Mostrando postagens com marcador O Crivo da Razão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O Crivo da Razão. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cientista russo teria fotografado a alma no momento da morte?

Desde setembro de 2013 circula na Internet, através de redes sociais, a notícia segundo a qual um cientista russo de nome Konstantin Korotov teria conseguido, através de experiências, fotografar o momento no qual a alma (espírito encarnado) deixa o corpo físico no momento da morte. Muitos espíritas tem compartilhado essa suposta descoberta sem a devida preocupação em aferi-la, conforme ensinamento de Allan Kardec.

"O Blog dos Espíritas" recomenda que se receba esse tipo de informação com um pé atrás e que se pesquise a veracidade da mesma. Sempre. Com o intuito de esclarecimento, realizamos pesquisa que comprova nossas suspeitas: tal informação é falsa. Clique aqui para acessar matéria do site E-farsas a respeito.

"Na ausência dos fatos, a dúvida se justifica no homem ponderado." (Allan Kardec)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Kardec analisa Swedenborg


Por Maria das Graças Cabral

Na Revista Espírita do mês de novembro de 1859, Allan Kardec publica um artigo altamente esclarecedor sobre a veracidade ou não de certas doutrinas e revelações feitas por Espíritos. Na realidade, o Mestre nos dá uma aula sobre tal problemática, analisando as experiências mediúnicas de Swedenborg, e suas constatações pós mortem.

Inicialmente, o Codificador faz um breve resumo biográfico de Swedenborg, e comenta que o mesmo “é um desses personagens mais conhecidos de nome que de fato, ao menos para o vulgo.” Segundo Kardec, “suas obras muito volumosas e, em geral, muito abstratas, quase que só são lidas pelos eruditos.” Daí, para uns, “ele é considerado um grande homem, para outros, não passa de um charlatão, de um visionário, de um taumaturgo.”

Assevera o Codificador, que na realidade a doutrina defendida por Swedenborg deixa muito a desejar. E que o próprio Swedenborg, na condição de Espírito, está longe de aprová-La em todos os pontos! No entanto, segundo as palavras de Kardec, “por mais refutável que seja, nem por isso deixará de ser um dos homens mais eminentes do seu século.”

Afinal, quem foi Swedenborg? - Emmanuel Swedenborg, nasceu em 1688, em Estocolmo, e faleceu em Londres, em 1722, aos 84 anos de idade. Destacou-se em todas as ciências, especialmente na Teologia, na Mecânica, na Física e na Metalurgia. Em 1716, Carlos XII o nomeou seu assessor na Escola de Metalurgia de Estocolmo. A rainha Ulrica o fez nobre, e ele ocupou os pontos de maior relevo, com distinção, até 1743, época em que teve a sua primeira revelação espírita. Tinha então, 55 anos. Pediu demissão e não quis mais se ocupar senão de seu apostolado e do estabelecimento da doutrina Nova Jerusalém.

Allan Kardec observa que “mesmo rendendo justiça ao mérito pessoal de Swedenborg, como cientista e como homem de bem, não nos podemos constituir defensores de doutrinas que o mais elementar bom-senso condena. À esse respeito, vale pontuar que hodiernamente, tal determinação kardeciana, é totalmente desconsiderada! Qualquer mensagem mediúnica, ou entendimentos pessoais de médiuns e/ou palestrantes famosos ou não, por mais esdrúxulos e contraditórios que sejam, são acatados, publicados e divulgados como preceitos espíritas válidos e procedentes.

Acrescenta o Codificador: - “Ele (Swedenborg) cometeu um equívoco dificilmente perdoável, não obstante sua experiência das coisas do mundo oculto: o de aceitar cegamente tudo quanto lhe era ditado, sem o submeter ao controle severo da razão. Se tivesse pesado maduramente os prós e os contras, teria reconhecido princípios irreconciliáveis com a lógica, por menos rigorosa que fosse. (...) A qualidade que a si mesmo se atribui o Espírito que a ele se manifestou bastaria para o por em guarda, sobretudo se considerarmos a trivialidade de sua apresentação. (...) Seus próprios erros devem ser um ensinamento para os médiuns demasiado crédulos, que certos Espíritos procuram fascinar, lisonjeando-lhes a vaidade ou os preconceitos por uma linguagem pomposa ou de aparências enganosas.(grifei) Observemos o alerta de Kardec para o controle severo da razão!

Prosseguindo em seus esclarecimentos, o Mestre transcreve uma comunicação dada pelo Espírito de Swedenborg, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em 23 de setembro de 1859, na qual, o Espírito faz a abertura da sessão, pontuando dentre outras coisas, que sua moral espírita e a sua doutrina, não estariam isentas de grandes erros, os quais atualmente (na condição de Espírito) reconhece. Nega por exemplo, a “eternidade das penas“, como também a existência “do mundo dos anjos”. Assim se expressa o Espírito: “O que eu também dizia do mundo dos anjos, que é o que pregam os templos, não passava de ilusão dos meus sentidos; acreditei vê-lo, agia de boa-fé, mas enganei-me.” (grifei) Vale ressaltar aqui, o cuidado para as tais “cidades espirituais” tão em voga na literatura espiritualista!

Vejamos agora, algumas indagações feitas por Allan Kardec, e as respectivas respostas dadas pelo Espírito de Swedenborg:

- Qual foi o Espírito que vos apareceu, dizendo ser o próprio Deus? Era realmente Deus? Resposta - Não. Acreditei no que me falava porque nele via um ser sobre-humano e fiquei lisonjeado. (grifei)

- Por que ele tomou o nome de Deus?
Resposta - Para ser mais bem obedecido. (grifei) O Espírito utiliza-se do nome de personalidades famosas e respeitadas para que seja facilmente obedecido pelo médium lisonjeado e temeroso.

- Aquele Espírito que vos fez escrever coisas que hoje reconheceis como errôneas. Ele o fez com boa ou com má intenção?
- Não o fez com má intenção; ele próprio se enganou, porque não era suficientemente esclarecido. Agora percebo que as ilusões do meu próprio Espírito e de minha inteligência o influenciavam, mau grado seu. Entretanto, no meio de alguns erros de sistema, fácil é reconhecer grandes verdades. (grifei)

Oportuno observar na fala de Swedenborg, que o Espírito comunicante era de grau evolutivo inferior, e se deixava também influenciar pelas “ilusões” criadas por Swedenborg, “mau grado seu”!

- O princípio de vossa doutrina repousa sobre as correspondências. Continuais acreditando nessas relações que encontráveis entre cada coisa do mundo material, e cada coisa do mundo moral?
Resposta - Não; é uma ficção. (grifei)

- Poderíeis dizer-nos de que maneira recebíeis as comunicações dos Espíritos? Escrevíeis aquilo que vos era revelado à maneira de nossos médiuns, ou por inspiração?
Resposta - Quando me achava em silêncio e em recolhimento, meu Espírito ficava como que maravilhado, extasiado, e eu via claramente uma imagem diante de mim, que me falava e ditava o que deveria escrever; algumas vezes minha imaginação se misturava nisso. (grifei)

Diante de ensinamentos tão importantes, ministrados e exemplificados com tanta propriedade pelo Mestre Allan Kardec, constatamos da necessidade do estudo efetivo e aprofundado das Obras Fundamentais da Codificação, e da Revista Espírita. Só assim poderemos identificar e rechaçar a avalanche de mensagens de Espíritos desencarnados e/ou encarnados, produto de ilusões e mistificações, e que acabam por confundir e desvirtuar os preceitos doutrinários Espíritas, levando multidões de desavisados ao engano e a futuras decepções. 
 
REFERÊNCIA:
KARDEC, Allan. REVISTA ESPÍRITA, Jornal de Estudos Psicológicos. Ano II, novembro de 1859. Ed. FEB., RJ/RJ, 2ª edição, 2004, p. 437/446.

In: Um Olhar Espírita - http://umolharespirita1.blogspot.com/2012/02/kardec-analisa-swedenborg.html

sábado, 15 de janeiro de 2011

Há, de fato, a necessidade de "atualizar" a Doutrina Espírita?

O Blog dos Espíritas

Recebemos neste sábado (15), contato eletrônico de nossa leitora Simone de Almeida Prado, que se posiciona quanto à uma velha polêmica que afirma a necessidade de "atualização" do Espiritismo através de obras tidas por "complementares" e técnicas espiritualistas que batem de frente com a Codificação Espírita. Eis a mensagem:

"Como dizia J. Herculano Pires, quem acha que o espiritismo deve se atualizar, deve se atualizar primeiro no espiritismo. Num país de pessoas que se recusam a estudar, a inteirar-se acerca de pontos fulcrais de um determinado assunto,o que se espera é nada mais que isso: propostas completamente sem sentido. O espiritismo não precisa ser atualizado. Precisa é ser bem compreendido. Quem se propõe a atualizá-lo não o conhece. Sim, o espiritismo evolui, Kardec estava convicto disso. Todavia, evoluir não é menosprezar conceitos que compõem o corpo da doutrina espírita. Conceitos esses indispensáveis, pedras de toque contidas nas obras básicas de Kardec, sem os quais se fugiria à essência, à substância do espiritismo."

Lembramos aos nossos leitores que Allan Kardec previu a necessidade de atualização do Espiritismo, que caminha de mãos dadas com as descobertas da Ciência. Contudo, isso não significa que práticas estranhas e alheias à Doutrina Espírita devam ser por ela incorporadas. Eis aí o erro de quem defende a "atualização" do Espiritismo. Para que uma nova verdade seja aceita pela Doutrina Espírita, esta deve estar de acordo com o crivo da razão e do CUEE - Controle Universal do Ensino dos Espíritos.

Assim, desta forma, o Espiritismo poderá evoluir mantendo sua pureza doutrinária.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Crivo da Razão

Por Amílcar Del Chiaro Filho

Allan Kardec afirmou que todas as comunicações mediúnicas devem ser passadas pelo crivo da razão. Disse mais ainda, afirmou que não se deve divulgar tudo que os espíritos dizem ou escrevem, porque, no mundo dos espíritos, como no dos encarnados, existem muitos escritores, mas os bons são poucos.

O exercício da razão é indispensável, para que mensagens fraudulentas, mistificadoras não venham turvar o movimento espírita. Não importa qual seja o médium, ou qual seja o espírito, é importante analisar a mensagem. Se fizéssemos isto cm mais freqüência, certamente não haveria donos de centros espíritas, nem médiuns principais, que dominam o ambiente, apoiados por seus guias.

Contudo, do que adiantará usarmos o crivo se não conhecermos Doutrina Espírita? Para analisarmos as comunicações precisamos conhecer a Doutrina Kardequiana, e isto se consegue com estudo, muito estudo. Logicamente, a intenção não é a de formar intelectuais espíritas, mas conhecedores da Doutrina Espírita.

Quando o Espírito da Verdade, numa comunicação em Paris, afirmou: Espíritas – amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instrui-vos, este o segundo, exatamente nesta ordem, havia uma razão de ser. Amai-vos para unir-vos no sentimento que une os corações, e instrui-vos para que conheçam, e conhecendo se unam ainda mais no amor. O amor instrumentaliza o conhecimento, e afasta o orgulho, o exibicionismo.

A assertiva de Erastos, para que recusássemos 9 verdades, para não aceitar uma mentira, continua válida. Na dúvida, é melhor abster-nos, esperando o amadurecimento da idéia. Nenhum espírito verdadeiramente superior ficará aborrecido se examinarmos criteriosamente a mensagem dada por ele. Entretanto, os espíritos fraudadores, mistificadores e de pouca evolução, ficam contrariados e aborrecidos, se colocamos em dúvida a sua palavra.

Além da contrariedade do espírito comunicante, deparamos, não raro, com a contrariedade do médium, que fica aborrecido e intranqüilo com a observação e a crítica à sua produção. Estudemos profundamente o Espiritismo para melhor compreendê-lo e praticá-lo.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

OLM - O Crivo da Razão

Repeli impiedosamente todos esses Espíritos que se querem fazer conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento. São quase sempre Espíritos vaidosos e medíocres, que procuram impor-se aos homens fracos e crédulos, prodigalizando louvores exagerados a fim de fasciná-los e mantê-los sob o seu domínio. São geralmente Espíritos famintos de poder. Tiranos políticos ou particulares quando vivos, querem ainda tiranizar outras vítima após a morte. Desconfiai em geral das comunicações que revelam um caráter místico e estranho ou que prescrevem cerimônias e práticas bizarras. Há sempre, nesses casos, legítimo motivo de suspeita.

De outro lado, lembrai-vos de que quando uma verdade deve ser revelada à humanidade ela é comunicada, por assim dizer instantaneamente, a todos os grupos que possuem médiuns sérios, e não a estes ou àqueles em particular, com exclusão dos demais.

Ninguém pode ser médium perfeito se estiver obsedado e a obsessão é evidente quando um médium só recebe comunicações de determinado Espírito, por mais alto que este procure se colocar a si mesmo. Em conseqüência, todo médium, todo grupo que se acreditam privilegiados por comunicações que só eles podem receber, e que, por outro lado, estão submetidos a práticas de natureza supersticiosa, encontra-se inegavelmente sob uma obsessão bem caracterizada, sobretudo quando o Espírito dominador se vangloria de um nome que todos, Espíritos e encarnados, devem honrar e respeitar e não deixar que o profanem a qualquer propósito.

É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e da lógica todas as informações e comunicações dos Espíritos, será fácil repelir o absurdo e o erro. Um médium pode estar fascinado, um grupo enganado, mas o controle severo de outros grupos, o conhecimento adquirido e a alta autoridade moral dos dirigentes, junto às comunicações dos principais médiuns que recebem, com lógica e autenticidade reconhecidas, de Espíritos esclarecidos, farão rapidamente justiça a esses ditados mentirosos e astuciosos, provenientes de uma turba de Espíritos mentirosos e malévolos.

ERASTO (discípulo de São Paulo)

O Livro dos Médiuns - Capítulo 31- Dissertações Espíritas
Tradução de José Herculano Pires