Por Nelson Free Man
Quando pensamos em primeira geração de Espíritos, vem-nos à mente qual a condição que estes teriam para progredir e evoluir na sua escalada para a perfeição. Essa dúvida até é pertinente, ao considerarmos que o Espírito é criado "simples e ignorante" segundo o esclarecimento que nos deram aqueles que se manifestaram na elaboração da Doutrina dos Espíritos.
Ao termos a informação de que Deus cria desde sempre, implica associar à criação de espíritos?
Se considerarmos que o Espírito é uma criação Divina, o que é, não implicaria em sua criação desde o sempre, visto que levaria ao entendimento de infinito, ou seja, concomitantemente com qualquer primeira criação Divina. A lógica diz que um Espírito, para ser criado, deverá ocupar um lugar qualquer para o seu progresso. E esse lugar, se refletirmos, é o Universo, necessário ao Espírito criado.
Ao termos a informação de que o Princípio Inteligente é elaborado, sendo, em alguns casos, considerado como alguma coisa criada, implica que esse Princípio Inteligente, caso fosse criado, o fosse antes do espírito?"
Essa proposição está interligada, e a resposta estaria no entendimento do que é antes e do que é depois. Alguns entendem o Espírito como o Princípio Inteligente, o que é um equívoco; são ambos distintos. Somente depois de elaborado esse Princípio Inteligente, o Espírito passa a ser identificado como o Princípio Inteligente do Universo.
Ao termos a informação de que os espíritos trabalham nos elementos da Natureza, implica que sejam, antes, encarnados?"
Podemos fazer uma correlação com o assunto, e julgar esse tão pertinente, quanto entender o trabalho do Espírito no mundo Espiritual. No mundo espiritual, a lógica nos aponta o início da sua caminhada progressiva, como espírito simples e ignorante que é, e que não foi criado para a ociosidade, já que está submetido às Leis Divinas e Naturais.
Como dito no comentário anterior, o Espírito não é o Princípio Inteligente, mas está intimamente a ele interligado. Com o atributo da inteligência a manipulação de tudo que cerca o Espírito concorre para o seu progresso. Manipular os elementos da Natureza, com capacidade e observância às Leis Divinas, prepara-o, por lógica, às encarnações que se sucederão. Entende-se dessa maneira, o porquê dos Espíritos Superiores delegarem essas tarefas aos espíritos inferiores, o que pressupõe aqueles “simples e ignorantes”.
Perguntemo-nos, ainda, se a imutabilidade de Deus se desvanece, ao ordenar (por em ordem), progressivamente suas criações, sendo uma delas, o espírito?
A imutabilidade Divina está nas suas Leis, e a criação é gradativa e progressiva, obedecendo a essas mesmas Leis. Exemplo disso são as sementes, que após germinarem, geram árvores frondosas, que darão frutos e mais sementes.
A gradação e o progresso da criação, por obedecerem a leis perfeitas, não alterariam a imutabilidade Divina, pois tudo está contido nessas mesmas Leis. E assim, nos leva a lógica a entender também a criação do Espírito. Ele é um processo dentro das Leis Divinas. O que podemos e devemos compreender é que não há um Deus (antropomórfico) numa fábrica, criando Espíritos.
Perguntaríamos, estudando a codificação Espírita, se a primeira geração de espíritos não tinha, como todos os demais posteriores, gravados em sua consciência (individualidade) as Leis Divinas e, portanto, as Leis Morais?
Como a resposta a essa pergunta é unânime pelo "sim", uma vez que essa informação encontra-se ditada pelos Espíritos da codificação, podemos inferir a possibilidade do progresso e do avanço para a evolução da primeira geração de Espíritos criados. E, com isso, deixaremos de alimentar a premissa de que um Espírito de primeira geração não reunisse as condições necessárias para progredir e evoluir.
Outra pergunta que nos vem à mente é se, contemplados pela Doutrina Espírita, já não temos a informação de que o espírito, pela primeira vez encarnado, não habita um mundo compatível com o seu nível de conhecimento? Sendo simples e ignorante, a lógica não diz que o seu meio será esse?"
Nesse tema, há que se compreenderem as gradações dos mundos habitados. A inferioridade de um Espírito, pela lógica, não está circunscrita ao seu progresso moral, somente. Como simples e ignorante, ele necessita passar pelas tribulações mundanas (físicas e morais).
E isso não implica presumir que a sua encarnação deva ser juntamente com Espíritos que já tenham experiências reencarnatórias, tampouco que o Mundo no qual ele encarnará tenha os recursos humanos já produzidos. Bastam-lhe os recursos naturais.
