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quarta-feira, 15 de julho de 2015

[LIVRO] - Machado de Assis e o Espiritismo

A pedagoga Elaine Maldonado, do CCA (Centro de Ciências Agrárias) do campus de Araras da Ufscar (Universalidade Federal de São Carlos) realizou o lançamento o livro “Machado de Assis e o Espiritismo”. A obra é fruto da dissertação de mestrado da pesquisadora em História e Sociedade, defendida na Unesp (Universidade Estadual Paulista).

A pedagoga  traçou um paralelo entre a obra do autor e a trajetória da doutrina espírita tomando como referência crônicas e contos produzidos por Machado de Assis ao longo de 31 anos. 

O Blog dos Espíritas já realizou a leitura da obra e recomenda a mesma para aqueles adeptos que se interessam pela História do Espiritismo no Brasil, assim como para os acadêmicos pesquisadores da doutrina espírita.

O livro pode ser adquirido pelo próprio site da Editora Paco.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O que deve ser a história do Espiritismo


Por Allan Kardec

A propósito dessa história, sobre a qual dissemos algumas palavras, várias pessoas nos perguntaram o que compreenderia ela e, a propósito, nos enviaram diversos relatos de manifestações. Aos que pensaram assim trazer uma pedra ao edifício, agradecemos a intenção, mas diremos que se trata de algo mais sério que um catálogo de fenômenos espíritas, encontradiço em muitas obras.

Tendo que se destacar o Espiritismo nos fastos da humanidade, será interessante para as gerações futuras saber porque meios ter-se-á ele se estabelecido. Será, pois, a história das peripécias que tiverem assinalado os seus primeiros passos; das lutas que tiver enfrentado; dos entraves que lhe terão oposto; de sua marcha progressiva no mundo inteiro.

O verdadeiro mérito é modesto e não busca fazer-se valer.

É preciso que a humanidade conheça os nomes dos primeiros pioneiros da obra, daqueles cuja abnegação e devotamento merecerão ser inscritos em seus anais; das cidades que marcharam na vanguarda; dos que sofreram pela causa, a fim de que os abençoem; e dos que fizeram sofrer, a fim de que orem, para que sejam perdoados; numa palavra, de seus amigos dedicados e de seus inimigos confessos ou ocultos.

É preciso que a intriga e a ambição não usurpem o lugar que lhes pertence, nem um reconhecimento e uma honra que lhes não são devidos. Se há Judas, devem ser desmascarados. Uma parte que não será menos importante é a das revelações que, seguidamente, anunciaram todas as fases dessa nova era e os acontecimentos de toda a ordem, que as acompanharam.

Aos que achassem a tarefa presunçosa, diremos que não temos outro mérito senão o de possuir, por nossa posição excepcional, documentos que não pertencem a ninguém e que estão ao abrigo de quaisquer eventualidades; que, incontestavelmente, estando o Espiritismo sendo chamado a desempenhar um grande papel na História, importa que seu papel não seja desnaturado, e opor uma história autêntica às histórias apócrifas que o interesse pessoal poderia fabricar.

Quando aparecerá ela?

Não será tão cedo e talvez não em nossa encarnação, pois não se destina a satisfazer a curiosidade do momento. Se dela falamos por antecipação, é para que ninguém se equivoque quanto ao seu objetivo e seja anotada a nossa intenção. Aliás, o Espiritismo está em começo e muitas outras coisas terão passado até lá. Então, é preciso esperar que cada um tenha tomado o seu lugar, certo ou errado.

Fonte: Revista Espírita – ANO V, outubro de 1862