Por Alamar Régis Carvalho
Os espíritas mais conservadores adoram falar no nome de Kardec: “Eu pratico o Espiritismo conforme está lá em Kardec”. “Espiritismo, se não for rigorosamente conforme estabelece Kardec, não é Espiritismo”. “Discordo dessa obra, é contraditória a Kardec”. “Se estiver em desacordo com Kardec, eu não aceito”.
Estão absolutamente corretos, os que pensam assim. Espiritismo tem que ter coerência, tem que estar afinado com Kardec e não há como fugir disto.
Assim que o Emmanuel apareceu na vida do Chico Xavier, o mineiro ficou doidinho, cheio de dúvidas, sem muito saber o que fazer, até que o benfeitor, percebendo, o tranqüilizou, dizendo: “Chico, se algum dia eu lhe passar algum ensinamento que possa lhe deixar alguma dúvida, fique com Kardec”.
Então, é fundamental ao espírita firmar a sua base em Kardec.
Pois bem. Então será com base em Kardec que este Alamar aqui, que muitos espíritas ortodoxos chamam de polêmico, quer questionar neste artigo.
Tomemos por base o livro “Obras Póstumas”, de autoria de Allan Kardec, o mesmo Kardec que os espíritas recomendam fidelidade, e observemos algumas coisas:
Kardec recomenda que, para a divulgação da doutrina espírita, deve ser contratado um jornalista, inclusive remunerado.
Ele se referia apenas a jornalistas, porque no seu tempo não tinha radialistas e muito menos profissionais de televisão. Se tivesse, com certeza ele faria referências.
Perguntemos: Por que os espíritas, que se dizem fiéis a Kardec, não querem que remunerem a ninguém, acham que todo mundo tem que trabalhar de graça, indispensavelmente como voluntários, e, invariavelmente, acusam de mercantilizarem a doutrina todo aquele que se propõe a fazer um trabalho de divulgação que tenha algum custo e envolva dinheiro, mesmo sendo reais, evidentes e incontestáveis as despesas?
Kardec se queixou, sim, da safadeza que parte do movimento espírita fez com ele, quando muitos o acusavam até de viajar às custas do Espiritismo, de ser vaidoso, de querer ganhar dinheiro com a venda de livros (livros que ele mandou imprimir com dinheiro dele!!!), e não mediu esforços em relatar as calúnias que ele recebeu.
Por que quando um espírita tenta, do mesmo jeito, falar das safadezas e dos deslizes do movimento espírita atual, sempre aparecem aqueles que querem ser mais espíritas do que Kardec, para o acusarem de polêmico, de faltar com a caridade para com os outros, de viver “falando mal” do movimento espírita e de ser identificado como obsedado?
Por acaso, o Kardec era obsedado, também, porque disse o que disse em Obras Póstumas?
Kardec recomendou SEMPRE a divulgação da doutrina, por todos os meios.
Com certeza, se ele vivesse nos dias de hoje, estaria envolvido com rádio, com televisão e com internet, o que não fez no século XIX porque naquele tempo não existia nada disso. Certamente teria um site, teria um email, iria dar um jeito para ser entrevistado no programa do Jô Soares e em vários outros, mandaria carta à Globo sugerindo que falassem sobre o Espiritismo no Globo Repórter e, com certeza, oferecer-se-ia com sugestões aos autores de novelas, com temas espíritas.
Por que os espíritas, que querem sempre ser mais espíritas que Kardec, têm tanta reação contra outros espíritas que procuram a televisão para a divulgação e sempre os acusam de vaidosos, de quererem aparecer e de estimularem a vaidade?
Por que nunca conseguem ver ninguém bem intencionado, na divulgação da doutrina e acham sempre que todo mundo está mal intencionado?
Allan Kardec recomendou SEMPRE que os espíritas seguissem a Ciência.
Se ele vivesse nos dias atuais, em São Paulo por exemplo, com certeza viveria enfiado nos centros de pesquisas da USP, da UNICAMP e das grandes Universidades. Eu não tenho a menor dúvida de que, em São Paulo, ele escolheria a Pineal Mind, do magnífico Sérgio Felipe, para freqüentar, teria no seu círculo de amizades pessoas como o Wladimir Sanches, o Núbor Facure e todos aqueles espíritas que gostam de praticar o exercício do raciocínio, da pesquisa e das buscas. Se vivesse no Rio de Janeiro, viveria nos centros de pesquisas de UFRJ e outras.