Fonte: NEFCA - Núcleo Espírita de Filosofia e Ciências Aplicadas
Foto: Caverna de Lauscaux na França
Quando pensamos em primeira geração de Espíritos, vem-nos à mente qual a condição que estes teriam para progredir e evoluir na sua escalada para a perfeição. Essa dúvida até é pertinente, ao considerarmos que o Espírito é criado "simples e ignorante" segundo o esclarecimento que nos deram aqueles que se manifestaram na elaboração da Doutrina dos Espíritos.
Ao termos a informação de que Deus cria desde sempre, implica associar à criação de espíritos?
Se considerarmos que o Espírito é uma criação Divina, o que é, não implicaria em sua criação desde o sempre, visto que levaria ao entendimento de infinito, ou seja, concomitantemente com qualquer primeira criação Divina. A lógica diz que um Espírito, para ser criado, deverá ocupar um lugar qualquer para o seu progresso. E esse lugar, se refletirmos, é o Universo, necessário ao Espírito criado.
Ao termos a informação de que o Princípio Inteligente é elaborado, sendo, em alguns casos, considerado como alguma coisa criada, implica que esse Princípio Inteligente, caso fosse criado, o fosse antes do espírito?"
Essa proposição está interligada, e a resposta estaria no entendimento do que é antes e do que é depois. Alguns entendem o Espírito como o Princípio Inteligente, o que é um equívoco; são ambos distintos. Somente depois de elaborado esse Princípio Inteligente, o Espírito passa a ser identificado como o Princípio Inteligente do Universo.
Ao termos a informação de que os espíritos trabalham nos elementos da Natureza, implica que sejam, antes, encarnados?"
Podemos fazer uma correlação com o assunto, e julgar esse tão pertinente, quanto entender o trabalho do Espírito no mundo Espiritual. No mundo espiritual, a lógica nos aponta o início da sua caminhada progressiva, como espírito simples e ignorante que é, e que não foi criado para a ociosidade, já que está submetido às Leis Divinas e Naturais.
Como dito no comentário anterior, o Espírito não é o Princípio Inteligente, mas está intimamente a ele interligado. Com o atributo da inteligência a manipulação de tudo que cerca o Espírito concorre para o seu progresso. Manipular os elementos da Natureza, com capacidade e observância às Leis Divinas, prepara-o, por lógica, às encarnações que se sucederão. Entende-se dessa maneira, o porquê dos Espíritos Superiores delegarem essas tarefas aos espíritos inferiores, o que pressupõe aqueles “simples e ignorantes”.
Perguntemo-nos, ainda, se a imutabilidade de Deus se desvanece, ao ordenar (por em ordem), progressivamente suas criações, sendo uma delas, o espírito?
A imutabilidade Divina está nas suas Leis, e a criação é gradativa e progressiva, obedecendo a essas mesmas Leis. Exemplo disso são as sementes, que após germinarem, geram árvores frondosas, que darão frutos e mais sementes.
A gradação e o progresso da criação, por obedecerem a leis perfeitas, não alterariam a imutabilidade Divina, pois tudo está contido nessas mesmas Leis. E assim, nos leva a lógica a entender também a criação do Espírito. Ele é um processo dentro das Leis Divinas. O que podemos e devemos compreender é que não há um Deus (antropomórfico) numa fábrica, criando Espíritos.
Perguntaríamos, estudando a codificação Espírita, se a primeira geração de espíritos não tinha, como todos os demais posteriores, gravados em sua consciência (individualidade) as Leis Divinas e, portanto, as Leis Morais?
Como a resposta a essa pergunta é unânime pelo "sim", uma vez que essa informação encontra-se ditada pelos Espíritos da codificação, podemos inferir a possibilidade do progresso e do avanço para a evolução da primeira geração de Espíritos criados. E, com isso, deixaremos de alimentar a premissa de que um Espírito de primeira geração não reunisse as condições necessárias para progredir e evoluir.
Outra pergunta que nos vem à mente é se, contemplados pela Doutrina Espírita, já não temos a informação de que o espírito, pela primeira vez encarnado, não habita um mundo compatível com o seu nível de conhecimento? Sendo simples e ignorante, a lógica não diz que o seu meio será esse?"
Nesse tema, há que se compreenderem as gradações dos mundos habitados. A inferioridade de um Espírito, pela lógica, não está circunscrita ao seu progresso moral, somente. Como simples e ignorante, ele necessita passar pelas tribulações mundanas (físicas e morais).
E isso não implica presumir que a sua encarnação deva ser juntamente com Espíritos que já tenham experiências reencarnatórias, tampouco que o Mundo no qual ele encarnará tenha os recursos humanos já produzidos. Bastam-lhe os recursos naturais.
Fonte: NEFCA - Núcleo Espírita de Filosofia e Ciências Aplicadas
Foto: Caverna de Lauscaux na França
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