quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Materialização de Katie King – Fatos e Relatos


William Crookes
Por Ricardo Malta

A materialização é um fenômeno extraordinário pelo qual os Espíritos se apresentam, por assim dizer, corporificados.  “Podemos vê-los, tocá-los, fotografá-los, ouvi-los falar; em uma palavra, nos certificarmos por todos os meios possíveis de que, temporariamente, eles são tão vivos como os observadores.” (DELANNE, Gabriel. O fenômeno espírita: testemunho dos sábios.) Nada há de sobrenatural, tudo é regido pelas vias naturais.

“Na materialização mediúnica, apoiados nos recursos ectoplásmicos oriundos dos médiuns, dos assistentes, dos planos superiores, corporificam-se os Espíritos.” (Zalmino Zimmermann. Perispírito) Hernanni Guimarães Andrade critica o termo materialização, pois informa que o que ocorre de fato é uma ação modeladora do espírito sobre a matéria ectoplásmica.

Em certas sessões, na presença de médiuns dotados de considerável força psíquica, vêem-se formar mãos, rostos, bustos e mesmo corpos inteiros, que têm todas as aparências de vida: calor, tangibilidade, movimento. Essas mãos nos tocam, nos acariciam ou batem; mudam de lugar os objetos e fazem vibrar os instrumentos de música; esses rostos se animam e falam; esses corpos se movem e passeiam por entre os assistentes. Pode-se agarrá-los, palpá-los; depois, eles se desvanecem num repente , passando do estado sólido ao fluídico, após efêmera duração. (Leon Denis. No invisível)

Fenômeno incomum, mas rigorosamente demonstrado pelas pesquisas espiritistas.  Inúmeros foram os sábios (Gustave Geley, Charles Richet, Alexander Aksakof, Oliver Lodge, Russel Wallace, Ernesto Bozzano, etc.) que presenciaram esse fato mediúnico, contudo, foram as experiências e conclusões de Crookes que tiveram imensa repercussão na Inglaterra e na Europa, marcando um dos momentos mais importantes na história do Espiritismo. (Zalmino Zimmermann. Teoria da mediunidade.)

William Crooks relatou em sua obra “Fatos espíritas”, após três anos de profundas observações, a autenticidade das materializações do Espírito Katie King, operadas com o auxilio da jovem médium Florence Cook.

As pesquisas de Crooks não deixaram dúvidas com relação à existência de duas personalidades distintas, isto é, ficou demonstrado que não havia fraude, sendo que Florence Cook (médium) e Katie King (Espírito) eram individualidades totalmente independentes.

Florence Marryate, que acompanhava Crookes nas investigações, relata: 
Miss Cook é uma mocinha morena, de olhos e cabelos negros. Às vezes, Katie parecia-se muitíssimo com ela, mas em outras sessões a dissemelhança era palpável. [...] Vi muitas vezes miss Cook e Katie, uma ao lado da outra. Não tenho, pois, dúvida de que eram duas criaturas diferentes. W. Crookes também constatou o mesmo fato. (Florence Marryate. A Morte Não Existe) 

Katin King convidou o renomado pesquisador a entrar na cabine onde se encontrava a médium e, então, com o auxílio de uma lâmpada fosfórica, pôde ver, perfeitamente, o Espírito materializado ao lado da médium em transe, provando-se, assim, a existência de duas personalidades diferentes. (Zalmino Zimmermann. Teoria da Mediunidade)

Zalmino Zimmermann, em sua obra Teoria da Mediunidade, cita as importantes informações de Gabriel Delanne, que reproduzimos abaixo, in verbis:

Nela (Miss Cook) não há lugar para dúvidas. A médium é uma jovenzinha de 15 anos, incapaz de organizar e levar a bom termo tão colossal embuste, sob a meticulosa observação de jornalistas, escritores, e cientistas de primeira ordem. Tomaram-se todas as medidas, sempre com sua aquiescência, para impedir qualquer fraude. Procedeu-se em relação a ela como se teria feito com o mais hábil dos prestidigitadores. Imobilizam-se suas mãos por meio de cordas, cujos nós e laçadas são costurados e selados; com uma correia cinge-se sua cintura e fica sujeita às maiores precauções; as extremidades se fixam no solo mediante uma argola de ferro. Outras vezes passavam-lhe uma corrente elétrica pelo corpo de modo que um galvanômetro indicasse os seus menores movimentos. Entretanto, a aparição se mostrava completamente liberta, vestida com véus dispostos com arte e que desapareciam ao mesmo tempo em que o fantasma. Katie King difere tanto da médium Florence Cook que mesmo os incrédulos mais sistemáticos, como o Dr. Sexton, pôde vê-las juntas, enquanto Miss Cook jazia em transe, amarrada em sua cadeira. Seu testemunho confirma o da escritora Florence Marryat e o de Sir. William Crookes, que tinham podido ver a cena. (...) Mas o que demonstra peremptoriamente a independência absoluta de Katie King, é que ela fala com a médium estando completamente desperta. Pela leitura dos relatórios de Sir William Crooks vemos que, em sua última aparição, o Espírito se despediu de Miss Cook, quando esta foi despertada e posta em seu estado normal. 

