Por Orson Peter Carrara
Presença é constante no cotidiano humano
É comum nos esquecermos e ocorre com todos. Pelo conhecimento que já detemos, deveríamos guardar isso como indicativo permanente na memória. Sim, para que a confiança plena no auxílio que nunca falta esteja como autêntico farol a iluminar nossas decisões e nossos caminhos, normalmente assinalados pelas dúvidas, neuroses, conflitos e equívocos do cotidiano.
E devemos considerar também que o mesmo detalhe de tal esquecimento, por outro lado, pode precipitar-nos na sintonia perturbadora que sempre vem acompanhada (ou por ela se inicia), da irritação, da agressividade, do medo ou dos desequilíbrios oriundos da precipitação, da calúnia ou da multidão de vícios e condicionamentos a que nos permitimos na vida humana.
Referimo-nos à presença e influência dos espíritos na vida de todos que nos encontramos ocupando corpos físicos na presente encarnação. Ressalte-se, todavia, que tal presença e conseqüente influência, é sempre fruto da sintonia mental que funciona como verdadeiro imã que liga as mentes que se situam no mesmo padrão de vibrações mentais.
Esta citação leva-nos a recordar, igualmente, que nem sempre é salutar a influência ou presença junto ao nosso cotidiano. Espíritos em desequilíbrio, vingativos ou movidos por quaisquer motivos que fujam da fraternidade, só se aproximam e influenciam negativamente porque nos permitimos sintonizar com suas idéias e sentimentos. Aliás, princípios também válidos para nos referirmos aos espíritos bons, elevados, ou integrados com o bem geral.
Em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec aborda o assunto em diversos capítulos e questionamentos, fornecendo informações preciosas para estudo do tema.
Duas questões, todavia, inspiram-nos os presentes comentários: a) a afeição entre os espíritos; e b) A notável doutrina dos anjos guardiões e espíritos protetores, familiares ou simpáticos. Estes temas estão, especialmente, em O Livro dos Espíritos, nas questões 484 a 521.
Motivados pelo teor das respostas nas perguntas acima referidas, deparamo-nos com singela mensagem que Kardec colocou na Revista Espírita (1), que ele mesmo fundou em 1858 e que ainda continua sendo editada, em mensagem que classificou como “I”, de texto psicografado pela mediunidade do Sr. Delanne e ditado pelo espírito que identificou-se como H. Dozon. A mensagem está dentro da abordagem sobre Mediunidade Mental. Ei-la em transcrição parcial, no que mais nos interessa no presente estudo:
“(...) Ora, sabei que a comunicação do mundo incorpóreo com os vossos sentidos é constante; ela se dá a cada hora, a cada minuto, pela lei das relações espirituais. Que os encarnados ousem aqui negar uma lei mesma da natureza! Acabam de dizer-vos que os Espíritos se vêem e se visitam uns aos outros durante o sono: tendes muitas provas. Por que quereríeis que isto não ocorresse na vigília? Os Espíritos não têm noite. Não. Constantemente estão ao vosso lado; eles vos vigiam; vossos familiares vos inspiram, vos suscitam pensamentos, vos guiam; falam-vos e vos exortam; protegem os vossos trabalhos, ajudam-vos a elaborar os vossos desígnios, formados pela metade e os vossos sonhos ainda indecisos; anotam vossas boas resoluções, lutam quando lutais. Lá estão esses bons amigos, no fim de vossa encarnação; eles vos riem no berço, vos esclarecem nos estudos; depois se intrometem em todos os atos de vossa passagem aqui na Terra; oram quando vos vêem vos preparando para ir encontrá-los. Oh! Não, jamais negueis vossa assistência diária (...)”
Ora, lembremo-nos desta presença carinhosa dos bons espíritos, convidando-nos à renovação e ao equilíbrio. São eles os amigos anônimos, invisíveis sim aos olhos carnais, mas sempre presentes. Com esta lembrança guardada e alimentada seremos mais fortes no enfrentamento das dificuldades e nos caminhos do progresso que almejamos.
(1) De março de 1866, dentro da matéria Mediunidade Mental, edição Edicel, tradução de Julio Abreu Filho.
Matéria publicada originariamente no jornal O Clarim, edição de setembro/05.
Presença é constante no cotidiano humano
É comum nos esquecermos e ocorre com todos. Pelo conhecimento que já detemos, deveríamos guardar isso como indicativo permanente na memória. Sim, para que a confiança plena no auxílio que nunca falta esteja como autêntico farol a iluminar nossas decisões e nossos caminhos, normalmente assinalados pelas dúvidas, neuroses, conflitos e equívocos do cotidiano.
E devemos considerar também que o mesmo detalhe de tal esquecimento, por outro lado, pode precipitar-nos na sintonia perturbadora que sempre vem acompanhada (ou por ela se inicia), da irritação, da agressividade, do medo ou dos desequilíbrios oriundos da precipitação, da calúnia ou da multidão de vícios e condicionamentos a que nos permitimos na vida humana.
Referimo-nos à presença e influência dos espíritos na vida de todos que nos encontramos ocupando corpos físicos na presente encarnação. Ressalte-se, todavia, que tal presença e conseqüente influência, é sempre fruto da sintonia mental que funciona como verdadeiro imã que liga as mentes que se situam no mesmo padrão de vibrações mentais.
Esta citação leva-nos a recordar, igualmente, que nem sempre é salutar a influência ou presença junto ao nosso cotidiano. Espíritos em desequilíbrio, vingativos ou movidos por quaisquer motivos que fujam da fraternidade, só se aproximam e influenciam negativamente porque nos permitimos sintonizar com suas idéias e sentimentos. Aliás, princípios também válidos para nos referirmos aos espíritos bons, elevados, ou integrados com o bem geral.
Em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec aborda o assunto em diversos capítulos e questionamentos, fornecendo informações preciosas para estudo do tema.
Duas questões, todavia, inspiram-nos os presentes comentários: a) a afeição entre os espíritos; e b) A notável doutrina dos anjos guardiões e espíritos protetores, familiares ou simpáticos. Estes temas estão, especialmente, em O Livro dos Espíritos, nas questões 484 a 521.
Motivados pelo teor das respostas nas perguntas acima referidas, deparamo-nos com singela mensagem que Kardec colocou na Revista Espírita (1), que ele mesmo fundou em 1858 e que ainda continua sendo editada, em mensagem que classificou como “I”, de texto psicografado pela mediunidade do Sr. Delanne e ditado pelo espírito que identificou-se como H. Dozon. A mensagem está dentro da abordagem sobre Mediunidade Mental. Ei-la em transcrição parcial, no que mais nos interessa no presente estudo:
“(...) Ora, sabei que a comunicação do mundo incorpóreo com os vossos sentidos é constante; ela se dá a cada hora, a cada minuto, pela lei das relações espirituais. Que os encarnados ousem aqui negar uma lei mesma da natureza! Acabam de dizer-vos que os Espíritos se vêem e se visitam uns aos outros durante o sono: tendes muitas provas. Por que quereríeis que isto não ocorresse na vigília? Os Espíritos não têm noite. Não. Constantemente estão ao vosso lado; eles vos vigiam; vossos familiares vos inspiram, vos suscitam pensamentos, vos guiam; falam-vos e vos exortam; protegem os vossos trabalhos, ajudam-vos a elaborar os vossos desígnios, formados pela metade e os vossos sonhos ainda indecisos; anotam vossas boas resoluções, lutam quando lutais. Lá estão esses bons amigos, no fim de vossa encarnação; eles vos riem no berço, vos esclarecem nos estudos; depois se intrometem em todos os atos de vossa passagem aqui na Terra; oram quando vos vêem vos preparando para ir encontrá-los. Oh! Não, jamais negueis vossa assistência diária (...)”
Ora, lembremo-nos desta presença carinhosa dos bons espíritos, convidando-nos à renovação e ao equilíbrio. São eles os amigos anônimos, invisíveis sim aos olhos carnais, mas sempre presentes. Com esta lembrança guardada e alimentada seremos mais fortes no enfrentamento das dificuldades e nos caminhos do progresso que almejamos.
(1) De março de 1866, dentro da matéria Mediunidade Mental, edição Edicel, tradução de Julio Abreu Filho.
Matéria publicada originariamente no jornal O Clarim, edição de setembro/05.
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