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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A identidade dos Espíritos e o excesso de credibilidade


Por Maria Ribeiro

A importância capital na distinção dos Espíritos diz respeito, a saber-se se são bem ou mal intencionados, sábios ou ignorantes, sendo o restante de importância secundária, salvo se tratar-se de identificá-lo como pessoa desencarnada de nossas relações, onde se faz necessária a comprovação da identidade. A identificação será mais difícil quando tratar-se de personagens antigas, por isso a orientação em O Livro dos Médiuns, em que “a apreciação será puramente moral”.

A linguagem é apontada como principal forma de identificação, ao menos moral e intelectual do Espírito. Aliás, há entre eles, quando há concordâncias de idéias, o costume de assinar com um nome que imprima mais confiabilidade, sem por isso tratar-se de um Espírito mal intencionado; estes são mais esclarecidos, que, conservando sua individualidade, vão perdendo aos poucos os caracteres que distinguem sua personalidade. Também há os que se fazem passar por personagens veneráveis, mas com o intuito de enganar, e, claro, estes são sempre de ordem inferior. 

“A questão da identidade é, pois, como dissemos, quase indiferente quando se trata de instruções gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem se substituir uns aos outros sem que isso tenha conseqüência. Os Espíritos superiores formam, por assim dizer, um todo coletivo, do qual as individualidade nos são, com poucas exceções, completamente desconhecidas. O que nos interessa não é a sua pessoa, mas o seu ensinamento...”(cap XXIV – 256 – OLM)

Analisando estas sábias instruções, testemunha-se outra realidade no meio espírita, visto que grande parte dos profitentes adoram saber quem é quem. A curiosidade pelo nome do irmão desencarnado é maior que o interesse em interiorizar o ensinamento deixado por ele. 

Não é de nosso costume pessoal, citar nominalmente nenhuma personalidade, antiga ou contemporânea, mas neste caso particular nos vemos obrigada a este proceder, dada a necessidade de uma análise que possa trazer novas reflexões acerca do assunto. Que não se entenda nas nominações nenhum laivo de depreciação, já que não é este o objetivo. 

Há exemplos que se tornaram clássicos; um deles diz respeito ao Espírito Bezerra de Menezes, que segundo uns, foi Zaqueu, contemporâneo de Jesus. Outro exemplo é o de Francisco de Assis, afirmado como João, discípulo do Cristo. Outra opinião diz que o Espírito Miramez é o mesmo jovem rico de uma conhecida passagem evangélica. Há os que afirmam ser a Madre Tereza de Calcutá a mesma Maria de Magdala. Joanna de Angellis teria sido Joana de Cusa, também discípula cristã. Os exemplos mais difundidos são, entretanto, o de Emmanuel como o controverso Publio Lentullus, e André Luiz, como sendo Carlos Chagas, um médico sanitarista que viveu na cidade Rio de Janeiro; e com exceção deste, todos os outros estiveram com o Cristo...

Estas informações surgiram, decerto, através de desencarnados ignorantes ou mal intencionados, e ganharam credibilidade geral, sem nenhum exame, aliás, como provar que um Espírito nascido no século XIII como Francisco de Assis tenha animado um homem no tempo de Jesus, como João? Quem se arriscaria a dar cem por cento de certeza?

Se com os Espíritos que viveram no passado mais distante é impossível comprovar a identidade, com os que viveram mais recentemente é viável realizar um levantamento histórico e descobrir fatos que tornem (ou não) a comprovação identificatória algo concreto. 

Nada impediria que André Luiz, por exemplo, fosse o Carlos Chagas, não fossem as discordâncias das informações. Segundo seus biógrafos, Carlos Chagas ficou órfão de pai aos quatro anos; viveu grande parte de sua vida e desencarnou no Rio de Janeiro, é bem verdade, mas era mineiro de nascimento. Seu desencarne se deu em 1934, ironicamente, de infarto do miocárdio, aos cinqüenta e cinco anos de idade. Estes dados estão em flagrante contradição com os oferecidos por André Luiz sobre sua biografia: morreu aos quarenta e poucos anos, durante uma cirurgia de câncer intestinal. Convivera com o pai, tanto que relata em Nosso Lar um episódio onde, juntamente com este, repreende um personagem de nome Silveira, por causa de uma dívida, além de afirmar que o pai desencarnara três anos antes dele, André (cap. 7); relata ter deixado três filhos, mas ora fala de um primogênito (cap. 6), ora fala de uma primogênita (cap. 49); enquanto Carlos Chagas teve dois filhos, que na época de seu desencarne já eram adultos e diplomados. Há também uma dificuldade cronológica, pois, tivesse desencarnado em 1934 e passado oito anos no umbral, André Luiz jamais teria condições de estar presente quando da explicação de Lísias em relação ao início da Segunda Guerra Mundial (cap. 24), em 1939. Na ocasião, ele já se encontrava perfeitamente restabelecido. Não se quer repetir a imprudência das especulações, sempre pouco ou nada proveitosas, mas aventamos: ou seja, seu desencarne se deu no máximo em 1930 e seu nascimento entre 1885 e 1888, e não em 1879, como o de Carlos Chagas. Isto, aliás, se forem corretas tais informações oferecidas na obra.

Sobre a questão moral, também não há registro da vileza de comportamento do grande cientista mineiro, conforme o autor de Nosso Lar se confessa portador, principalmente na juventude, quando diz ter enganado uma jovem empregada de sua casa que foi posta na rua por seu pai... Como, se Chagas era órfão desde os quatro anos, assumindo o papel de “homem da casa” aos quatorze, e passando a viver no Rio de Janeiro por volta dos dezoito?! São palavras de Eurico Villela, professor e médico, colaborador de Chagas: 

“Sua compaixão pelo sofrimento alheio, sincera e profunda, não era, porém, passiva e resig-nada. Para atenuá-lo nunca se poupou, tudo dava de si num esforço que não distinguia o dia da noite, torturado na angústia de remediar o inelutável”.

“A nobreza de caráter e a desambição são outras características da sua personalidade. Quando, em 1919, o governo lhe outorgou um prêmio em dinheiro, no valor de cinquenta contos de réis, elevada importância para aquela época, abriu mão do mesmo em favor da construção de um monumento a Oswaldo Cruz. Ao acumular duas funções públicas, a de Diretor do Instituto Oswaldo Cruz e Diretor do Departamento Nacional de Saúde, aceitou apenas os vencimentos de uma das funções.” (fonte: Vertentes da Medicina, Joffre Marcondes de Rezende, São Paulo, editora Giordano, 2001)
Ao que consta, Chagas nunca teve nenhum de seus filhos “a praticar loucuras”, (cap. 49). Ao contrário, foram tão brilhantes quanto ele mesmo. Um deles desencarnou prematuramente, em 1940, aos 35 anos de idade, deixando várias obras consagradas. Já o filho mais moço que leva seu nome desencarnou no ano 2000, também um grande cientista e pesquisador. Não consta que sua esposa tenha contraído segundas núpcias, conforme André afirma que a sua tivera. Dona Íris Lobo desencarnou dezesseis anos depois do marido, em 1950, não podendo constatar-se que tenha se casado novamente após a viuvez.

