6,63).
Creio que a "Caritas in Veritate" ("A Caridade na Verdade") poderia ser chamada também de "A Caridade com a Verdade". Nela, Bento XVI destaca a justiça, que é inferior à caridade, e acentua que ambas são inseparáveis, pois quem ama é justo, o que é uma grande verdade. Mas destacamos que a justiça é obrigatória, enquanto a caridade é voluntária, pois o indivíduo a pratica se quiser.
E a culpa das leis sociais injustas de um país é de sua sociedade e dirigentes. Mas nós devemos praticar a caridade na verdade das questões sociais na medida da carência do indivíduo, pois o ensino do Nazareno é para que demos de comer a quem tem fome! E, com todo o respeito a Bento XVI, lembramos que deve haver também caridade nas verdades doutrinárias religiosas e não só nas de questões sociais!
Fonte: otempo.com.br
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