Leon Denis, em sua obra “No Invisível”, traz-nos outro relato de Florence Marryat, in verbis:

Assisti diversas vezes às investigações feitas pelo Senhor Crookes, para se convencer da existência da aparição. Vi madeixas escuras de Florence Cook esparsas no chão, diante da cortina, à vista de todos os assistentes, enquanto Katie passeava e conversava conosco. Vi, em várias ocasiões, Florence e Katie, ao pé uma. da outra, de sorte que não posso ter a mínima dúvida de que eram duas individualidades distintas... No correr de uma sessão, pediu-se a Katie que se desmaterializasse em plena luz.

Consentiu em submeter-se à prova, embora nos dissesse em seguida que lhe havíamos feito muito mal. Foi encostar -se à parede do salão, com os braços estendidos em cruz. Acenderam -se três bicos de gás. O efeito produzido em Katie foi terrífico. Vimo-la ainda durante um segundo apenas; depois, ela desvaneceu-se lentamente. Não posso melhor comparar a sua extinção que a uma boneca de cera derretendo -se ao calor de um braseiro. Primeiramente, os dois lados do rosto, vaporizados e confusos, parecia entrarem um no outro; os olhos se afundavam nas órbitas; o nariz desapareceu e a fronte se desmanchou. Os membros e o vestido tiveram a mesma sorte; ia tudo caindo no tapete, como uma coisa que desmorona. A luz dos três bicos de gás olhávamos fixamente para o lugar que Katie King havia ocupado.

Zimermmann ainda lembra que Charles Darwin, depois de ler a obra de Crooks, aceitou um convite para participar de uma reunião:

Segundo o médico italiano Dr. Giulo Caratelli, Darwin, em carta à sua amiga Lady Derby, relata o ocorrido, declarando-se perplexo diante do que presenciou e que, embora sua formação “fortemente racional”, era levado a aceitar totalmente o “trabalho honesto e atento” de Crooks, amigo muito estimado e admirado.

Leon Denis lembra que os contraditores passaram a implantar a falsa informação de que Crooks houvera se retratado. W. Crookes, todavia, após 30 anos de publicação da sua obra, em congresso realizado em Briston, no ano de 1898, do qual ele era presidente, disse categoricamente:

Trinta anos se passaram, depois que publiquei as narrativas de experiências tendentes a demonstrar que, fora de nossos conhecimentos científicos, existe uma força posta em ação por uma inteligência que difere da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho que retratar; mantenho minhas observações já publicadas. Posso mesmo acrescentar -lhes outras muitas.

Note-se como agem os antagonistas! Já pensou se Crooks não tivesse a oportunidade de desmentir os boatos?

Nada obstante, os antagonistas continuam levantando objeções ridículas, primárias e risíveis. Mesmo após os testemunhos que atestam a distinção entre Miss Cook e Katie King, dizem que esta última nunca existiu e que era a médium disfarçada. Tal conclusão origina-se da semelhança que muitas vezes existia entre as duas. Bem se vê que falta conhecimento do Espiritismo para muitos críticos!

A semelhança que existia decorre do fenômeno conhecido como materialização conjugada: “Por apoiar-se o manifestante no perispírito do próprio médium, ou ser por ele estreitamente influenciado, (...) a aparência do Espírito materializado parece, muitas vezes, apresentar semelhanças com a do médium. Esse tipo de manifestação surge em determinadas circunstâncias ou condições, sabendo-se, entretanto, que o médium pode servir-se aos dois tipos de materialização.” (Zalmino Zimmermann. Perispírito) Todavia, cumpre registrar que, conforme informam os relatos, nem sempre havia semelhança entre a médium e o Espírito.