Apenas com estas informações vê-se a impossibilidade de tratar-se do mesmo Espírito. Em suma, André Luiz e Carlos Chagas são duas individualidades distintas. André pode ter sido um admirador, talvez integrante da mesma equipe de médicos sanitaristas, ou talvez atuasse num outro grupo com os mesmos objetivos, sem evidentemente o mesmo brilhantismo de Chagas, (embora Emmanuel no prefácio, se refira a ele como “médico terreno e autor humano”) já que consta que o ilustre cientista mereceu honras, recebendo prêmios em vários países do mundo.

Com relação às outras personagens, é manifesta a impossibilidade de se fazer o mesmo estudo. Quem foi Madre Tereza de Calcutá? Maria de Magdala, só porque fora prostituta, regenerou-se e reencarnou envergando a indumentária de uma freira? Porque isto faria sentido? O personagem Emmanuel já tivera sua identidade investigada e que, por hora, se encontra sob suspeita. Outros Espíritos têm sido objeto de investigação, mas definitivamente, as especulações acerca dos supracitados que viveram séculos atrás se fazem infundadas. 

Porque Joanna de Angellis teria sido a mesma Joana de Cusa, discípula de Jesus? Ao que parece ela mesma traçara sua biografia, partindo daquela personagem; ou seja, ninguém tem como provar que isto seja real, mas o bom senso tem um peso enorme sobre isto: esta informação deveria ficar engavetada até sabe-se lá quando, mas jamais ter sido difundida. 

Os Espíritos Codificadores alertaram para a importância das instruções advindas dos Espíritos: o que tem relevância são as características morais que eles denotam, e para isto tem-se que estar atento. Descrevem tais características, comparando os bons e os maus Espíritos. O 23° princípio, inserto no capítulo XXIV de O Livro dos Médiuns, diz: 

“Não basta interrogar um Espírito para conhecer a verdade. É preciso, antes de tudo, saber a quem se dirige; porque os Espíritos inferiores, ignorantes eles mesmos, tratam com frivolidade as questões mais sérias. Também não basta que um Espírito tenha tido um grande nome na Terra, para ter, no mundo espírita, a soberana ciência. Só a virtude pode, em purificando-o, aproximá-lo de Deus e desenvolver seus conhecimentos.” 

No 25º, completam: “Estudando-se com cuidado o caráter dos Espíritos que se apresentam, sobretudo do ponto de vista moral se reconhece sua natureza e o grau de confiança que se lhe pode conceder. O bom senso não poderia enganar.” 

Parece claro, mas não é uma aplicação prática no meio espírita. Aliás, os Codificadores deram também uma receita nem sempre fácil de realizar-se: eles ensinaram que para julgar os espíritos é preciso saber primeiro julgar a si mesmo. E continuam: “Infelizmente, há muitas pessoas que tomam sua opinião pessoal por medida exclusiva do bom e do mau, do verdadeiro e do falso; tudo o que contradiga sua maneira de ver, suas idéias, o sistema que conceberam ou adotaram, é mau aos seus olhos.” 

Não é o que se presencia no Movimento Espírita? Cada um se vê no direito de interpretar a obra segundo o próprio entendimento, não permitindo exames, nem críticas, nem questionamentos, e isto não é um proceder que se possa chamar Espírita. Há várias décadas que grande parte dos profitentes aprende e ensina que André Luiz foi Carlos Chagas, embora já existam, desde muito tempo, resultados de pesquisas que provam tal impossibilidade, não sendo possível se chegar a uma conclusão exata sobre a personalidade real de André Luiz. Aliás, nenhum dos nomes cotados, como Oswaldo Cruz e outros, se enquadra no perfil de André. O fato em si, conforme pontuaram os Espíritos, não é relevante. O Espírita, manda o bom senso, deve aprender com eles o que for bom e útil, não se esquecendo de que, apesar de demonstrarem bondade e boas intenções, têm ainda limitações do saber, portanto, nem tudo o que disserem será verdadeiro.  Mas, questiona-se: porque um Espírito que se esconde atrás de um pseudônimo, cujas razões foram explicadas, ao ter sua identidade questionada, não desfaz os equívocos a que teve que recorrer, justamente para não ser descoberto? E, não sendo Carlos Chagas, porque permite tal engano? Aqui entra uma nova questão: considerando tal estado de coisas como uma prova, pode-se concluir pela falência quase total do movimento espírita brasileiro: deslumbre excessivo pelas manifestações copiosas, fáceis, para as quais se creditou grande valor, sem a preocupação com as orientações do mestre Kardec. Os Espíritos Codificadores advertiram mais de uma vez sobre as necessidades básicas do exame sério e frio; traçaram diretrizes seguras para que se evitasse todo o tipo de equívocos. Coube aos homens colocarem em ação o que aprenderam com a Doutrina Espírita e exercerem seu poder de raciocínio, sua inteligência e discernimento. E tudo o que fizeram foi cair nas armadilhas do caminho... Se achando muito espertos.

Cabe, ainda, aos homens colocarem em prática o que aprendem com a Doutrina, exercitar o raciocínio, a inteligência e o discernimento, reconhecendo que ainda há grande ignorância e tibiez de vistas a vencer para que se compreenda o Espiritismo na sua grandiosidade e sublimidade.

Os adeptos sinceros devem procurar sempre e acima de tudo a verdade, evitando os pactos com supostas verdades, as que nascem do orgulho e da vaidade dos modernos “doutores da lei”.
É inútil no atual momento querer repetir-se o mesmo regime repressor dos tempos idos. Os questionamentos vão se tornar cada vez mais acirrados, as discussões mais vivas, e só restará o insulamento para os que pretendam intimidá-los, porque, apesar de tudo, os homens evoluem! 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pessimismo - Atitude Destruidora

Por Adésio Alves Machado*

O planeta, por suas características de atraso ético/moral/espiritual, carrega habitantes intoxicados, podemos dizer que quase a maioria, por um estado mental pessimista. Tal pessimismo origina-se no hábito lastimável da lamentação, do acúmulo de mágoas e de queixas. O somatório leva à vivências e convivências conturbadas.