Reflita bem: Se Kardec fosse contemporâneo nosso, será que ele teria concordado com aqueles espíritas que condenaram e causaram tantos problemas ao magnífico Professor Octávio Ulysséa, por ter ele criado a Faculdades Integradas Bezerra de Menezes em Curitiba, ou viveria, também, enfiado dentro daquela maravilhosa Faculdade, que é visitada por membros da NASA e pelos Prêmios Nobel de Física e Química que vêm ao Brasil exclusivamente para conhecê-la?
Com certeza absoluta, nas reuniões mediúnicas que participasse, não se dirigia a espírito nenhum como se fossem defuntos e, muito pelo contrário, iria fazer um monte de perguntas, sem dar a menor bola para aquela orientação besta que diz “não devemos fazer qualquer pergunta aos espíritos” e não iria se submeter, mesmo, a essa onda de espiritismo sem espíritos.
O centro espírita, criado e dirigido por ele, com certeza, teria mediúnicas e o contato com os espíritos seria algo indispensável na prática espírita.
- “Olha, gente, na mediúnica de hoje, vamos evocar o Albert Einstein“.
Já pensou se um espírita, nos dias de hoje, propõe uma coisa desta? O quê?? Que conversa é essa de evocação de espírito? Ainda mais de espírita do nível de um Einstein? Está perturbado!!! Tem que ser afastado dos trabalhos, porque está maluco!!!
Você acha que o Kardec iria se submeter a isto? É Claro que não.
Tenho a impressão de que a gente poderia raciocinar em relação ao que Kardec faria, se fosse espírita nos dias atuais:
Será que ele resumiria o Espiritismo numa prática igrejeira, onde as pessoas vão, ritualmente, toda semana, em determinado horário, com objetivos de rezação?
Será que ele participaria de um Espiritismo sem espíritos, em obediência a um entendimento equivocado que entende que reunião mediúnica necessariamente é fenômeno e que a “época dos fenômenos” já passou?
Será que ele criticaria o Divaldo, por realizar eventos em grandes e confortáveis auditórios que, por terem despesas, precisam ter ingressos cobrados ou, pelo contrário, faria como o Divaldo e, também, como professor e divulgador que era, também procuraria pelos grandes auditórios e, já que nunca teve qualquer trauma em relação a dinheiro, também estabeleceria cobrança, para arcar com as despesas?
Será que nos dias de hoje, com uma diferença gigantesca de tecnologia e de avanço em todas as áreas da Ciência, em relação a sua época, ele se conformaria com as 1.018 questões de O Livro dos Espíritos, como a expressão da verdade total e absoluta, e, também, condenaria o Clóvis Nunes por ter proposto uma nova obra com novos questionamentos aos Espíritos?
Cabe na sua cabeça, que Kardec estaria aqui hoje e praticasse um Espiritismo sem contato nenhum com os Espíritos e sem encher eles de questionamentos?
Você acha que Kardec sairia por aí condenando confrades como, por exemplo, o Carlos Bacelli, pelas novas idéias que traz as suas obras, ou, muito pelo contrário, o convidaria a um plenário, composto por vários estudiosos espíritas criteriosos e não preconceituosos, para uma conversa cara a cara, a fim de questionar cada ponto polêmico ou que deixe dúvidas, inclusive evocando o espírito autor da obra, em busca de uma conclusão responsável e racional?
Você acha que Kardec concordaria com dirigentes espíritas que dizem: “Não é bom convidar Fulano, para fazer palestra em nosso centro, porque ele é muito polêmico“, ou, muito pelo contrário, por ter competência, inteligência, verdadeiro domínio do conhecimento da causa e solidez doutrinária, não temeria nenhum “polêmico”, convidaria sim, o confrade assim “qualificado”, escutaria ele falar e o convidasse para um “perguntas e respostas”, ao final, para questionar as possíveis citações anti-doutrinárias porventura pronunciadas na palestra?
Enfim, as perguntas são muitas nesse sentido, mas fico por aqui, apenas lhe fazendo uma proposta e uma pergunta final:
Examine a sua inteligência e veja que nível ela tem, observe bem o estilo de Kardec, a biografia de Kardec, a forma como Kardec se conduzia, leia bem o que ele diz em Obras Póstumas e chegue a uma conclusão, bem racional, em cima de tudo o que escrevi aqui.
Na sua concepção: O que você acha que Kardec faria, se vivesse no meio espírita dos dias atuais?
