segunda-feira, 2 de julho de 2012

Para onde vamos, realmente?



Por Octávio Caúmo Serrano

Morremos; e agora?

Conversávamos com um espírita amigo que se diz encantado com a lógica da nossa doutrina e ele nos disse: - A única coisa que tenho dúvida se realmente existe é a reencarnação.

Levamos um susto! A reencarnação não só é a pedra angular da doutrina espírita, como o é, também, para entendermos a justiça divina: A LEI DE DEUS!

Ninguém conseguirá dar explicações sobre a desigualdade das pessoas no mundo a não ser pelos resgates e provas necessários que vivemos numa nova encarnação.

Ao consultar o capítulo IV, itens 24 e 25, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, temos duas mensagens de São Luiz, 1859, que são esclarecedoras: limites da encarnação e necessidade da encarnação.

Mostra-nos o lúcido espírito que à medida que vamos nos desmaterializando, ainda mesmo na Terra, caminhamos mais rápido para a espiritualização, diminuindo a densidade de nossos corpos, quando chegamos, inclusive, a precisar de menos alimento para nos sustentar. Por que isso se dá? Porque somos diferentes uns dos outros. Não há duas almas iguais como não há a mesma digital em dois seres humanos.

Basta observar a vida para sentir a justiça divina. Enquanto neste momento alguns praticam a caridade, outros roubam, matam ou estupram; enquanto uns estudam e esforçam-se outros vivem nos antros em vícios e jogatinas; enquanto pessoas adotam crianças, outras abortam ou matam por diferentes meios; enquanto há doutores que salvam há outros traficantes de órgãos. Como esperar que ao final da vida todos sigam para o mesmo lugar; como desejar que sejam premiados igualmente!

Em mundos de densidade menor que a Terra nossos corpos são mais leves porque estaremos mais espiritualizados. Deslocaremo-nos sem tanto sacrifício, chegando mesmo a deslizar ou volitar.  Chegará o momento em que nós, espíritos, nos confundiremos com nossos corpos que serão fluídicos. Se hoje temos 68 quilos, vivendo em Marte teríamos 26, na Lua 11 e em Plutão 4,5 kgs. Bem mais fácil de nos movimentar, claro!

Isso todos nós podemos conseguir. Basta viver mais moralmente que materialmente enquanto na Terra, para reencarnar em mundos menos densos. Qualquer outra solução que não o esforço próprio será privilégio. E o único privilégio que Deus concede a seus filhos e dar-lhes oportunidades iguais para que possam lutar pelo próprio progresso. Fora isso, nem pagando, nem rezando, nem vivendo nas clausuras poderemos conseguir. “A cada um segundo suas obras” já nos foi ensinado há milênios. Continua valendo!

Se você é como o meu amigo espírita do começo do texto, cheio de dúvidas, passe a pensar servindo-se do bom senso. Só assim entenderá Deus e concluirá pela importância, justiça e misericórdia da reencarnação. O resto é conversa fiada!

Jornal O Clarim - julho de 2012

Um comentário:

  1. A reencarnação é,positivamente a maior prova da bondade e da justiça divinas em nosso favor.

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