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segunda-feira, 7 de julho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
[VÍDEO] - Crianças no mundo espiritual?
21:54
Posted by Fabiano Vidal
Allan Kardec TV, Doutrina Espírita, espiritismo, espíritos de crianças, Mundo Espírita, Mundo Espiritual, Sergio Aleixo
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sexta-feira, 9 de março de 2012
El Espiritu del Viento
09:24
Posted by Fabiano Vidal
Doutrina Espírita, espiritismo, espírito, fenômenos espíritas, Mundo Espiritual
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Por Riviane Damásio
¿Quien nunca se vio envuelto en dudas sobre situaciones que atacan a las experiencias espirituales? Sueños inusitados con colores y tonos diferentes de los habituales donde reencontramos personas especiales que ya hicieron el trayecto de vuelta al mundo espiritual o aun mismo con personas desconocidas que intrigaron nuestra imaginación… sueños históricos, donde Vivenciamos episodios inusitados y detallados de otras realidades que están fura de la nuestra…
El inesperado viene muchas veces en el momento de vigilia, aquel realce de la visión de algo que paso y parece haber dejado un rastro de luz, un olor agradable en el aire, la percepción de frío a pesar de las ventanas están cerradas.
Encontrar aquella persona que no vemos hace años y sobre la cual hablamos el día anterior o acabamos de pensar, también salió de nuestra imaginación o de nuestra curiosidad.
Descifrar algo que no está catalogado en Google, ni tiene respaldo de ningún medio científico, siempre nos cataloga en la categoría de mera credulidad supersticiosa y laicos.
Más, en esta balanza donde de un lado pende la materia y del otro el espíritu, usar el contrapeso de la razón es siempre prudente, aun mismo que esta racionalidad nos empuje para caminos convencionales.
El primer deber de casa es el de derrumbar las paredes que construimos con ladrillos frágiles de la credulidad y substituir los aliciente que vengan al encuentro de nuestra inteligencia, que a pesar de ser limitada por la inmensidad de lo desconocido, sigue siendo el norte saludable de nuestra condición humana.
Sabemos que nuestra mente es poderosa, más no tenemos dones o súper poderes, podemos si, condensar vivencias, deseos, conocimientos olvidados en nuestro inconsciente y todo esto puede ser revertido en sueños inusitados, editados por nuestra mente tan creativa como la de aquel roble de Unidos de la Tijuca. Y tal o cual publico de una escuela de samba, nos sorprendemos con las creaciones formidables de este carnavalesco emocional llamado mente, que tantas veces convierte nuestros deseos o nuestros miedos en fantasías, sueños, visiones tan reales que las dudas en cuanto a su autenticidad o realidad serian un pecado (como si no hubiese pecados y también no fuesen fruto de nuestras fantasías y temores)
¡Ahhh! Pero no todas las partes pueden ser acreditado en el cerebro! Inocente tan a menudo cuando el verdadero culpable es el viento que trae olores familiares o inusuales. El viento, es culpable corre rápido llevando consigo las pruebas del crimen, cargándolas como las trajo, silencioso y transparente.
¿Nuestra mente, el viento… y donde está el fenómeno espiritual? ¿La Verdad del espiritismo? ¿Eso nos dice que el mundo espiritual está aquí a nuestro lado, como una dimensión que no vemos que no hizo todo en rojo, es decir, necesario para su percepción?La que nos informa que los hombres desencarnados se deslizan a nuestro alrededor, cargados de sus pasiones carnales? ¿Aquella que vislumbra que los espíritus pueden susurrar en nuestros oídos sus consejos y verdades conforme su grado de evolución? ¿La que casi nos sorprende cuando nos informa que ellos pueden hacerse visibles si es necesario, aun mismo que nuestros ojos no hayan sido preparados para ver o nuestros oídos para oír, avanzando por las fronteras de nuestra ignorancia.
Frágil, insegura, subversible es la línea que separa lo real de lo imaginario. Si, porque no tenga duda de que el mundo espiritual es real y que las orientaciones fundamentadas en la Doctrina Espirita son autenticas y apoyadas en la fe razonada, fe esta que clama a nuestra razón cada vez que dudamos, que oscilamos en nuestras incertezas en la balanza donde oscila la creencia ciega y la realidad, realidad no menos maravillosa y espectacular, pues nos permite experimentar el espectáculo de ser espíritus encarnados, "Evolucionando", los responsables de nosotros mismos y nuestro futuro infinito.