É, como se pode aquilatar, um comportamento enfermiço, arrastando milhões de pessoas ao desestímulo, insuflando temperamentos voltados à violência e seus sequazes. No fundo, tais criaturas, mesmo que agindo inconscientemente, desejam desviar o curso da vida terrena em seu derredor, insatisfeitas que se acham, com ela, pelo não atendimento aos seus caprichos.

A pessoa que contumazmente reclama, queixa-se, vive insatisfeita, tem uma visão distorcida da realidade existencial, desconhecendo, como não poderia deixar de ser, o papel desempenhado pela vida espiritual em nossas reencarnações que são intercaladas pelas necessárias vidas na matéria.

Em geral, o tipo de pessoa aqui analisada apresenta-se como vítima inocente de tudo quanto lhe acontece, porque não cogita, nem de leve, sobre reencarnação, lei de causa e efeito, evolução espiritual, influência dos espíritos, bons e menos bons, em nossas vidas e outras questões doutrinárias do Espiritismo. Ignora as fases positivas e as concessões que lhes são ofertadas pela Vida, adotando uma forma de ingratidão que sempre acarreta conseqüências infelizes.

Os ideais de enobrecimento humano são torpedeados pelas pessoas alimentadas mentalmente de pessimismo, o qual se deriva da autocomiseração. Atormentam-se os pessimistas e passam também a atormentar as criaturas desprevenidas, assim aumentando o número de deprimidos que recorrem às clínicas psiquiatras em busca de solução para o que elas mesmas criaram, invigilantemente.

Tudo deve convergir em favor da retificação dos erros nas suas mais variadas formas de manifestação. Com a adoção deste procedimento saneador, costuma a pessoa, interessada pela sua reforma interior, a ter que enfrentar obstáculos revestidos aparentemente de intransponibilidade. É justamente aí que a atuação pessimista se mostra mais numerosa e ativa. Os fracassos se agravam, o desânimo impera e a crítica destrutiva transparece preponderantemente.

Com o pessimismo e o hábito da crítica destrutiva, não há o favorecimento de estímulos à saúde, ao bem-estar psico-físico, mas sim do incentivo à valorização das doenças.

A recuperação das patologias diminuem por haver ignorância quanto à ação benfazeja da mente saudável sobre os implementos celulares, estes que são os delicados mecanismos dos nervos, os quais agem nos sutis equipamentos cerebrais onde operam os neurônios. Estes sofrem, desta maneira as descargas vibratórias desequilibradas, e verdadeiros curtos circuitos são estabelecidos.

Diz o Espírito Joanna de Ângelis que "A conduta pessimista constitui vício grave do Espírito comprometido com a própria consciência". Torna-se necessária, como se percebe, uma mudança radical no estilo de comportamento mental. Um salto de um extremo a outro, do pessimismo para o otimismo.

A saúde física e mental se constitui num estado natural da vida, o que parece o contrário no nosso mundo, quando as enfermidades se alastram de forma impressionante e vão se mostrando como resultados de distúrbios morais que a alma invigilante e ignorante costuma insculpir nas delicadas organizações celulares, exigindo imediata reparação para que a doença não chegue a um estado irreversível.

Sem a higienização, a assepsia da mente, esta distonia que ocorre propicia a instalação das doenças de etiologias as mais variadas. Somente através da harmonização geral do seu campo energético o ser humano desfrutará saudavelmente da vida. Sem isto, a flora e a fauna microbiana se instalam e proliferam por encontrarem campo propício, ideal para suas operações destruidoras, as quais levam à produção das degenerações celulares.

O ser humano caminha, vai em frente, mesmo sem ter uma noção mais exata do fenômeno que o leva ao crescimento intelecto-moral, à plenitude, à sublimação.

Os degraus evolutivos são granjeados pelo esforço despendido na ação do Bem, o que faz com que o ser reconheça o seu auto-valor, que atinja outros patamares evolutivos e alcance, por fim, as cumeadas da evolução.

A vida, na sua essencialidade, é alicerçada em desafios permanentes, habituamo-nos a conceituar, sendo que nossos limites e dificuldades, que vão surgindo pelo caminho para serem vencidos, estão em nosso mundo íntimo, nos atavismos e reminiscências menos felizes, e não no mundo exterior. Transformam-se, assim, em excelentes aguilhões que nos projetam longe, fazendo com que descortinemos uma outra visão da existência na carne e fora dela, tudo isso graças às admiráveis dádivas recebidas de Deus para o nosso tentame finalista da Vida - a perfeição.

Se queremos complicar ainda mais o quadro de realizações enobrecedoras, comecemos por nos queixar e reclamar de tudo e de todos, e o pessimismo, tóxico letal de nossas nobres realizações, assumirá o papel de carrasco de nossos anelos superiores, vitimando-nos sem piedade.

As etapas da evolução são vencidas, pouco a pouco, ora trabalhando-se a nossa condição intelecto-moral, outras vezes vivenciando as experiências mais doloridas, estas que mais nos fixam às preciosas lições da vida, de forma indelével, desta forma nos capacitando para tentames mais auspiciosos e elevados.

Valiosos são os recursos em disponibilidade para o triunfo: otimismo, alegria de viver, bom humor, simpatia e confiança em Deus, em Sua providência e também na Espiritualidade Superior. Com estes trunfos morando em nosso mundo interior, haveremos de nos libertar dos atávicos pensamentos pessimistas, os quais precisam, devem ser abandonados em favor da auto-realização, da auto-plenificação..

* Escritor, Orador e Radialista. Autor dos livros: Ser, Crer e Crescer - Elucidações Para uma Vida Melhor; Diálogo com Deus - Preces de MEIMEI e Verdades que o tempo não apaga.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ante o suicídio - Algumas considerações espíritas

Por Jorge Hessen

Em recente reportagem, divulgou-se que uma jovem, de 15 anos, suicidou-se com um tiro de revolver, dentro de uma escola, em Curitiba. Não houve grito nem pedido de socorro. Em silêncio, ela entrou no banheiro e se trancou em uma das cinco cabines reservadas. Sentada sobre o vaso sanitário, disparou contra a boca. Suicídios desse gênero (tiro especialmente), em escolas brasileiras, não são comuns. "Três meses antes da tragédia, a jovem procurou os pais e pediu para que eles a levassem a um psicólogo. Dizia sentir-se triste e desmotivada. O pai passou a pegá-la na aula de pintura e levá-la, semanalmente, a um psiquiatra. No inquérito policial sobre o suicídio, apurou-se que ela tomava benzodiazepínicos (soníferos) para dormir, e outros fármacos para controlar a ansiedade que sentia". (1) Diante do dilema, indagamos: Como os pais podem proteger os filhos ante os desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje? Obviamente, precisam estar atentos. Interpretar qualquer tentativa ou anúncio de suicídio do jovem como sinal de alerta. O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas. Aproximar-se, mais amiudemente, do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão. O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.