Para a sua apreciação.
Os espíritas mais conservadores adoram falar no nome de Kardec: “Eu pratico o Espiritismo conforme está lá em Kardec”. “Espiritismo, se não for rigorosamente conforme estabelece Kardec, não é Espiritismo”. “Discordo dessa obra, é contraditória a Kardec”. “Se estiver em desacordo com Kardec, eu não aceito”.
Estão absolutamente corretos, os que pensam assim. Espiritismo tem que ter coerência, tem que estar afinado com Kardec e não há como fugir disto.
Assim que o Emmanuel apareceu na vida do Chico Xavier, o mineiro ficou doidinho, cheio de dúvidas, sem muito saber o que fazer, até que o benfeitor, percebendo, o tranqüilizou, dizendo: “Chico, se algum dia eu lhe passar algum ensinamento que possa lhe deixar alguma dúvida, fique com Kardec”.
Então, é fundamental ao espírita firmar a sua base em Kardec.
Pois bem. Então será com base em Kardec que este Alamar aqui, que muitos espíritas ortodoxos chamam de polêmico, quer questionar neste artigo.
Tomemos por base o livro “Obras Póstumas”, de autoria de Allan Kardec, o mesmo Kardec que os espíritas recomendam fidelidade, e observemos algumas coisas:
Kardec recomenda que, para a divulgação da doutrina espírita, deve ser contratado um jornalista, inclusive remunerado.
Ele se referia apenas a jornalistas, porque no seu tempo não tinha radialistas e muito menos profissionais de televisão. Se tivesse, com certeza ele faria referências.
Perguntemos: Por que os espíritas, que se dizem fiéis a Kardec, não querem que remunerem a ninguém, acham que todo mundo tem que trabalhar de graça, indispensavelmente como voluntários, e, invariavelmente, acusam de mercantilizarem a doutrina todo aquele que se propõe a fazer um trabalho de divulgação que tenha algum custo e envolva dinheiro, mesmo sendo reais, evidentes e incontestáveis as despesas?
Kardec se queixou, sim, da safadeza que parte do movimento espírita fez com ele, quando muitos o acusavam até de viajar às custas do Espiritismo, de ser vaidoso, de querer ganhar dinheiro com a venda de livros (livros que ele mandou imprimir com dinheiro dele!!!), e não mediu esforços em relatar as calúnias que ele recebeu.
Por que quando um espírita tenta, do mesmo jeito, falar das safadezas e dos deslizes do movimento espírita atual, sempre aparecem aqueles que querem ser mais espíritas do que Kardec, para o acusarem de polêmico, de faltar com a caridade para com os outros, de viver “falando mal” do movimento espírita e de ser identificado como obsedado?
Por acaso, o Kardec era obsedado, também, porque disse o que disse em Obras Póstumas?
Kardec recomendou SEMPRE a divulgação da doutrina, por todos os meios.
Com certeza, se ele vivesse nos dias de hoje, estaria envolvido com rádio, com televisão e com internet, o que não fez no século XIX porque naquele tempo não existia nada disso. Certamente teria um site, teria um email, iria dar um jeito para ser entrevistado no programa do Jô Soares e em vários outros, mandaria carta à Globo sugerindo que falassem sobre o Espiritismo no Globo Repórter e, com certeza, oferecer-se-ia com sugestões aos autores de novelas, com temas espíritas.
Por que os espíritas, que querem sempre ser mais espíritas que Kardec, têm tanta reação contra outros espíritas que procuram a televisão para a divulgação e sempre os acusam de vaidosos, de quererem aparecer e de estimularem a vaidade?
Por que nunca conseguem ver ninguém bem intencionado, na divulgação da doutrina e acham sempre que todo mundo está mal intencionado?
Allan Kardec recomendou SEMPRE que os espíritas seguissem a Ciência.
Se ele vivesse nos dias atuais, em São Paulo por exemplo, com certeza viveria enfiado nos centros de pesquisas da USP, da UNICAMP e das grandes Universidades. Eu não tenho a menor dúvida de que, em São Paulo, ele escolheria a Pineal Mind, do magnífico Sérgio Felipe, para freqüentar, teria no seu círculo de amizades pessoas como o Wladimir Sanches, o Núbor Facure e todos aqueles espíritas que gostam de praticar o exercício do raciocínio, da pesquisa e das buscas. Se vivesse no Rio de Janeiro, viveria nos centros de pesquisas de UFRJ e outras.