Sopla por aquí un viento silencioso que trae el olor de la lluvia, mientras que el sol tórrido quema las telas en la pared… Una curiosa mirada se centra en la ventana y el fenómeno se manifiesta en el jardinero, en el edificio de al lado, mojando el jardín. El verdadero espíritu del viento. Y la fe sigue ardiendo en el interior, fortalecido por la verdad, siempre...
Tradução: Mercedes Cruz
Versão em português: http://oblogdosespiritas.blogspot.com/2012/02/o-espirito-do-vento.html
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
O Espírito do Vento
20:39
Posted by Fabiano Vidal
Doutrina Espírita, espiritismo, espírito, fenômenos espíritas, Mundo Espiritual
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Por Riviane Damásio
Quem nunca se viu as voltas em dúvidas sobre situações que remetem a experiências espirituais? Sonhos inusitados com cores e tons diferentes dos habituais onde reencontramos pessoas especiais que já fizeram o trajeto de volta ao mundo espiritual ou mesmo com pessoas desconhecidas que intrigaram nossa imaginação...sonhos históricos, onde vivenciamos episódios inusitados e detalhados de outras realidades que fogem à nossa...
O inesperado muitas vezes vem no momento de vigília, naquele relance de visão de algo que passou e parece ter deixado um rastro de luz, um cheiro gostoso no ar, um frio gelado apesar das janelas estarem fechadas.
Encontrar aquela pessoa que não vemos há anos e sobre a qual falamos no dia anterior ou acabamos de pensar, também sacode nosso imaginário ou nossa curiosidade.
Decifrar algo que não está catalogado no Google, nem tem o respaldo de nenhum meio científico, sempre nos cataloga na categoria de meros crédulos leigos e supersticiosos.
Mas, nesta balança onde de um lado pende a matéria e do outro o espírito, usar o contrapeso da razão é sempre prudente, mesmo que esta racionalidade nos empurre para caminhos não convencionais.
O primeiro dever de casa é o de derrubar as paredes que construímos com tijolos frágeis da credulidade e substituí-los por alicerces que venham ao encontro de nossa inteligência, que apesar de limitada pela vastidão do desconhecido, ainda é o norte saudável da nossa condição humana.
Sabemos que nossa mente é poderosa, mas não temos dons ou superpoderes, podemos sim, condensar vivências, desejos, conhecimentos esquecidos em nosso inconsciente e tudo isto pode ser revertido em sonhos inusitados, editados por nossa mente tão criativa quanto a daquele carvalesco da Unidos da Tijuca. E tal qual o público de uma escola de samba, nos surpreendemos com as criações formidáveis deste carnavalesco emocional chamado mente, que tantas vezes converte nossos desejos ou nossos medos em fantasias, sonhos, visões tão reais que as dúvidas quanto a sua autenticidade ou realidade seriam pecado (se pecados existissem e também não fossem fruto de nossas fantasias e temores).
Ahhh! Mas nem todas as peças podem ser creditadas ao cérebro! Inocente tantas vezes quando o real culpado é o vento que trás cheiros familiares ou inusitados. O vento, este culpado que corre rápido levando consigo as provas do crime, carregando-as como as trouxe, silencioso e transparente.
Nossa mente, o vento...e onde fica o fenômeno espiritual? A verdade do Espiritismo? Aquela que nos diz que o mundo espiritual está aqui do nosso lado, tal qual uma dimensão que não enxergamos por não termos todos, enquanto encarnado, o sentido necessário à sua percepção? A que nos informa que os homens desencarnados deslizam ao nosso redor, arraigados às suas paixões carnais? Aquela que nos vislumbra que os espíritos podem sussurrar aos nossos ouvidos seus conselhos e verdades condizentes com seus graus de evolução? A que nos quase surpreende quando informa que os eles podem se fazer visíveis se necessário, mesmo que nossos olhos não tenham sido preparados para ver ou nossos ouvidos para ouvir, avançando pelas fronteiras da nossa ignorância.