É evidente que sugerir serem os pais os únicos responsáveis pelo autocídio de um filho(a), é algo muito delicado e preocupante, pois, trata-se um ato pessoal de extremo desequilíbrio da personalidade, gerado por circunstâncias atuais ou por reminiscências de existências passadas. Se há culpa dos pais, atribui-se à negligência, à desatenção, a não perceber as mudanças no comportamento de um filho(a) e a tudo que acontece à sua volta. Sobre isso, estamos convictos de que a sociedade, como um todo, é, igualmente, culpada. Inobstante colocarem o fardo da culpa nos pais em primeiro lugar, reflitamos: quem pode controlar a pressão psicológica que uma montanha de apelos vazios faz na cabeça dos jovens, diariamente? O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crônicos, etc. Algumas pessoas nascem com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio. Há os processos depressivos, onde existem perdas de energia vital no organismo, desvitalizando-o, e, conseqüentemente, interferindo em todo o mecanismo imunológico do ser.

Em termos percentuais, 70% das pessoas que cometem suicídio, certamente sofriam de um distúrbio bipolar (maníaco-depressivo); ou de um distúrbio do humor; ou de exaltação/euforia (mania), que desencadearam uma severa depressão súbita, nos últimos minutos que antecederam aos de suas mortes. O suicídio pode ocorrer, tanto na fase depressiva, quanto na fase da mania, sempre conseqüente do estado mental. O suicida é, antes de tudo, um deprimido, e a depressão é a doença da modernidade. O suicida não quer matar a si próprio, mas alguma coisa que carrega dentro de si e que, sinteticamente, pode ser nominado de sentimento de culpa e vontade de querer matar alguém com quem se identifica. Como as restrições morais o impedem, ele acaba se autodestruindo. Assim, "o suicida mata uma outra pessoa que vive dentro dele e que o incomoda, profundamente. Outra coisa que deve ser analisada é a obsessão que poderia ser definida como um constrangimento que um indivíduo, suicida em potencial ou não, sente, pela presença perturbadora de um obsessor.

A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas asseveram que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infração de uma lei moral - consideração, essa, de pouco peso para certos indivíduos - mas, também, um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica. Antes, o contrário, é o que se dá com eles, na existência espiritual, após ato tão insano. Temos notícia, não somente, pelo que lemos nos livros da Doutrina Espírita e que nos advertem os Espíritos Superiores, mas pelos testemunhos que nos dão esses infelizes irmãos, narrando tristes fatos que eles mesmos nos põem sob as vistas, em sessões de orientação às entidades sofredoras. Sob o ponto de vista sociológico, o suicídio é um ato que se produz no marco de situações anômicas, (2) em que os indivíduos se vêem forçados a tirar a própria vida para evitar conflitos ou tensões inter-humanas, para eles insuportáveis.

O pensador Émile Durkheim teoriza que a "causa do suicídio, quase sempre, é de raiz social, ou seja, o ser individual é abatido pelo ser social. Absorvido pelos valores [sem valor], como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não ser um perdedor, de ser o melhor, de não falhar, o jovem se afasta de si mesmo e de sua natureza. Sobrevive de 'aparências', para representar um 'papel social' como protagonista do meio. Nessa vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver suas potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções e se esmaga na sua intimidade solitária." (3)

O Espiritismo adverte que o suicida, além de sofrer no mundo espiritual as dolorosas conseqüências de seu gesto impensado, de revolta diante das leis da vida, ainda renascerá com todas as seqüelas físicas daí resultantes, e terá que arrostar, novamente, a mesma situação provacional que a sua flácida fé e distanciamento de Deus não lhe permitiram o êxito existencial.

É verdade que após a desencarnação não há tribunal nem Juízes para condenar o espírito, ainda que seja o mais culpado. Fica ele, simplesmente, diante da própria consciência, nu perante si mesmo e todos os demais, pois nada pode ser escondido no mundo espiritual, tendo o indivíduo de enfrentar suas próprias criações mentais. "O pensamento delituoso é assim como um fruto apodrecido que colocamos na casa de nossa mente. A irritação, a crítica, o ciúme, a queixa exagerada, qualquer dessas manifestações, aparentemente sem importância, pode ser o início de lamentável perturbação, suscitando, por vezes, processos obsessivos nos quais a criatura cai na delinqüência ou na agressão contra si mesma." (4)

A rigor, não existe pessoa "fraca", a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças. O que de fato ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios. Joanna de Angelis assevera que o "suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar".(5) Na Terra, é preciso ter tranqüilidade para viver, até porque, não há tormentos e problemas que durem uma eternidade. Recordemos que Jesus nos assegurou que "O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros" e "aquele que perseverar até o fim, será salvo". (6)

FONTES:
1. Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI73803-15228,00- NO+BANHEIRO+DA+ESCOLA+UM+TIRO.html
2. O sociólogo acredita que, quando o indivíduo resolve tirar a própria vida, ele está em estado de anomia, que significa "falta de valores". "Uma situação anômica é a ausência ou desintegração de normas. Quando ocorrem perturbações da ordem coletiva, o número de suicídios tende a se elevar".
3. Durkheim, Emile. Título: El suicidio. P.imprenta: Tlahuapan, Puebla. Premiá. 1987. 343 p. Edición; 2a ed. Descriptores: Suicidio. Sociología. Aspectos psicológicos.
4. Mensagem extraída do livro "PACIÊNCIA", de Emmanuel; psicografado por Francisco Cândido Xavier
5. Franco, Divaldo, Momentos de Iluminação, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis, RJ: ed. FEB
6. MT 24:13

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Eutanásia


Por Marco Tulio Michalick

A palavra eutanásia é de origem grega, formada pela junção dos termos “eu” (bom) e tanathos (morte), então “Boa Morte”. Pode ser entendida como morte serena sem sofrimento; ou uma prática sem amparo legal, pelo qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente reconhecidamente incurável.

Na realidade é uma ação homicida cometida por um médico ou um leigo (em geral alguém da família), ou legislador que tem o poder de decidir a respeito da sobrevivência do enfermo.

A prática da eutanásia pode ser: positiva, em que se põe fim à vida do paciente, em geral, pela aplicação de fármacos. Negativa, em que se omitem os meios ordinários indispensáveis para a manutenção da vida. Eugenética, em que se elimina toda vida considerada sem valor; na Grécia antiga, a hegemonia espartana, sempre armada para a guerra e a destruição, inseriu no seu Estatuto o emprego legal desta eutanásia em referência aos enfermos, mutilados, psicopatas considerados inúteis. Involuntária, em que o paciente não é consultado, não se pronuncia ou é incapaz de fazê-lo, ou até mesmo não a deseja. Voluntária, em geral praticada pelo médico a pedido do paciente, considerado suicídio assistido.