Devemos destacar um fato notável envolvendo a sociedade dialética de Londres:

Em 1869, a Sociedade Dialética de Londres, uma das mais autorizadas agremiações científicas, nomeou uma Comissão de trinta e três membros, sábios, literatos, prelados, magistrados, entre os quais Sir John Lubbock, da Royal Society, Henry Lewes, hábil fisiologista, Huxler, Wallace, Crookes, etc., para examinar e “aniquilar para sempre” esses fenômenos espíritas, que, dizia a moção, “são somente produto da imaginação”. Depois de dezoito meses de experiências e de estudos, a Comissão, em seu relatório, reconheceu a realidade dos fenômenos e concluiu em favor do Espiritismo.(Leon Denis. Depois da morte)

Pelo exposto, não foi sem motivos que Charles Richet disse:

As experiências de Crookes são de granito e nenhuma crítica prevalece contra elas. Aconselho a lerem com cuidado os relatos de Crookes e hão de se convencer da realidade dos fatos, a menos que se resignem a tratar Crookes de imbecil, o que seria uma imbecilidade.

Eis mais um dos fatos espíritas. William Crookes, assim como Tomé, tocou o fenômeno com os dedos.


7 comentários:

  1. Florence parece ter sido mesmo médium. Mas, há pelo menos um caso em que muitas pessoas se convenceram da fraude.

    Tal fato se deu em 9 de Janeiro de 1880, durante uma apresentação de materialização do espírito "Marie". Um rapaz chamado George Sitwell teria agarrado a suposta materialização e comprovado a fraude.

    Isso pode ser visto aqui: http://www.unexplainedstuff.com/Mediums-and-Mystics/Mediums-and-Channelers-Florence-cook-1856-1904.html#b e http://www.fst.org/cook2.htm

    Ernesto Bozzano, no livro O Espiritismo e as Manifestações Psíquicas, também faz menção ao caso, mas de forma suavizada e favorável à médium.

    Já Juliana Hidalgo, em sua tese de mestrado, é um pouco mais incisiva, embora não dê muitas referências sobre o caso. Na página 542, diz:

    “O fato de Florence Cook ter realizado sessões de materialização no laboratório do cientista juntamente com Mary Showers, uma médium que na época acabou sendo pega em flagrante ao realizar uma fraude; a própria Florence Cook pega em flagrante alguns anos depois. Após o anúncio da descoberta dessa fraude, realizada por Florence Cook, Crookes deixou de se referir a seus estudos com a confiança que tinha anteriormente".

    Qualquer que seja o caso, fraude ou não, o que todas as fontes concordam é que após esse incidente, Florence Cook ficou alguns anos afastada das materializações.

    Em: Proceedings of the society for psychical research Volume 54, part 198, april, 1966, artigo de C. J. STEPHENSON, é dito nas conclusões:

    "Ao mesmo tempo, eu descobri que, fosse ela genuína ou não, Florence muito provavelmente se manteve no circuito durante a sessão, e não se pode dizer que a evidência elétrica fornece muito apoio a qualquer hipótese de fraude".

    "Nenhuma luz foi jogada sobre a questão da integridade de Crookes. Ele pode ter sido conivente com Florence e com a Sra. Fay, e certamente poderia tê-las ajudado e aconselhado se quisesse. Por outro lado, as médiuns poderiam provavelmente ter fraudado sem a ajuda dele".

    "No caso de Crookes, em especial, o fato de que ele próprio estava convencido sobre a autenticidade pode ter sido suficiente para justificar, para si próprio, alguns exageros e judiciosas omissões em seus relatórios, a fim de convencer os outros também".

    Eu nunca li os relatórios de Crookes para poder julgar por mim mesmo. O que conheço do caso é apenas o que outros livros falam ou pequenos resumos na internet. Então, não tenho opinião formada, muito embora tenha muita resistência em crer que Katie King era mesmo um espírito.

    De qualquer forma, é importante conhecer este outro lado dos fatos, essas polêmicas não ditas e não abordadas nos livros espíritas que, querendo convencer a todo custo, só mencionam aquilo que lhes interessa, ocultando todo o resto.

    Já havia enviado esse material e outros mais para o Ricardo em particular, mas como não incluiu nenhuma referência nesse artigo (creio que ainda não deu tempo de analisar tudo), achei por bem fazer esse adendo aqui.




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  2. Leonardo, ao lado de Crooks existem os fatos, relatos e inúmeros testemunhos. Outros presenciaram o mesmo fenômeno (R. Wallace, Gabriel Delanne, Florence Marryat, Charles Richet, Charles Darwin, Gustavo Geley, etc.)

