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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

[Download] - Fenômenos mediúnicos na terapia de vida(s) passada(s) uma análise dos discursos dos terapeutas

Disponível para download a dissertação de Mestrado “Fenômenos mediúnicos na terapia de vida(s) passada(s) uma análise dos discursos dos terapeutas” defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba – UFPB pelo Psicólogo João Arnaldo Nunes.

Clique aqui para baixar.

RESUMO

Sendo  o  discurso  uma  prática  social,  seu  funcionamento  é  regulado  por  normas  que controlam todo acervo de saberes, o presente trabalho buscou seu suporte nos princípios teóricos  do  filósofo  Michel  Foucault  e  tem  como  objeto  o  estudo  dos  fenômenos mediúnicos na terapia de vida(s) passada(s) -  TVP.  Os fenômenos mediúnicos surgiram nos  consultórios  de  terapeutas  de  linha  ortodoxa  forçando-os,  de  certa  forma,  a compreender  esse  novo  campo  de  estudos  que  se  desdobrava.  Os  resultados  deste processo  fizeram  surgir  uma  nova  abordagem  terapêutica  que  se  distanciava  das abordagens tradicionais. A partir disso, num primeiro momento, iremos apresentar um breve  contexto  histórico  a  respeito  do  percurso  de  como  esses  fenômenos  foram compreendidos e interpretados. Selecionamos três olhares que consideramos a base para uma compreensão dessa trajetória na qual os fenômenos foram ganhando interpretações: a  visão  da  Metapsiquica,  da  Parapsicologia  e  finalmente  do  Kardecismo.  Percebemos que  em  alguns  pontos  estes  se  complementam  e  em  outros  momentos  se  distanciam.

Com base no trabalho de campo realizado, buscamos compreender através dos discursos dos  terapeutas  que  trabalham  com  a  TVP,  como  estes  profissionais  lidam  com  o surgimento  dos  fenômenos  mediúnicos  no  setting  terapêutico.  Como  aporte teóricometodológico,  além  de  Foucault,  utilizamos  a  perspectiva  antropológica  nos valendo tanto  de  autores  que  trabalham  com  o  Kardecismo  quanto  daqueles  que estudam  o universo New Age, com foco nas práticas terapêuticas.

Palavras-Chaves: Terapia de vida passada; Mediunidade; Kardecismo; New Age.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Espiritismo ou Kardecismo?

Por Luiz Antonio Milleco

"De um tempo para cá um estranho fenômeno ocorre em nosso meio: pessoas respeitáveis aceitam a Doutrina Espírita, entusiasmam-se com seus postulados e se beneficiam da consolação por Ela propiciada. No entanto, chegado o momento das definições, afirmam-se não espíritas, mas espiritualistas ou "kardecistas".

Quanto ao espiritualismo, a definição é incompleta, já que todas as crenças baseadas na existência da alma são espiritualistas.

E quanto ao "kardecismo"?

As origens históricas do termo, embora não possam situar-se no tempo, são perfeitamente caracterizadas quanto aos fatos. Ao chegarem ao Brasil, os escravos trouxeram consigo suas crenças, seus cultos, que ali se fundiram, com o crescimento das crenças indígenas e católicas. Esses grupos étnicos já praticavam a mediunidade. Ora, com o aparecimento entre nós da Doutrina Espírita, uma de cujas bases principais é exatamente o fenômeno mediúnico, foram inevitáveis as generalizações. Tudo quanto se referisse ao intercâmbio com o outro plano era considerado Espiritismo.

Tal equívoco ocasionou lamentáveis deturpações. Não queremos aqui discriminar os grupos afro. Há entre eles os que, embora divergindo da Doutrina Espírita quanto ao aspecto religioso e à prática mediúnica, lêem Allan Kardec, adotam seus postulados filosóficos e servem ao próximo com desprendimento e abnegação.

Não se pode negar, entretanto, as deturpações a que nos referimos acima. Eram comuns em certos setores da imprensa manchetes como: "Assassinato em um Centro Espírita", "Incorporado pelo Guia Fulano...". Além disso, não são raros os folhetos em que se lê: "Madame Fulana de tal. Vidente Espírita, soluciona todos os problemas, resolve caso de amor e dinheiro, prevê o futuro..." etc.

Resultado: para não se embarafustarem com toda esta confusão, alguns companheiros abrem mão do termo espírita e preferem a expressão "kardecista". Haverá, porém, algum fundamento para tal posição?

Em primeiro lugar, Allan Kardec sempre fez questão de assinalar que, ao contrário de todas as doutrinas anteriores, o Espiritismo não foi fundado por homens, mas é conseqüência das revelações trazidas pelo Plano Espiritual.

Em segundo lugar, não podemos descartar a gama de preconceitos que envolve a substituição dos termos espírita e Espiritismo pelos termos "kardecista" e "kardecismo".

Não querem, estes companheiros, que suas crenças sejam confundidas com aquelas que, para eles, são "inferiores". Não querem ser identificados como "feiticeiros" ou "macumbeiros". Tal confusão, no entanto, não advém deste ou daquele termo, mas da posição de cada um perante a vida e diante de si mesmo.

Ao invés de simplificarmos as coisas dando à Doutrina Espírita nomes que ela não possui, chamando-a "kardecismo", "mesa branca", "Espiritismo Científico", etc., arquemos com os incômodos das explicações; e, definindo-nos claramente como espíritas, esclareçamos simplesmente os que nos abordem sobre o que é, e o que não é Espiritismo".

Fonte: Revista Espírita Harmonia - nº 34 - agosto de 1997

Luiz Antonio Millecco Filho (Rio de Janeiro, 30 de junho de 1932 - 5 de fevereiro de 2005) foi musicoterapeuta, médium, escritor e conferencista espírita brasileiro.