domingo, 26 de agosto de 2012

"Área Q" e o misticismo das crianças índigo

Por Fabiano Vidal

Neste fim de semana tive a oportunidade de assistir ao filme “Área Q”, uma co-produção Brasil-Estados Unidos que contou com a presença do ator americano Isaiah Washington, da série de TV Gray’s Anatomy e dos brasileiros Murilo Rosa e Thânia Khalil.

A história gira em torno do jornalista norte-americano Thomas Matthews, que perde seu filho em circunstâncias não explicadas. Com o objetivo de ajudá-lo, seu chefe o envia para o Brasil com o objetivo de fazer uma reportagem sobre os misteriosos relatos de abdução por discos voadores no interior do Ceará.

O filme apresenta um enredo fraco e várias teorias místico-esotéricas que em nada possuem relação com a Doutrina Espírita como muitos acreditam e tampouco com o fenômeno ufológico. Por mais que se fale em OVNIS e abduções no filme, em nenhum momento o telespectador é apresentado a um deles. O que ganha destaque no filme é a fantasia sobre as crianças índigo, que seriam crianças nascidas a partir de 1987 com o DNA alterado, formando uma nova raça que irá habitar uma galáxia que está sendo criada a 12 bilhões de anos-luz da Terra.

Estranhamente, esse filme, que nada apresenta de Espiritismo, é divulgado por muitos como espírita, sem o ser. Uma prova cabal de que a Doutrina Espírita ainda é desconhecida em seus princípios por grande parte da população e da imprensa.

Quem espera aprender alguma coisa sobre a temática ufológica ou o Espiritismo, esqueça. Aprender sobre os dois assuntos é possível, mas através de bons livros de autores respeitados e críveis. No caso do Espiritismo, o estudo de Allan Kardec é fundamental para não sair acreditando em todas as bobagens apresentadas como espíritas.

No mais, “Área Q” só vale pelas belas tomadas do Ceará, um dos principais destinos turísticos do Nordeste.

Para saber mais:
Área Q – crítica do portal Omelete

6 comentários:

  1. Perderam uma boa oportunidade de fazer um bom filme de ficção científica. Quis cair no misticismo religioso e se deu mal. Pena. Um grande desperdicio que em nada ajuda na divulgação da doutrina espírita.

    ResponderExcluir
  2. Depois que vi um membro importante da FEB, meio uma "reportagem" intitulada, fantasmagoria... Bem minha credibilidade com esta entidade esta baixa... Ridiculo, o minimo a se dizer. #FEBnaoÉespiritismo

    ResponderExcluir
  3. Crítica perfeita. Só não entendi o estranhamento com o fato da FEB estar envolvida nesta patuscada. Há tempos que a Federação erra mais do que acerta...
    Além do mais, falando em crianças-blá-blá, o que mais se poderia esperar deste filme?

    ResponderExcluir
  4. DNA alterado?! Que bacana! Então o aperfeiçoamento moral de nada vai resolver... Isso pode virar causa de muitos risos. É, o movimento Espírita precisa se desvincular da FEB ou de qualquer outro órgão ou pessoa, encarnada ou desencarnada, que infelicita o Espiritismo com estas ideias...
    Maria Ribeiro

    ResponderExcluir
  5. Será que não existem interesses financeiros justificando a presença da Federação na produção deste filme?

    ResponderExcluir
  6. Esse filme nada tem a ver com a Doutrina dos Espíritos.Quem se interessar por maiores informações sobre a evolução planetária,é só estudar as obras básicas,principalmente a Gênese e Obras póstumas.O resto é fantasia do mercado editorial americano para faturar alto em cima dos desinformados.

    ResponderExcluir