Joanna de Ângelis, no seu livro Após a Tempestade..., psicografado por Divaldo Pereira Franco, descreve da seguinte forma a eutanásia: “Prática nefanda que testemunha a predominância do conceito materialista sobre a vida, que apenas vê a matéria e suas implicações imediatas, em detrimento das realidades espirituais, reflete, também, a soberania do primitivismo animal na constituição emocional do homem”.

Essa questão é debatida no mundo inteiro. A maioria dos países é contrária à prática da eutanásia, punindo àqueles que agem assim em situação humanitária, mesmo que seja para abreviar o sofrimento indesejado a um enfermo. As religiões, também, se opõem a essa prática, por acreditarem que somente Deus dá a vida e só Ele pode tirar.

Os que são favoráveis à eutanásia dizem agir em nome do doente em fase terminal, que se caracteriza por apresentar um quadro clínico irreversível, no qual passa por horríveis dores e sofrimentos, parecendo que somente a morte é um meio que pode livrá-lo de seu padecimento.

O argumento dos utilitaristas é que um paciente em fase terminal custa muito caro para o Estado, e que esse dinheiro poderia ser destinado à cura de pessoas com possibilidades de voltar à vida normal. Então perguntamos: O que é caro para o Estado? Esse argumento, na atualidade, não tem sustentação ao vermos o poder público fazer uso indevido do dinheiro, desviando-o para fins particulares, ou ainda gerando escândalos atrás de escândalos.

Na sociedade em que vivemos, temos responsabilidade pelos nossos semelhantes. Ao Estado cabe a responsabilidade pela administração do dinheiro público e não aos cidadãos, pela má gestão do recurso público. Pois o mau uso do dinheiro recai sobre as pessoas que pagam com a vida pela prática de atos indignos dos outros. Portanto negar ao doente terminal tratamento digno devido à escassez de recursos em favor de pesquisas para salvar vidas é uma incoerência diante da realidade.

O relato do canadense Mark Pickup, paciente crônico de esclerose múltipla progressiva há 15 anos, em um artigo publicado no National Post, em 1999, na cidade de Toronto, mostra sua preocupação diante da baixa estima que os deficientes têm por parte de seus concidadãos.

Quando Mark Pickup soube das conseqüências de sua doença, ou seja, que sua visão se debilitaria, suas pernas e braços se atrofiariam, perderia a capacidade de falar, teria incontinência, experimentaria esgotamento contínuo, sofreria períodos em que a capacidade de pensar seria obscurecida e não poderia confiar nas suas opiniões, concluiu que não haveria “qualidade de vida nessa existência, somente terror”. Ele faz um comentário muito importante em seu artigo: “Nos primeiros dias, meses e anos de minha doença, minha família me apoiou. Para eles eu era valioso, inclusive quando eu mesmo duvidava disso. Se não tivessem feito isso, eu poderia ter agradecido a visita de Jack Kevorkian. Se alguém me dissesse que minha carreira terminaria aos 37 anos, eu me desesperaria. De fato, quando chegou o momento, fiquei desesperado. Felizmente, muitos destes sintomas aterrorizantes diminuíram. Agora me movimento com muletas e disponho de um veículo adaptado às minhas necessidades. Não trabalho há nove anos, mas minha vida tem qualidade. Para quê? Para amar, para ser amado, para ser valorizado e acreditar que posso contribuir com algo para a comunidade”.

A sua história demonstra que ele valoriza a vida e o faz vencendo os obstáculos que lhe são postos no caminho. E assim segue a sua caminhada evolutiva, passando pelos espinhos. Felizmente, esta é uma atitude corajosa, ao passo que abreviar as dores por meio de uma morte digna não contribui para o processo de crescimento espiritual.

Para ele: “Existe na sociedade uma corrente subterrânea de hostilidade contra a vida humana imperfeita”. E se pergunta: “Com a aceitação da eutanásia, o que o doente incurável ou incapacitado pode esperar?”.

No Canadá, há uma política de duas medidas, ou seja, uma pessoa que tem tendência suicida recebe toda a ajuda necessária, inclusive tratamento psiquiátrico até que passe a crise. O objetivo é melhorar a auto-estima para viver com dignidade. Porém, quando se trata de um doente incurável ou um deficiente, a discussão é em volta da “morte digna”, “liberdade de escolher a própria morte”. Depois de indagar sobre a razão dessa diferença, Pickup comenta: “Sou valioso tanto quanto a pessoa sadia que deseja suicidar-se, mesmo que não me valorize ou deixe de ser amado pelos outros”.

Já no Brasil, existem poucos hospitais e associações cujo objetivo é dar o apoio necessário ao doente terminal e ainda a seus familiares a lidar com a morte. Trata-se de um tratamento paliativo onde o paciente recebe ajuda de psicólogos, médicos, enfermeiros e assistentes sociais.

O comportamento de uma pessoa que recebe a notícia de uma doença fatal é imprevisível. Sabe-se que a primeira coisa que vem a mente é o torpor pela morte. O medo toma conta da pessoa que começa se indagar a Deus. “Por que eu?” A família sofre, mas deve permanecer firme ao lado do enfermo, pois conforme Joanna de Ângelis, no livro citado, “as pessoas que se lhes vinculam na condição de pais, cônjuges, irmãos, amigos, também lhes são partícipes dos dramas e tragédias do passado, responsáveis diretos ou inconscientes, que ora se reabilitam, devendo estender-lhes mãos generosas, auxílio fraterno, pelo menos migalhas de amor”.

Segundo descreve a psiquiatra suíço-americana Elisabeth Kubler-Ross, em seu livro Sobre a Morte e o Morrer, os pacientes próximos da desencarnação passam por cinco estágios. A primeira fase é a de negar, não aceitar a idéia de morrer. Passa a ignorar o diagnóstico médico e tentam manter sua vida normal. No segundo estágio, ao se confirmar a doença, passam a ter raiva de Deus e de todos. E vem a pergunta de sempre, “Por que eu?”. Com a revolta passam a ter sentimentos de inveja das pessoas sadias e a reclamar dos familiares que não consideram. A terceira fase é o estágio da barganha, quando passam a fazer promessas a Deus na intenção de obter a cura. Nesta fase seu Espírito está mais tranqüilo e amistoso com os que lhe cercam. No quarto estágio vem a depressão. Muitas vezes, nesta fase, coincide com o agravamento do seu estado de saúde ou a frustração diante de um novo tratamento. O último estágio é o da aceitação. Fisicamente debilitado, o paciente se isola, aceita a idéia do fim e sente remorso pelo que deixou de fazer. Tem a sensação de derrota e impotência. Porém, emocionalmente, está mais saudável. A luta pela vida cessou e deu lugar à resignação.

Diante dessa realidade é que o médico Jack Kevorkian responde pela morte de 130 pacientes terminais. Em 1989, ele criou a primeira máquina para praticar a morte rápida, a qual batizou com o nome de Tanatron, palavra originária do grego que significa “máquina da morte”. Com ela, são aplicadas doses altíssimas de analgésicos seguidas por fortes dosagens de relaxantes musculares e soluções de potássio que interrompem o funcionamento do sistema cardiorrespiratório. Segundo ele, o processo é indolor. Sua máquina o deixava em posição cômoda, pois eram os pacientes que abriam a válvula para injetar os medicamentos mortais. Em 1998, Kevorkian operou os instrumentos da morte para Thomas Youk, de 52 anos, que sofria de um tipo de esclerose, conhecida como mal de Lou Gehrig. Thomas assinou uma declaração formal dizendo que não queria mais viver. Sua morte foi filmada por Kevorkian e mostrada na rede de tevê norte-americana CBS. Com base nesse vídeo, as autoridades judiciais de Michigan abriram um processo contra Kevorkian, o quinto aberto no país, desde 1990, por homicídio. O “Doutor Morte” foi condenado a uma pena de 25 anos na penitenciária de Pontiac.

Pesquisa revela que doentes terminais, em sua maioria, admitem a possibilidade da vida após a morte. Outro dado relevante nas pesquisas é que muitas pessoas se sintam culpadas ou com remorso por deixar assunto mal resolvido ou não ter reconciliado.

Não poderíamos deixar de terminar sem escrever um parágrafo que se encontra em Após a Tempestade..., no qual, Joanna de Ângelis dedica um capítulo ao assunto da eutanásia: “No que tange aos enfermos ditos irrecuperáveis, convém considerar que doenças, ontem detestáveis quanto incuráveis, são hoje capítulo superado pelo triunfo de homens-sacerdotes da Ciência Médica, que a enobrecem pelo contributo que suas vidas oferecem a benefício da Humanidade. Sempre há, pois, possibilidade de amanhã conseguir-se a vitória sobre a enfermidade irreversível de hoje. Diariamente, para esse desiderato, mergulham na carne Espíritos Missionários que se prestam e impulsionam o progresso, realizando descobrimentos e conquistas superiores para a vida, fonte poderosa de esperança e conforto para os que sofrem, em nome do Supremo Pai”. E finaliza o parágrafo: “cada minuto em qualquer vida é, portanto, precioso para o Espírito em resgate abençoado. Quantas resoluções nobres, decisões felizes ou atitudes desditosas ocorrem num relance, de momento?”.

Temos aqui considerações importantes, que abrem a possibilidade de refletirmos melhor sobre as reais necessidades de aplicação da eutanásia em pacientes terminais e as posteriores implicações desse ato.

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo, edição nº 20, ano 2003.

sábado, 5 de setembro de 2009

Jesus e a Humanidade

Por Joanna de Ângelis / Psicografia de Divaldo Franco.

Jesus-Homem é a lição de vida que haurimos no Evangelho como convite ao homem que se deve edificar.

Não havendo criado qualquer doutrina ou sistema, Jesus tornou a Sua vida o modelo para que o homem se pudesse humanizar, adquirindo a expressão superior.

No Seu tempo, e ainda agora, o homem tem sido símbolo de violência, prepotência e presunção, dominador exterior, estorcegando-se, porém, na sua fragilidade, nos seus conflitos e perecibilidade.

Após os Seus exemplos surgiu um diferente homem: humilde, simples, submisso e forte na sua perenidade espiritual.

Enquanto os grandes pensadores de todos os tempos estabeleceram métodos e sistemas de doutrinas, Ele sustentou, no amor, os pilotis da ética humanizada para a felicidade. Não se utilizou de sofismas, nem de silogismos, jamais aplicando comportamentos excêntricos ou fórmulas complexas que exigissem altos níveis de inteligência ou de astúcia.

Tudo aquilo a que se referiu é conhecido, embora as roupagens novas que o revestem. Utilizou-se de um insignificante grão de mostarda, para lecionar sobre a fé; recorreu a redes de pesca e a peixes, para deixar imperecíveis exemplos de trabalho; a semente caindo em diferentes tipos de solos, para demonstrar a diversidade de sentimentos humanos ante o pólen de luz da Sua palavra. O "Sermão da montanha" inverteu o convencional e aceito sem discussão, exaltando a vítima inocente ao invés do triunfador arbitrário; o esfaimado de justiça, de amor e de verdade, em desconsideração pelo farto e ocioso, dilapidador dos dons da vida. Jesus é a personagem histórica mais identificada com o homem e com a humanidade.

Todo o Seu ministério é feito de humanização, erguendo o ser do instinto para a razão e daí para a angelitude. Igualmente, é o Homem que mais se identifica com Deus. Nunca se Lhe refere como se estivesse distante, ou fosse desconhecido, ou temível. Apresenta-O em forma de Amor, amável e conhecido, próximo das necessidades humanas, compassivo e amigo. Reformula o conceito mosaico e atualiza- o em termos de conquista possível, aproximando os homens d’Ele pela razão simples de Ele estar sempre próximo dos indivíduos que se recusam a doar-se-Lhe em amor. Referindo-se ao "reino", não o adorna de quimeras nem o torna pavoroso; antes, desperta nos corações o anelo de consegui-lo na realidade da transcendência de que se reveste. Nega o mundo, sem o maldizer, abençoando-o nas maravilhosas paisagens nas quais atende a dor, e deixa-se mergulhar em meditações profundas sob o faiscar das estrelas luminosas do Infinito.

Jesus, na humanidade, significa a luz que a aquece e a clareia. Se te deixaste fossilizar por doutrinas ortodoxas que pretendem n’Ele ter o seu fundador, renasce e busca-O, na multidão ou no silêncio da reflexão, fazendo uma nova leitura das Suas palavras, despidas das interpretações forjadas.

Se te decepcionaste com aqueles que se dizem seguidores d’Ele, mas não Lhe vivem os exemplos, olvida-os, seguindo- O na simplicidade dos convites que Ele te endereça até agora e estão no conteúdo das Suas mensagens, ainda avivas quão ignoradas.

Se não Lhe sentiste o calor, rompe o frio da tua indiferença e faze-te um pouco imparcial, sem reações adrede estabelecidas, facultando-Lhe penetrar-te o coração e a mente. Na tua condição humana necessitas d’ Ele, a fim de cresceres, saindo dos teus limites para o infinito do Seu amor. Jesus veio ao homem para humanizá-lo, sem dúvida. Cabe-te, agora, esquecer por momentos das tuas pequenezes e recebê-Lo, assim cristificando-te, no logro da tua realização plena e total.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

[ESPÍRITOS] - Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis é o nome dado pelo médium espírita brasileiro Divaldo Franco ao espírito a que atribui a autoria da maior parte de suas obras psicografadas. Esse espírito é tido também por Divaldo Franco como sua orientadora espiritual.

A obra mediúnica atribuída a ela é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas, versando sobre temas existenciais, filosóficos, psicológicos e transcendentais. Sua Série Psicológica, composta por mais de uma dezena de obras, contém análises baseadas numa visão cristã, espírita e transpessoal.

Sucessivas encarnações

Segundo Divaldo Franco, em sua primeira manifestação, a 5 de dezembro de 1945, Joanna de Ângelis se apresentou com o epíteto "um Espírito amigo", que por muitos anos teria sido um pseudônimo utilizado por ela.

Na obra A veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), os autores Celeste Santos e Divaldo Franco defendem que esse Espírito teria sido, em uma de suas encarnações, Joana de Cusa - uma das mulheres que acompanhavam Jesus no momento da crucificação.

Atribuem-se ainda a ela as seguintes personalidades históricas: Santa Clara de Assis que viveu no século XIII, seguidora de São Francisco de Assis e fundadora da Ordem das Clarissas, sóror Juana Inés de La Cruz (pseudônimo religioso da poetisa mexicana Juana de Asbaje, que viveu durante o século XVII) e Joanna Angélica de Jesus, também sóror e depois abadessa que viveu no início do século XIX e protagonizou doloroso drama na Independência da Bahia.

Principais obras

Dentre os livros psicografados por Divaldo que trazem a assinatura de Joanna de Ângelis, sobressaem:

* Dimensões da Verdade - 1965 (conceitos evangélicos e doutrinários)
* Messe de Amor - 1964 (mensagens, dedicadas ao centenário de O Evangelho Segundo o Espiritismo)
* Leis Morais da Vida - 1976 (análises sobre as Leis Divinas)

Da intitulada Série Psicológica

* Jesus e a atualidade- 1989
* O homem integral- 1990
* Plenitude - 1991
* Momentos de Saúde - 1992
* O Ser Consciente- 1993
* Autodescobrimento - 1995
* Desperte e seja feliz- 1996
* Vida: Desafios e Soluções - 1997
* Amor, imbatível amor- 1998
* O Despertar do Espírito- 2000
* Jesus e o evangelho a luz da psicologia profunda- 2000
* Triunfo Pessoal - 2002

Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nova Missão dos Espíritas

Por Alkíndar de Oliveira

[Cap. 8 do livro Aprimoramento Espírita - Editora Truffa - www.editoratruffa.com.br]

“Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar, em favor da sua divulgação, hábitos, trabalhos, ocupações fúteis. Ide e pregai: os Espíritos elevados estão convosco.” — Erasto (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 20 – Os trabalhadores da última hora – Missão dos espíritas)

As palavras do Espírito protetor Erasto não só ressaltam a importância do espírita consciente em divulgar o Espiritismo como nos faz refletir sobre um outro ângulo da necessária divulgação. Leva-nos, as palavras de Erasto, a indagar:

“Será que esse ‘Ide e pregai’ significa pregar as palavras divinas nas Casas Espíritas, apenas?” “Será que Erasto não estava indicando-nos uma amplitude maior, imaginando a importância de pregarmos as palavras divinas não somente nas Casas Espíritas?”

É importante que conscientizemo-nos que é missão dos espíritas divulgar as palavras consoladoras não somente para os espíritas, mas para todas as pessoas. Não teremos dúvida quanto a essa dedução se atentarmos à seguinte frase contida no texto “Missão dos espíritas”: “Certamente falareis com pessoas que não quererão ouvir a palavra de Deus (…)”. Se o Espírito Erasto disse que falaríamos a quem não quer ouvir a palavra de Deus, então não estava referindo-se aos freqüentadores da Casa Espírita. A boa lógica leva-nos a concluir que nossa missão vai além do que hoje estamos fazendo. Precisamos começar uma verdadeira cruzada a favor da divulgação de nossa Doutrina. O culto ao bezerro de ouro precisa ser combatido com todas as forças.

Cruzada?

Combater o culto ao bezerro de ouro?

Ao leitor que se assustou com as palavras “cruzada” e “combater o culto ao bezerro de ouro”, atenção: essas palavras não são do autor deste texto. Elas estão em O Evangelho segundo o Espiritismo, nosso guia de vida. Essas palavras são de Erasto, que disse:

“(…) parti em cruzada contra a injustiça e a maldade. Ide e aniquilai esse culto ao bezerro de ouro, que se expande dia após dia. Ide, Deus voz conduz!”

Talvez o leitor pense: “Será que essas novas atitudes não implicariam em pisarmos em terreno perigoso?”

Caro leitor, Jesus e Kardec, não pisaram em terrenos perigosos? Se Jesus e Kardec foram audaciosos, pisando em terreno “minado”, sendo maltratados, criticados e ultrajados, por que nós espíritas devemos, tranqüilos, continuar sendo levados ao sabor do vento calmo?

Há um grande risco no ar!:

Somos humanos. Isso significa dizer, somos falhos.

E, de repente, ansiosos por seguirmos a sugestão de Erasto, ansiosos por sermos audaciosos, como foram Jesus e Kardec, podemos errar. Podemos colocar os pés pelas mãos. A nossa palavra, não obstante revestida da boa vontade, pode criar polêmicas inúteis. Pode desrespeitar as demais instituições, pode projetar uma imagem negativa do que é ser espírita, e do que é o Espiritismo. Por tudo isso, é importante que saibamos que, para fazer parte do grupo que divulgue o Espiritismo além das quatro paredes do Centro Espírita, é preciso que o espírita-divulgador tenha algumas especiais qualidades, dentre elas:

a. seja um profundo conhecedor da Doutrina Espírita;
b. seja espírita praticante;
c. não faça proselitismo;
d. respeite e valorize todas as instituições religiosas;
e. não entre em polêmicas inúteis;
f. faça prevalecer, nas eventuais discussões, o direito de escolha religiosa;
g. aja sempre com brandura e bom senso.

Sabemos que encontrar pessoas que reúnam todas as qualidades acima não é impossível, mas, também, não é fácil. A tendência natural é que acatem essa missão, os espíritas que mais abraçam as palavras do que os atos. E o ideal seria que estivessem à frente dessa cruzada, aqueles espíritas que mais valorizam os atos do que as palavras. E geralmente, obviamente com exceções, falta a esses por demais sensatos e grandiosos espíritas uma qualidade extremamente necessária no mundo de hoje: falta audácia.

Temos aí um dilema! Os que, por direito adquirido (por serem espíritas exemplares), podem cumprir essa missão, tendem a não cumpri-la. Os que ainda não adquiriram o direito de cumprir essa missão querem cumpri-la.

Uma observação: a afirmação de que os espíritas exemplares tendem a não cumprir essa missão, talvez leve a interpretações de que esses não trabalham a favor do Espiritismo. Não é isso. Todos sabemos que cada vez mais os espíritas estão atuando a favor do Espiritismo, que cada vez mais surgem compêndios e livros esclarecedores, que cada vez mais a união e a unificação têm sido metas de muitas Casas Espíritas. Fácil fica entender a afirmação que “os espíritas exemplares tendem a não cumprir essa missão”, se o leitor não esquecer que esse texto faz referência a um outro ângulo da divulgação, que é a missão de levar o Espiritismo para fora da Casa Espírita. Caro leitor, esse texto que você está lendo deixa de ter sentido caso você já tenha visto em sua cidade, por intermédio de cartazes, e também nos principais jornais, bem como no rádio e na televisão, a divulgação de uma palestra espírita, dirigida aos não-espíritas, cujo tema seja (por exemplo): “Conheça o Espiritismo e acabe com seu preconceito”. Aí vem a pergunta: é comum ocorrerem palestras espíritas dirigidas aos não-espíritas de sua cidade? A resposta, quase que geral, é “não”. Se assim é, estamos bem fazendo nossa parte em relação ao “Ide e Pregai”?

Não podemos postergar essa nossa missão de levar o Espiritismo além das quatro paredes do Centro Espírita.

O desafio aí está!

Joanna de Ângelis, de forma explícita, também reforça a necessidade de levarmos, a outros cantos, a essência da Doutrina Espírita. Nas páginas 175 e 176 do livro psicografado por Divaldo Franco, Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda (Leal), Joanna de Ângelis diz: “cabem neste momento graves compromissos que não podem nem devem ser postergados”. Essa tão querida educadora espiritual passa-nos os quatro procedimentos que cabem aos espíritas e que, repetindo, “não podem nem devem ser postergados”:

I. proclamar a Era Nova;
II. demonstrar a existência do mundo causal (causa e efeito);
III. demonstrar a anterioridade do Espírito ao corpo; e
IV. demonstrar os incomparáveis recursos saudáveis defluentes da conduta correta, dos pensamentos edificantes, da ação do bem ininterrupto.

Joanna de Ângelis esclarece que os procedimentos acima devem ser demonstrados “pela lógica e pelo bom senso, assim como através da mediunidade dignificada”. Alerta-nos ainda que esses procedimentos devem ser executados pelos “espíritas conscientes das suas responsabilidades – aqueles mesmo que se equivocaram e agora recomeçam em condições melhores”. E ainda complementa: devemos agir “sem qualquer desconsideração pelos diferentes credos religiosos e filosofias existentes.”

Como espíritas, não nos esqueçamos: de nossa missão, segundo Erasto, e dos nossos graves compromissos, segundo Joanna de Ângelis.

Mãos à obra! Sejamos espíritas audaciosos: sem proselitismo e sem desrespeitar as demais instituições religiosas, levemos, além de nossas quatro paredes, as palavras consoladoras de nossa amada Doutrina.

Alkíndar de Oliveira - Graduado na área de Exatas, é bacharel em Matemática, concluiu cursos de especialização em Didática e Psicologia da Aprendizagem. No meio espírita é palestrante requisitado, dedicando-se com empenho à divulgação doutrinária. Ministra seminários em que se evidencia a conjugação de seus estudos doutrinários com sua vivência na área de treinamento profissional, da qual é especialista renomado.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

BIOGRAFIA - Divaldo Pereira Franco

Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus oitenta anos, sessenta foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador. Nasceu em cinco de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo.

Seu currículo revela um exímio e devotado educador com mais de 600 filhos adotivos e mais de 200 netos, atendendo atualmente a cerca de 3.000 crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda, por dia, em regime de semi-internato e externato.

Orador com mais de 11.000 conferências, em mais de 2.000 cidades em todo o Brasil e em 62 países, concedendo mais de 1.100 entrevistas de rádio e TV, em mais de 450 emissoras. Recebeu mais de 700 homenagens, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais.

Como médium, publicou 202 livros, com mais de 8 milhões de exemplares, onde se apresentam 211 Autores Espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Dessas obras, houve 92 versões para 16 idiomas (alemão, albanês, catalão, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille). Além de 17 escritos por outros autores, sobre sua vida e sua obra. A renda proveniente da venda dessas obras, bem como os direitos autorais foram doados, em Cartório, à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas.

Espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em sete de setembro de 1947.

Dois anos depois, iniciou a sua tarefa de psicografia. Diversas mensagens foram escritas por seu intermédio. Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais guardou o que escreveu, até que um dia recebeu a recomendação para queimar tudo o que escrevera até ali, pois não passava de simples exercício. Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos Espíritos, dentre eles: Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como Um Espírito Amigo, ocultando-se no anonimato à espera do instante oportuno para se identificar. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta as pessoas necessitadas dando diretriz espiritual.

Em 1964, Divaldo, sob orientação de Joanna de Ângelis, selecionou várias mensagens de autoria da mentora e enfeixou-as no livro Messe de Amor, que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo. Atualmente, o médium é recordista e conta com 202 títulos publicados, incluindo os biográficos que retratam sua vida e obra.

MANSÃO DO CAMINHO

Divaldo Pereira Franco é emérito educador. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, Bahia, com Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, instituição que acolheu e educou crianças sob o regime de Lares Substitutos.

Em 20 Casas Lares, educou mais de 600 filhos, hoje emancipados, a maioria com família constituída.

Na década de 60, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico.

Hoje, a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e 50 edificações que atende a três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, na Rua Jaime Vieira Lima, n° 1 , Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. O complexo atende a diversas atividades sócio-educacionais como: enxovais, Pré-Natal, Creche, escolas de ensino básico de 1º e 2º graus, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas. Mais de 30 mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho. A obra é basicamente mantida com a venda dos livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras, seminários, entrevista e mensagens por Divaldo.

Fonte: site da Mansão do Caminho http://www.mansaodocaminho.com.br