    Ora,o próprio Crooks desmentiu os boatos de que ele havia se retratado. Leia atentamente o texto! O céticos são ardilosos...já pensou se Crooks não tivesse a oportunidade de se pronunciar?! é assim que surgem as mentiras céticas...

    O que você informa não passa de "disse-que-me-disse" sem provas.

    Veja o que diz G. Delanne:

    "Tomaram-se todas as medidas, sempre com sua aquiescência, para impedir qualquer fraude. Procedeu-se em relação a ela como se teria feito com o mais hábil dos prestidigitadores. Imobilizam-se suas mãos por meio de cordas, cujos nós e laçadas são costurados e selados; com uma correia cinge-se sua cintura e fica sujeita às maiores precauções; as extremidades se fixam no solo mediante uma argola de ferro. Outras vezes passavam-lhe uma corrente elétrica pelo corpo de modo que um galvanômetro indicasse os seus menores movimentos. Entretanto, a aparição se mostrava completamente liberta, vestida com véus dispostos com arte e que desapareciam ao mesmo tempo em que o fantasma."

    Testemunhos como esse você despreza, né? O que você tem a dizer dos relatórios da Sociedade Dialética de Londres? Isso você despreza, né? O que você diz de tantos outros relatos e testemunhos semelhantes ao de Delanne? Esses você também despreza, né?

    Claro, se o padeiro da época disser que tudo era pura fraude você aceita como uma prova irrecusável. Contudo, o testemunho dos pesquisadores você despreza...interessante.

    Conheço como agem os contraditores. Qualquer pedaço de papel de pão já serve como prova contra o Espiritismo. As pesquisas favoráveis são desprezadas ou postas em dúvidas injustificáveis.

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  3. Oi, Ricardo
    todos os médiuns que Wallace investigou, com exceção de Daniel Home, foram pegos em fraude depois, o que coloca em séria dúvida sua capacidade para detectar truques. A própria Florence Marryat era médium e é vista pelos próprios espiritualistas como uma testemunha não confiável. O relato dela do derretimento do espírito de Katie King não possui nada verificável: nenhum nome das testemunhas, data ou local, sendo claramente uma invenção. Ela inclusive era escritora, autora de ficção. Charles Richet também foi enganado por diversos "médiuns", lembro de 3: Joaquín (María) Argamasilla de La Cerda y Elio (1905-1985), Eva Carriére e Eusapia Palladino.
    Quanto a Darwin ele jamais validou qualquer sessão espírita, muito pelo contrário. Ele ficou perplexo com o que viu sim, mas no mau sentido! Veja:
    Em 18 de janeiro de 1874, Darwin escreveu, sobre uma sessão com um médium
    pago: "(...) Estava tão quente e achei tudo tão enfadonho que saí antes de todos esses espantosos milagres ou malabarismos terem ocorrido. (anotação de Darwin, 18/01/1874, in PEARSON, ibid., pp. 66-7).
    E em 29 de janeiro de 1874, Darwin comenta, numa carta a Huxley: "para mim uma enorme quantidade de evidências seria necessária para fazer alguém pensar em algo além de mera farsa... [...], quanto mais eu penso no que ocorreu em Queen Anne St, mais fico convencido de que foi tudo uma farsa... Minha teoria é que [o médium] manejou tudo para colocar os dois homens um em cada lado dele, para que eles segurassem as mãos um do outro em vez das dele. Assim o médium ficou livre para fazer toda a performance. (Carta de Darwin a Huxley, 29/01/1874, in PEARSON, ibid., p. 67)

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  4. Ricardo,

    Vamos lá.

    a) que texto se refere? Não entendi. Eu nada disse sobre retratações. Você se refere ao texto da Juliana Hidalgo, em que ela diz que Crookes perdeu o entusiasmo?

    b)Não, eu não desprezo. Eu não os conheço. Tudo que sei sobre o trabalho de Crookes foi tirado de livros de terceiros. Os relatórios, mesmo, eu nunca os li. Mas, seus críticos consideram seu trabalho bem feito, apenas não tão confiante quanto ele próprio pensava que fossem. Isso também está no volume indicado da SPR que eu citei, juntamente com toda a análise técnica do procedimento da corrente elétrica, demonstrando que houve falhas. É só ler para saber.

    c)Houve concenso sobre a fraude de Florence não de Crookes. Não foi uma pessoa apenas. Veja:

