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terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Criogenia ante o Espiritismo


Por Fabiano Vidal

Não tem sido raro lermos notícias a respeito da criogenia, técnica que consiste no congelamento de cadáveres com o objetivo de ressuscitá-los no futuro. O termo ficou conhecido mundialmente após Robert Ettinger, considerado o "pai da criogenia", publicar, em 1964, o livro The Prospect of Immortality (Uma Perspectiva de Imortalidade), inédito no Brasil. Na obra, seu autor defendia a tese segundo a qual "era possível conservar o corpo indefinidamente", de modo que um dia "a ciência médica pudesse reparar os problemas causados pela doença e a própria criogenia".

A técnica consiste em guardar o corpo num tanque de nitrogênio líquido, a 196ºC abaixo de zero, temperatura em que não há decomposição das células. Com esse objetivo, o corpo é envolto em uma manta térmica especial, que ajuda a mantê-lo frio, enquanto é transportado para uma clínica em temperaturas baixas, que tem por objetivo fazer com que o cérebro exija menos oxigênio e mantenha os tecidos vivos por mais tempo.

Essa técnica, feita sob medida para aqueles que não creem na vida após a morte do corpo físico, não é barata. De acordo com o site Mundo Estranho, existem nos Estados Unidos, as duas únicas empresas do mundo que realizam o procedimento: a Alcor (Arizona), que cobra 150 mil dólares pela preservação do corpo todo e 80 mil para preservar apenas o cérebro; e a Cryonics Institute, que não faz preservação do cérebro, apenas do corpo todo, por 100 mil dólares.

Embora a teoria criogênica seja de 1964, até hoje não foi possível reanimar corpo algum. Para tal fim, seria necessário vencer dificuldades como a falta de oxigênio durante os primeiros minutos da morte, que pode acarretar em danos irreparáveis aos tecidos, que permanecerão nesse estado, mesmo estando congelados; o líquido criopreservante utilizado com a finalidade de preservar o organismo seria tóxico e ainda não existe, até o momento, alternativa para substituí-lo; e, por último, a necessidade de reverter o processo que causou a morte daquele corpo.

Mas como a Doutrina Espírita vê a possibilidade da criogenia um dia se tornar real? De acordo com a codificação, tal procedimento jamais poderá se tornar realidade. Em O Livro dos Espíritos, capítulo III, Retorno da vida corpórea à vida espiritual, questão 149, podemos ler, de forma taxativa:

P – Em que se transforma a alma no instante da morte?

R – Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos que ela havia deixado temporariamente. (Grifo nosso)

Allan Kardec, em A Gênese, afirma: "A atividade do princípio vital é mantida, durante a vida, pela ação do desempenho dos órgãos, como o calor pelo movimento de rotação de uma roda; que essa ação cesse pela morte, o princípio vital se extingue como o calor, quando a roda cessa de girar."

Concluindo: uma vez findo o princípio vital e a ocorrência do desligamento dos laços que prendem a alma ao seu corpo físico, não há a possibilidade de revivê-lo, em que pesem os esforços da Ciência para esse fim.

Para saber mais: