Por Vinícius Matias
Uma mentira pode viajar meio mundo enquanto a verdade ainda está a calçar os sapatos. Acertou em cheio o escritor norte americano, Mark Twain, quando escreveu essa frase. E, no seio espírita, é incrível como boatos e distorções de todos os tipos ganham campo sem pudor algum. E isso, é bom que se diga, pode ser notado desde a desencarnação de Allan Kardec. Não que antes fosse tudo um mar de rosas, não, a fundamental diferença é que todas as calúnias tendentes a desacreditar o Espiritismo encontravam em Kardec uma muralha, fossem elas urdidas por encarnados ou desencarnados, oriundas da má-fé ou da ignorância.
Um exemplo disso pode ser encontrado na obra “Processo dos Espíritas” que narra o triste drama vivido por um grupo de espíritas em Paris no ano de 1875, seis anos depois do desencarne de Kardec. O caso se dá após serem publicadas supostas fotografias de Espíritos na Revista Espírita ao serem compradas de um fotógrafo que fazia das fotos com os invisíveis o seu ganha-pão, tal publicação fez com que o Ministério Público parisiense instaurasse um processo acusando os espíritas de charlatanismo. No fim do embate judicial o saldo para a Doutrina foi desastroso: o presidente da Revista Espírita e o fotógrafo condenados e presos por um ano e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec, multada em 500 francos. A conclusão mais lúcida do lamentável episódio foi de Gabriel Delanne:
“Se tivemos que experimentar uma condenação contra nós, foi porque nos desviamos da rota traçada por Allan Kardec. Este inovador era contrário à retribuição dos médiuns e tinha para isso boas razões. Em sua época, os irmãos Davenport muito fizeram falar de si, mas, como ganhavam dinheiro com suas habilidades, Allan Kardec afastou-se deles, prudentemente.”
A notícia se espalhou logo por toda França e quem nunca havia ouvido falar em Espiritismo passou a conhecê-lo graças ao “procès des spirites”, e se a primeira impressão é a que fica podemos imaginar que dias difíceis viveu a propaganda Espírita . A maior parte das pessoas não se interessa em saber se condenação foi injusta ou não, se o engano foi pontual de determinada pessoa ou da Doutrina como um todo. O fato é que a percepção social do Espiritismo passou a ser maculada, e reabilitar o seu nome é tarefa para lá de hercúlea.
Os anos se passaram o caso do “procès des spirites” ficou esquecido, mas outras deturpações vieram, tente você, Espírita, dizer que o Espiritismo é uma ciência, ou que não há cabimento em ele ser confundido com a Umbanda e Candomblé, ou ainda que romances não podem constituir o conhecimento doutrinário, ou falar de temas como alma gêmea, crianças índigo e cristal, regressão de memória, terapia de cristais, apometria etc., e verá o tanto de premissas falsas que terá que desmontar até conseguir ter um diálogo razoável.
Toda essa dificuldade acontece porque mentiras sobre Espiritismo realmente viajam meio mundo enquanto as verdades sobre ele ainda se encontram dentro dos livros de Kardec esperando que sejam lidas para que comecem a caminhar.
Uma mentira pode viajar meio mundo enquanto a verdade ainda está a calçar os sapatos. Acertou em cheio o escritor norte americano, Mark Twain, quando escreveu essa frase. E, no seio espírita, é incrível como boatos e distorções de todos os tipos ganham campo sem pudor algum. E isso, é bom que se diga, pode ser notado desde a desencarnação de Allan Kardec. Não que antes fosse tudo um mar de rosas, não, a fundamental diferença é que todas as calúnias tendentes a desacreditar o Espiritismo encontravam em Kardec uma muralha, fossem elas urdidas por encarnados ou desencarnados, oriundas da má-fé ou da ignorância.
