domingo, 27 de setembro de 2009

O Que é praticar o Espiritismo?

Por Léon Denis

O Que é praticar o Espiritismo?


- Praticar o Espiritismo é:

1) invocar os Espíritos e se pôr em comunicação com o mundo invisível;

2) freqüentar assiduamente as reuniões espíritas;

3) desenvolver os dons de mediunidade que estão em germe em cada um de nós.

Que é invocar os Espíritos?

- É dirigir-lhes preces e lhes pedir luz, inspiração, ajuda e proteção.

A prece é então ouvida no mundo invisível?

- A prece é um transporte da alma, que abre um caminho fluídico no espaço; ela pode atingir os mais elevados Espíritos e chegar até Deus.

Qual é a melhor das orações?

- Toda oração é boa quando é uma elevação da alma e um apelo sincero do coração.

Que é uma reunião espírita?

- É um grupo composto de diversas pessoas unidas pela comunhão dos pensamentos, a afinidade dos fluidos e a concordância das vontades.

Como deve ser organizada uma reunião espírita?

- De um grupo de pesquisadores esclarecidos, de um presidente, de um ou vários médiuns, sob a proteção dos bons Espíritos.

Onde devem realizar-se essas reuniões?

- Não importa onde, porque o Espírito se manifesta onde quer, mas de preferência em lugar reservado, pois os bons Espíritos não gostam de se manifestar na confusão.

Deve-se reunir de dia ou de noite?

- Tanto de dia, como de noite, conforme os Espíritos decidirem; entretanto, a noite é mais propícia às comunicações com o mundo invisível.

Por que?

- Porque a atmosfera noturna é mais calma; a atividade do dia não interfere mais nas correntes das ondas magnéticas; nessas condições, é mais fácil estabelecer o caminho fluídico entre este mundo e o além. É, aliás, o que significa o provérbio antigo: “O dia é dos homens, a noite é dos deuses”, isto é, dos Espíritos.

Todas as reuniões espíritas produzem as mesmas revelações e os mesmos fenômenos?

- Não. Cada reunião tem sua característica, cada grupo sua fisionomia. Tudo depende da elevação dos Espíritos que se comunicam, das disposições íntimas dos assistentes e, sobretudo, do valor dos médiuns.

Num grupo espírita, os membros assistentes têm igualmente certos deveres a cumprir?

- Sim, e o primeiro de todos é de se unirem pela afinidade simpática dos fluidos e a concordância unânime das vontades. Uma única vontade discordante ou hostil neutraliza o fluido coletivo e pode impedir a comunicação. Não se deve jamais introduzir numa reunião um elemento novo, sem ter pedido antes a opinião do Espírito protetor do grupo, porque só ele julgará das afinidades fluídicas do recém-vindo.

Se os assistentes são movidos por simples sentimento de curiosidade ou de ceticismo, o que sucederá?

- Os assistentes têm a companhia dos Espíritos que merecem. Se eles são levianos, terão Espíritos levianos e mistificadores; se são corrompidos terão espíritos impuros e perversos, cujo contato, embora momentâneo, nunca é inofensivo.

Os grupos espíritas devem ser limitados quanto ao número de pessoas que os compõem?

- Não de uma forma absolutamente matemática; mas, como regra geral, os grupos menos numerosos são os mais unidos e, por consequência, os melhores.

Por que?

- Se já é difícil harmonizar os fluidos de cinco ou seis pessoas com os do Espírito, torna-se mais difícil ainda, quando os membros são mais numerosos. É bom não ser menos de três, nem mais de doze. Acrescentemos que é preferível reunir-se, tanto quanto possível, no mesmo local, nos mesmos dias e à mesma hora. Esses hábitos regulares favorecem sensivelmente a influência e a ação dos Espíritos.

A prática do Espiritismo não leva também algumas vezes ao suicídio ou à loucura?

- De maneira alguma. Se alguns casos de exaltação foram produzidos, é preciso observar que a ciência e a religião, que são duas coisas necessárias e muito elevadas, têm também, no curso dos séculos, uma, arruinado muitos cérebros; outra, produzido casos de loucura religiosa e cometido crimes odiosos. Não é, no entanto, uma razão para renunciar à religião que tem feito grandes almas, nem a ciência, que tem produzido grandes espíritos. Seria ilógico e injusto ver as coisas elevadas somente por seus pequenos e maus aspectos. Pelo fato de o cérebro humano não poder suportar o peso de certas revelações, só se pode concluir uma coisa: é que o invisível não tem limites e o homem é bem limitado diante do infinito.

Retirado do livro 'Síntese Doutrinária' – Léon Denis

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