quarta-feira, 28 de julho de 2010

Afinal, que obras são ou não Espíritas?

Redação O Blog dos Espíritas

"O Blog dos Espíritas" tem recebido muitos e-mails de pessoas estudiosas ou simpatizantes da Doutrina Espírita, querendo saber que livros podem ou não serem considerados como Espíritas.

Invariavelmente, nossa resposta tem sido a mesma: a necessidade de estudar as obras de Allan Kardec. Através do conhecimento dos pilares basilares da Doutrina Espírita, será fácil separar o joio do trigo.

Em resumo: para que uma obra seja considerada Espírita, deve estar de acordo com os ensinamentos da Codificação.

Observação: Tenham sempre em mente os alertas feitos por Kardec:

"Segue-se que a opinião de um Espírito sobre um princípio qualquer não é considerada pelos espíritas senão como uma opinião individual, que pode ser justa ou falsa, e não tem valor senão quando é sancionada pelo ensino da maioria, dado sobre os diversos pontos do globo". (Allan Kardec, Revista Espírita, 1865)

"Mas nunca será demasiado repetir: não aceiteis nada cegamente. Que cada fato seja submetido a um exame minucioso, aprofundado e severo.” (O Livro dos Médiuns – Kardec – item 98)


“(...)
Todas precauções são poucas para evitar as publicações lamentáveis. Em tais casos, mais vale pecar por excesso de prudência, no interesse da causa”. (Allan Kardec, Revista Espírita, 1863, maio) “Aplicando esses princípios de ecletismo às comunicações que nos enviaram, diremos que em 3.600 há mais de 3.000 que são de uma moralidade irreprochável, e excelentes como fundo; mas que desse número não há 300 para publicidade, e apenas 100 de um mérito inconteste. Essas comunicações vieram de muitos pontos diferentes".

"Os maus Espíritos temem o exame; eles dizem: 'Aceitai nossas palavras e não as julgueis.' Se tivessem a consciência de estar com a verdade, não temeriam a luz. O hábito de escrutar as menores palavras dos Espíritos, de pesar-lhes o valor, distancia forçosamente os Espíritos mal intencionados, que não vêm, então, perder inutilmente seu tempo, uma vez que se rejeite tudo o que é mau ou de origem suspeita. Mas quando se aceita cegamente tudo o que dizem, que se coloca, por assim dizer, de joelhos diante de sua pretensa sabedoria, fazem o que fariam os homens - disso abusam." (Allan Kardec, Escolhos dos Médiuns, Revista Espírita, fevereiro de 1859)

“Inferimos que a proporção deve ser mais ou menos geral. Por aí pode julgar-se da necessidade de não publicar inconsideradamente tudo quanto vem dos Espíritos, se quiser atingir o objetivo a que nos propomos, tanto do ponto de vista material quanto do efeito moral e da opinião que os indiferentes possam fazer do Espiritismo”. (Allan Kardec, Revista Espírita, 1863, maio.)

"Diante desse poderoso critério (da Universalidade) caem necessariamente todas as teorias particulares que sejam o produto de idéias sistemáticas, seja de um homem, seja de um Espírito isolado. Uma idéia falsa pode, sem dúvida, agrupar ao seu redor alguns partidários, mas não prevalecerá jamais contra aquela que é ensinada por toda a parte." (Allan Kardec, Revista Espírita, 1865)

Vídeo aonde Allan Kardec demonstra um estudo crítico de comunicação recebida:

2 comentários:

  1. Tudo bem sobre esse alerta, mas quero lembrar que nem mesmo o próprio Kardec "fechou" questão em muitos de seus postulados,acho que a última coisa que Kardec desejaria seria ver o espiritismo limitado a a ser interpretado como uma religião basilar com seus dogmas e ele como o grande e único intérprete e profeta , como ele mesmo diz, o progresso existe , a evolução é natural e se muitas obras que hoje surgem tratando de temas que por ventura não foram tratados de igual modo quando da compilação do código por Kardec não quer dizer que estejam fora da doutrina ou do "pentateuco" de Kardec, fazer isso seria condenar o espiritismo ao dogmatismo e com certeza ao mesmo fenômeno que ocorre nas religiões tradicionais: o surgimento de milhares de "denominações".

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  2. Gadesco, o Controle Universal do Ensino dos Espíritos (CUEE) não foi elaborado para engessar o Espiritismo, nada disso. O Espiritismo evolui e aceita novas descobertas, desde que mostrem coerência com a codificação kardequiana. Por exemplo... Emmanuel afirma que existem "almas gêmeas", e "O Livro dos Espíritos" afirma que não. Você fica com quem? Eu fico com a codificação. Vale lembrar que o próprio Emmanuel disse ao Chico que, se um dia ele falasse algo ao Chico que o deixasse em dúvida, que ele (Chico) ficasse com Kardec. ;)

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