Um exemplo disso pode ser encontrado na obra “Processo dos Espíritas” que narra o triste drama vivido por um grupo de espíritas em Paris no ano de 1875, seis anos depois do desencarne de Kardec. O caso se dá após serem publicadas supostas fotografias de Espíritos na Revista Espírita ao serem compradas de um fotógrafo que fazia das fotos com os invisíveis o seu ganha-pão, tal publicação fez com que o Ministério Público parisiense instaurasse um processo acusando os espíritas de charlatanismo. No fim do embate judicial o saldo para a Doutrina foi desastroso: o presidente da Revista Espírita e o fotógrafo condenados e presos por um ano e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec, multada em 500 francos. A conclusão mais lúcida do lamentável episódio foi de Gabriel Delanne:
“Se tivemos que experimentar uma condenação contra nós, foi porque nos desviamos da rota traçada por Allan Kardec. Este inovador era contrário à retribuição dos médiuns e tinha para isso boas razões. Em sua época, os irmãos Davenport muito fizeram falar de si, mas, como ganhavam dinheiro com suas habilidades, Allan Kardec afastou-se deles, prudentemente.”
A notícia se espalhou logo por toda França e quem nunca havia ouvido falar em Espiritismo passou a conhecê-lo graças ao “procès des spirites”, e se a primeira impressão é a que fica podemos imaginar que dias difíceis viveu a propaganda Espírita . A maior parte das pessoas não se interessa em saber se condenação foi injusta ou não, se o engano foi pontual de determinada pessoa ou da Doutrina como um todo. O fato é que a percepção social do Espiritismo passou a ser maculada, e reabilitar o seu nome é tarefa para lá de hercúlea.
Os anos se passaram o caso do “procès des spirites” ficou esquecido, mas outras deturpações vieram, tente você, Espírita, dizer que o Espiritismo é uma ciência, ou que não há cabimento em ele ser confundido com a Umbanda e Candomblé, ou ainda que romances não podem constituir o conhecimento doutrinário, ou falar de temas como alma gêmea, crianças índigo e cristal, regressão de memória, terapia de cristais, apometria etc., e verá o tanto de premissas falsas que terá que desmontar até conseguir ter um diálogo razoável.
Toda essa dificuldade acontece porque mentiras sobre Espiritismo realmente viajam meio mundo enquanto as verdades sobre ele ainda se encontram dentro dos livros de Kardec esperando que sejam lidas para que comecem a caminhar.
Mesmo sob inúmeros ataques e deturpações ao longo dos anos, podemos dizer com plena segurança que nenhum deles fora mortal para a Doutrina. Para isso seria necessário ferir de morte as obras de Kardec, essas, no entanto acham-se blindadas pela lógica, bom-senso, e pelo controle universal do ensino dos Espíritos¹, tudo isso fruto de uma filosofia experimental, e não de especulações. Mas apesar de não poder ser detida, a propaganda Espírita pode ser entravada. Por isso nosso forte apelo a todos que se ocupam com o Espiritismo, seja para ensiná-lo ou para combatê-lo: aprofunde-se em TODAS as obras de Kardec², e antes de se pronunciar sobre algum tema espírita leiam e releiam tudo o que o Codificador disse a respeito. Do contrário, cale-se e evite que mais um possível engano venha a circular pelo mundo.
1. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, item II- Autoridade da Doutrina Espírita.
2. Obras Básicas:
- O principiante Espírita;
- O que é o Espiritismo;
- Instrução prática sobre as manifestações Espíritas;
- Viagem Espírita de 1862;
- Refutação das críticas contra o Espiritismo;
- Resumo das leis e dos fenômenos Espíritas
- Resposta à mensagem dos Espíritas lioneses por ocasião do ano novo de 1862;
- Coleção de composições inéditas e
- Estudo acerca da poesia mediúnica.
Obras Fundamentais:
- O Livro dos Espíritos;
- O Livro dos Médiuns;
- O Evangelho Segundo o Espiritismo;
- O Céu e o Inferno e
- A Gênese.
Obras subsidiárias:
- Obras Póstumas e
- 12 volumes da Revista Espíritas 1858 a 1869
Texto enviado por e-mail ao blog e postado tal e qual recebido.
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