    O episódio mais noticiado no primeiro período de ‘Marie’ foi a apreensão do ‘espírito’ por Sir George Sitwell em 9 de janeiro de 1880. A versão deste evento que se tornou amplamente conhecida é a do filho do Sir George, Sir Osbert Sitwell, em sua autobiografia Left Hand: Right Hand![1] (veja também The Spiritualists, pp. 132-4). Esta sessão foi realizada sob os auspícios da British National Association of Spiritualists, cujo conselho nessa época incluía Stainton Moses, E. Dawson Rogers, Dr. Wyld, Frank Podmore e E. T. Bennett, todos eles foram posteriormente Membros do Conselho, e os dois últimos secretários honorários, da S.P.R. Em Spiritual Notes de fevereiro de 1880 (pp. 351-5) há um relatório interessante sobre a discussão da apreensão de Sitwell na subseqüente reunião do Conselho da British National Association. Sir George Sitwell e seu amigo Carl von Buch, que tinham ajudado na exposição, foram convidados a comparecer a esta reunião. A opinião geral era a de que nesta ocasião ‘Marie’ era de fato Florence, e o que estava em questão, como sempre, era se a fraude fora consciente ou não. Um detalhe importante, que parece não ter sido enfatizado adequadamente, é que von Buch havia pedido para amarrar a médium e, deliberadamente, de acordo com sua própria afirmação, deixou os nós suficientemente frouxos para serem soltos. Sendo assim, se alguém estivesse preparado para dar a Florence o benefício da dúvida, teria que admitir a possibilidade de sonambulismo (uma palavra muito em moda naquela época), embora seja certamente uma desventura que o sonambulismo tivesse que envolver a remoção de toda sua roupa, exceto pelo espartilho e pela anágua de flanela. O Sr. Dawson Rogers reforçou, em se tratando de um evento paranormal, o desaparecimento do vestido branco ‘materializado’, embora a confusão pareça ter sido tal que esta mal pode ser considerada como uma circunstância de alto valor evidencial.

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  5. d)Seu conhecimento apriori lhe impede de ver novas informações. O que eu fiz foi apenas oferecer um outro lado da história e, mesmo assim, aplicado somente a um caso. Mas, talvez você prefira simplesmente não informar as pessoas que estes reveses aconteceram. É mais fácil, sempre, dizer que foi tudo cor de rosa.

    e)A prova disso, a meu ver, é que apenas mencionei o nome de Sitwell e você já sabia do que se tratava, embora nunca tenha visto você mencionar este episódio em seus textos pró-Crookes.

    f)É esta parcialidade, que enfraquece muito os pesquisadores espíritas. O testemunho de grandes espíritas clássicos pró-Crookes são tomados como verdadeiros votos de confiança, mas o relatório da SPR, onde Crookes eram membro e pesquisador, demonstrando falhas em seus procedimentos, não. Vai entender...

    g)Eu não tenho muito interesse no trabalho de Crookes pelo seguinte motivo: Nenhum pesquisador clássico provou coisa alguma. Então, do ponto de vista histórico, acho muito interessante, mas do ponto de vista factual, não. Hoje ainda existem pesquisas de boa na área da mediunidade, da reencarnação e especialmente na EQM. Mas, nada, zero, sobre materializações. Os médiuns dessa faculdade sumiram todos? Hoje temos câmeras infravermelho, os espíritos poderiam usar e abusar do escuro... Mas, cadê?

    H) Por fim, e para esclarecer, eu não posso refutar o trabalho de Crookes porque não o conheço. Sei apenas o que falam sobre ele. Minha intervenção é no sentido de oferecer um pouco de informação sobre problemas ocorridos durante sua pesquisa e que são sumariamente ignorados nos relatos espíritas que só pontuam o que lhes é interessante. Apenas isto.


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  6. A possibilidade de fraude por parte de um médium sempre existe,mas não invalida sua mediunidade,nem a mediunidade como fato real.Muitos médiuns em busca de projeção,fama ou vantagens financeiras fraudam sim,mas continuam médiuns.Lembremo-nos do caso das irmãs Fox,no niício foram médiuns de fenômenos notaveis,mas acabaram mal em shows fajutos de fenômenos inexistentes.

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  7. Leonardo,

    Conversarei com você por e-mail.
    ________

    Enfant Terrible,

    Então temos duas Cartas de Darwin. Qual a verdadeira? pessoalmente, não confio mais nos céticos. Há muita manipulação das informações, sensacionalismo e deturpação dos fatos por parte deles.

    Não estou dizendo achismos...Veja o caso de Crooks. Já pensou se ele não tivesse tempo de dizer a verdade?! Os céticos estariam repetindo até hoje que ele havia se retratado.

    Abraços.

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