Frágil, insegura, subversível é a linha que separa o real do imaginário. Sim, porque não tenha dúvida de que o mundo espiritual é real e que as orientações fundamentadas na Doutrina Espírita são autênticas e apoiadas na fé racionada, fé esta que clama à nossa razão a cada vez que duvidamos, que oscilamos nossas incertezas na balança onde oscila a crendice cega e a realidade, realidade não menos maravilhosa e espetacular, pois nos permite experienciar o espetáculo de estarmos espíritos encarnados, “evoluintes”, fazedores de nós mesmos e de nosso amanhã infinito.
Sopra por aqui um vento silencioso que trás cheiro de chuva, enquanto um sol tórrido queima as telas na parede... Um olhar curioso se debruça sobre a janela e o fenômeno se revela no jardineiro do prédio ao lado, molhando o jardim. É o verdadeiro espírito do vento. E a fé continua queimando do lado de dentro, fortificada pela verdade, sempre...
domingo, 22 de janeiro de 2012
O Mundo Espiritual segundo o Espiritismo
17:54
Posted by Anônimo
Allan Kardec, André Luiz, Chico Xavier, Doutrina Espírita, espiritismo, Mundo Espiritual, Nosso Lar, O Livro dos Médiuns
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Por Maria das Graças Cabral
Diante dos inúmeros conflitos de entendimento, motivados por escritos e/ou opiniões que contradizem a existência de ’colônias espirituais’, nos moldes da narrativa do espírito André Luiz, no livro Nosso Lar, o presente artigo, tratará do Mundo Espiritual, objetivando dirimir alguns equívocos suscitados pelo tema, com base nos preceitos Espíritas.
Não obstante, antes da abordagem do tema proposto, farei algumas considerações, que entendo de relevância, para dissipar entendimentos equivocados.
Inicialmente, observo um grande ‘mal-estar’ que se instala ao se questionar a existência das emblemáticas ‘colônias espirituais“. A razão de tal contrariedade, se dá pelo fato de ser a obra refutada (Nosso Lar), produto da mediunidade do grande e respeitado médium Chico Xavier. Ou seja, a grande legião de seguidores e admiradores do médium, entende que ao se questionar a veracidade das mensagens mediúnicas, em razão da falta de amparo doutrinário espírita, por ’tabela’ se põe em ‘xeque’ a moralidade, respeitabilidade e confiabilidade daquele que psicografou as obras.
Entretanto, devemos observar, segundo os ensinamentos positivados em O Livro dos Médiuns, que por ser a Terra um planeta de provas e expiações, os Espíritos que aqui encarnam, são imperfeitos e suscetíveis às influências espirituais. Por conseguinte, todos os médiuns encarnados no orbe terrestre, por não serem Espíritos perfeitos, em algum momento de suas vidas e experiências mediúnicas, serão obsidiados, mistificados ou fascinados, como qualquer outro simples mortal. Cabendo ainda ressaltar, da grande complexidade que envolve o processo mediúnico, o qual estamos longe de compreendê-lo em profundidade e alcançar todas as suas nuances.
Conquanto, é inquestionável que Chico Xavier, foi um homem que buscou vivenciar a moral evangélica, tendo utilizado sua mediunidade como instrumento de consolação aos aflitos. Através das cartas psicografadas, trazia notícias do mundo espiritual, amenizando as dores acerbas de mães, pais, filhos(as) e familiares, que vivenciavam a partida de seus entes queridos para o outro lado da vida.
Além de mitigar as dores da saudade, o médium os aconselhava a direcionar suas energias ao amparo dos desvalidos. Quantas casas de caridade foram instituídas e/ou apoiadas por pais e mães, que buscaram consolação na mediunidade de Chico?!. Indiscutível a grandiosidade do seu trabalho de beneficência, favorecendo com a venda de seus livros psicografados, inúmeras instituições de caridade, e a própria Federação Espírita Brasileira.
No que tange a Doutrina dos Espíritos, os problemas vieram com a produção literária dos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Até porque, foram as obras dos referidos Espíritos, que levaram Chico Xavier a ser conhecido no Brasil e no mundo como representante do Espiritismo, passando tais livros a serem catalogados pela própria FEB como Obras Complementares da Doutrina Espírita. Hodiernamente, tais exemplares são mais afamados e lidos, que as próprias Obras Básicas da Codificação, havendo uma verdadeira inversão de valores.
Não obstante, vale lembrar que vários ’equívocos’ doutrinários firmados por Emmanuel, foram publicados no livro O Consolador, de sua autoria. Dentre as incorreções, a que ganhou maior notoriedade foi quando Emmanuel defendia a existência das “almas gêmeas”, em total desacordo com as Obras Básicas da Doutrina Espírita. Na oportunidade, foi a própria FEB, quem levantou a questão, em razão do alvoroço causado no meio espírita (J. Herculano Pires que o diga). Diante do transtorno, qual foi o posicionamento de Emmanuel? - Transferiu a responsabilidade para o médium Chico Xavier, que prontamente assumiu o erro.
Destarte, infere-se que, se nas demais obras ditadas pelo Espírito de Emmanuel, ou sobre sua fiscalização e direção, que é o caso das obras ditadas pelo Espírito de André Luiz, - identifica-se claramente inúmeras incongruências com a Doutrina Espírita, das duas uma: ou os referidos Espíritos ditaram entendimentos próprios, embasados em convicções religiosas e filosóficas não espíritas, “mesclando” com princípios espíritas, principalmente utilizando-se da moral evangélica, para disfarçar os seus reais objetivos(?!); ou, todas as incompatibilidades serão de responsabilidade do médium, que transformou ou procurou adequar as mensagens dos Espíritos, às suas próprias convicções íntimas! Duas possibilidades: mistificação ou animismo.
O mais intrigante, é que Emmanuel, que se apresentava como Guia Espiritual do médium, de personalidade autoritária, e de grande rigorismo para com seu tutelado; que se mostrava um intelectual (observemos que na obra O Consolador ele trata das mais diversas áreas do conhecimento humano); estudioso da Bíblia cristã (ditou várias obras voltadas para mensagens e análises de versículos bíblicos); além de se colocar perante Chico, como um mestre e defensor dos preceitos Espíritas, teria “deixado passar” tantos equívocos doutrinários?!
Oportuno ressaltar, que tais incorreções não são sequer questões de grande complexidade, pois quem quer que estude os preceitos espíritas, com seriedade e atenção, facilmente identificará os sofismas. Isto posto, vamos iniciar o estudo do mundo espiritual, com base nos preceitos propostos pela Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec.
É fato que para estudarmos o mundo espírita, devemos abstrair dos conceitos materiais pertinentes ao mundo corpóreo. Como por exemplo, lugares com espaço definido, tangibilidade, ponderabilidade, necessidades e/ou sensações físicas. Não podemos ter por paradigma o mundo corpóreo, para compreender um outro mundo que foge totalmente à materialidade percebida pelos nossos sentidos.
O Espírito em seu processo evolutivo, passa pela encarnação no mundo material para alcançar a perfeição. Cumprida sua missão no plano físico, o Espírito imortal, retorna ao mundo espiritual, o qual “preexiste e sobrevive a tudo”. Nos dizem os Espíritos Superiores que, “O mundo corpóreo poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem com isso alterar a essência do mundo espírita.” Importante pontuar, que não é pelo fato de o mundo espiritual preexistir ao mundo corpóreo, que este seja uma cópia daquele, como muito comumente se propaga. (LE, p. 85 e 86)
No que tange à “localização” do mundo espiritual, esclarecem objetivamente os Mestres da Codificação, que os Espíritos não ocupam uma região circunscrita e determinada no espaço. Asseveram que “os Espíritos estão por toda parte; povoam ao infinito os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-os e atuando entre vós, sem o saberdes (...) mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditadas aos menos avançados.” (LE., p. 87) (grifei)
Observemos, que para tal assertiva, não cabem distorções interpretativas. Os Espíritos Superiores são enfáticos ao afirmar que os Espíritos não ocupam regiões delimitadas na espiritualidade! Infere-se do exposto, que obviamente os Espíritos não delimitam espaços construindo nichos, para se abrigarem, se tratarem, se alimentarem, etc., pois não é assim que ‘funciona’ o mundo espiritual!
Outro aspecto relevante a ser considerado, diante dos ensinamentos acima propostos, diz respeito à ligação psíquica e emocional do Espírito ao mundo material. Nada mais comum, que o relato feito por portadores de visão psíquica, de Espíritos que transitam em suas casas, museus, bibliotecas, ruas, praças, bares, teatros, hospitais, cemitérios, etc., etc. Em contrapartida, muitos outros não sabem onde estão, afirmam estarem cegos, perdidos, imersos em profunda escuridão. Isto porque, são infinitas as possibilidades, do ’estar’ no mundo espírita, dependendo do psiquismo de cada indivíduo.
É fato que o Espírito errante, aspirando por um novo destino, poderá passar longos períodos no estado de erraticidade (no mundo espiritual). E aí asseveram os Mestres da Codificação, que “existem mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécie de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-los, e que neles gozam de maior ou menor bem-estar.” Acrescentam ainda, que os Espíritos que se encontram nesses mundos transitórios, podem deixá-los para seguir seu caminho. (LE., p. 234)
À título de esclarecimento, vale pontuar que os referidos mundos transitórios, de superfícies estéreis, se tornarão oportunamente mundos habitados. (LE., p. 236/236-b) Ressalto o entendimento, para que não irrompa a concepção de que as emblemáticas ‘colônias espirituais’, se enquadrem nesta categoria.
Dando prosseguimento aos ensinamentos sobre os mundos transitórios, estejamos atentos à resposta dada pelos Mestres Espirituais, quando Kardec indaga se os mundos transitórios são ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos. Respondem os Espíritos da Codificação que, “Não, sua superfície é estéril. Os que os habitam não precisam de nada.” (LE., p. 236-a) (grifei)
Diante da resposta apresentada, mais uma vez legitimamos o entendimento de que o espírito errante não precisa de nada, do que seria imprescindível ao encarnado no mundo material! Não precisa de nada, repetimos. Ou seja, não precisa de casa, alimentação, hospitais, transportes, etc., porque ele agora é ESPÍRITO. Sua condição é diversa, e por conseguinte suas necessidades não serão as mesmas de quando habitava um corpo físico em um mundo material, como já repetimos anteriormente.
Prossegue o Codificador perguntando. - Esses mundos seriam, então desprovidos de belezas naturais? Observa-se que quando Kardec argüi se tais mundos seriam destituídos de belezas naturais, estava certamente tendo como paradigma o que consideramos no planeta Terra como belezas naturais. Ou seja, os nossos bosques, jardins, mares, cachoeiras, enfim, tudo o que encanta aos nossos sentidos na condição de encarnados. Vejamos então o que respondem os Espíritos Superiores: - “A natureza se traduz pelas belezas da imensidade, que não são menos admiráveis do que as que chamais belezas naturais.” (LE., p. 236-b) Outra grande lição dada pelos Mestres da Espiritualidade, quando asseveram que existem belezas, as quais não correspondem ao nosso ‘padrão’ do que é bonito, agradável e perfeito.
Portanto, constata-se que os Espíritos errantes não precisam de florestas, jardins com flores exóticas, cascatas, para se sentirem reconfortados com a beleza de um mundo transitório. Na condição de espírito, a ‘imensidade’ de uma paisagem tem sua beleza própria.
Adiante, mais um questionamento de grande relevância é feito por Allan Kardec, no que concerne ao mundo espiritual, senão vejamos: - Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos dos Espíritos, de acordo com os seus méritos?
Vale observar, que mais uma vez o Codificador interroga da existência de um “lugar circunscrito no Universo”, reservado ao sofrimento, à purgação, ou à felicidade dos Espíritos. Na realidade, Kardec sabia da nossa carência de ‘visualizar’ um lugar definido, com área delimitada, e se possível com endereço certo, para que pudéssemos ter uma noção desse mundo que nos foge aos sentidos. Até porque, céu, inferno e purgatório eram tidos por lugares delimitados no mundo espiritual, fazendo parte da dogmática católica, e aceita pela maioria cristã. Daí, a oportunidade do questionamento feito por Kardec.
Vejamos então a resposta dada pelos Espíritos Superiores: - “Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade. E como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. (...)” (LE., p. 1011) (grifei)
Oportuno ressalvar que de acordo com o dicionário pátrio, o termo “circunscrito“, significa um lugar restrito, delimitado, já a palavra “fechado“, significa encerrado, trancado. Faço, tal ressalva para alertar que os Espíritos Superiores asseveram mais uma vez da não existência de locais delimitados, nem fechados para se vivenciar a felicidade ou a dor no mundo espiritual. Observe-se quando nos é dito que “cada um traz em si mesmo o princípio da sua própria felicidade ou infelicidade”.
Daí, Kardec oportunamente nos esclarece dizendo que: A felicidade está na razão direta do progresso realizado, de sorte que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz quanto o outro, unicamente por não possuir o mesmo adiantamento intelectual e moral, sem que por isso precisem estar, cada qual, em lugar distinto. Ainda que juntos, pode um estar em trevas, enquanto que tudo resplandece para o outro, tal como um cego e um vidente que se dão as mãos: este percebe a luz da qual aquele não recebe a mínima impressão. Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, seja no Espaço”.(Revista Espírita. Março de 1865, p. 100) (grifei) Em face de tão claros ensinamentos, mais uma vez encontramos legitimação para contraditar e impugnar, a tese da existência de ’umbral’, ou ‘colônias espirituais’.
A título de esclarecimento para aqueles que nunca leram a obra Nosso Lar, transcrevo o seguinte trecho em que o espírito de André Luiz, assevera que o Umbral “começa na crosta terrestre, sendo uma zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados” (...). (Nosso Lar, p. 79) Acrescenta ainda, que o dito Umbral funciona, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais: uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena“. (...) “Concentra-se aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior, ressaltando que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta”. (grifei) (Nosso Lar, p. 79/81)
Já a colônia espiritual denominada de Nosso Lar é descrita pelo autor espiritual como uma cidade de uma beleza impressionante, com “vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranqüilidade espiritual”. (Nosso Lar, p. 58) Prossegue o autor informando da existência de uma praça no centro da cidade aonde se erguem o prédio da Governadoria, e os Ministérios. As residências ao entorno são ocupadas por funcionários dos Ministérios. Uma outra parte dos conjuntos residenciais que está fora desse circulo é constituída por pessoas ligadas aos funcionários dos Ministérios e podem ser transmitidos a outros de acordo com a vontade de seus proprietários. Além dessas residências, protegendo-as estão grandes muralhas protetoras.
Não obstante, diante dos ensinamentos transmitidos pelos Espíritos Superiores, e codificados por Allan Kardec, não temos como validar, as narrativas acima apresentadas. Vale ressaltar que tais obras seriam aceitáveis como romances de ficção e/ou de natureza espiritualista, mas nunca como uma obra complementar espírita.
É fato que caímos nas malhas do absurdo, em razão do materialismo visceral que nos aprisiona, impedindo vislumbrar um outro mundo, uma outra vida, que não seja nos moldes do mundo material em que vivemos. Fugimos com medo de uma realidade que não aceitamos e/ou não entendemos, e nos escondemos nos sonhos que nos oferecem e nos agradam, por não conseguirmos nos distanciar da materialidade. E assim viajamos e nos perdemos nas utopias.
Não obstante, de acordo com a Doutrina Espírita, quando retornarmos à verdadeira vida, poderemos nos sentir livres, seguros e felizes, tendo a nos recepcionar, nosso Guia Espiritual, familiares e amigos. Como também poderemos estar desesperados, cegos, perdidos em uma escuridão sem fim, profundamente revoltados e infelizes. Tudo dependerá das nossas condições consciênciais, emocionais e psíquicas.
Por fim, asseveram os Mestres Espirituais da Codificação Espírita, que nesse mundo infinito e eterno, que é o mundo espiritual, “os Espíritos estudam o seu passado e procuram o meio de se elevarem. Vêem, observam o que se passa nos lugares que percorrem; escutam os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles, e isso lhes proporciona idéias que não possuíam.“ (LE., p. 227). Importante ressaltar, que os caminhos que percorre, não serão se arrastando pelo solo, nem voando como pássaros. Nos dizem os Espíritos Superiores que viajaremos pela força do pensamento e da vontade. E como se dará isso? Como descrever a luz aos cegos? Só vivendo pra saber.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos – 1857. Tradução Ed. Lake, 1995, Herculano Pires
KARDEC, Allan, O Livro dos Médiuns - 1863, Tradução Ed. Lake, 2003, Herculano Pires
KARDEC, Allan, Revista Espírita - março de 1865, Ed. FEB, 2004.
XAVIER, Chico , Nosso Lar - Ed. Feb, 1944 - 45ª edição