Reflita bem: Se Kardec fosse contemporâneo nosso, será que ele teria concordado com aqueles espíritas que condenaram e causaram tantos problemas ao magnífico Professor Octávio Ulysséa, por ter ele criado a Faculdades Integradas Bezerra de Menezes em Curitiba, ou viveria, também, enfiado dentro daquela maravilhosa Faculdade, que é visitada por membros da NASA e pelos Prêmios Nobel de Física e Química que vêm ao Brasil exclusivamente para conhecê-la?
Com certeza absoluta, nas reuniões mediúnicas que participasse, não se dirigia a espírito nenhum como se fossem defuntos e, muito pelo contrário, iria fazer um monte de perguntas, sem dar a menor bola para aquela orientação besta que diz “não devemos fazer qualquer pergunta aos espíritos” e não iria se submeter, mesmo, a essa onda de espiritismo sem espíritos.
O centro espírita, criado e dirigido por ele, com certeza, teria mediúnicas e o contato com os espíritos seria algo indispensável na prática espírita.
- “Olha, gente, na mediúnica de hoje, vamos evocar o Albert Einstein“.
Já pensou se um espírita, nos dias de hoje, propõe uma coisa desta? O quê?? Que conversa é essa de evocação de espírito? Ainda mais de espírita do nível de um Einstein? Está perturbado!!! Tem que ser afastado dos trabalhos, porque está maluco!!!
Você acha que o Kardec iria se submeter a isto? É Claro que não.
Tenho a impressão de que a gente poderia raciocinar em relação ao que Kardec faria, se fosse espírita nos dias atuais:
Será que ele resumiria o Espiritismo numa prática igrejeira, onde as pessoas vão, ritualmente, toda semana, em determinado horário, com objetivos de rezação?
Será que ele participaria de um Espiritismo sem espíritos, em obediência a um entendimento equivocado que entende que reunião mediúnica necessariamente é fenômeno e que a “época dos fenômenos” já passou?
Será que ele criticaria o Divaldo, por realizar eventos em grandes e confortáveis auditórios que, por terem despesas, precisam ter ingressos cobrados ou, pelo contrário, faria como o Divaldo e, também, como professor e divulgador que era, também procuraria pelos grandes auditórios e, já que nunca teve qualquer trauma em relação a dinheiro, também estabeleceria cobrança, para arcar com as despesas?
Será que nos dias de hoje, com uma diferença gigantesca de tecnologia e de avanço em todas as áreas da Ciência, em relação a sua época, ele se conformaria com as 1.018 questões de O Livro dos Espíritos, como a expressão da verdade total e absoluta, e, também, condenaria o Clóvis Nunes por ter proposto uma nova obra com novos questionamentos aos Espíritos?
Cabe na sua cabeça, que Kardec estaria aqui hoje e praticasse um Espiritismo sem contato nenhum com os Espíritos e sem encher eles de questionamentos?
Você acha que Kardec sairia por aí condenando confrades como, por exemplo, o Carlos Bacelli, pelas novas idéias que traz as suas obras, ou, muito pelo contrário, o convidaria a um plenário, composto por vários estudiosos espíritas criteriosos e não preconceituosos, para uma conversa cara a cara, a fim de questionar cada ponto polêmico ou que deixe dúvidas, inclusive evocando o espírito autor da obra, em busca de uma conclusão responsável e racional?
Você acha que Kardec concordaria com dirigentes espíritas que dizem: “Não é bom convidar Fulano, para fazer palestra em nosso centro, porque ele é muito polêmico“, ou, muito pelo contrário, por ter competência, inteligência, verdadeiro domínio do conhecimento da causa e solidez doutrinária, não temeria nenhum “polêmico”, convidaria sim, o confrade assim “qualificado”, escutaria ele falar e o convidasse para um “perguntas e respostas”, ao final, para questionar as possíveis citações anti-doutrinárias porventura pronunciadas na palestra?
Enfim, as perguntas são muitas nesse sentido, mas fico por aqui, apenas lhe fazendo uma proposta e uma pergunta final:
Examine a sua inteligência e veja que nível ela tem, observe bem o estilo de Kardec, a biografia de Kardec, a forma como Kardec se conduzia, leia bem o que ele diz em Obras Póstumas e chegue a uma conclusão, bem racional, em cima de tudo o que escrevi aqui.
Na sua concepção: O que você acha que Kardec faria, se vivesse no meio espírita dos dias atuais?
Para a sua apreciação.
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